A segurança dos cidadãos e das instituições no uso dos serviços de telecomunicações é da responsabilidade de todos cidadãos e das instituições, daí a necessidade de envolvimento, efectivo e adequado, de todos os intervenientes no cumprimento do Regulamento de Subscritores.
Este apelo foi feito à margem do Seminário de Divulgação do Regulamento de Subscritores de Serviços de Telecomunicações (Decreto 13/2023, de 11 de Abril), que decorreu nesta Terça-feira, 19 de Setembro, na Cidade Quelimane, Província da Zambézia.
Segundo a Directora dos Serviços Provinciais de Infra-estruturas nesta Província, Inês Limodo, através da implementação efectiva deste decreto, é possível reduzir significativamente o número de fraudes e burlas que ocorrem na província (Zambézia) e em todo o país.
Na sua intervenção disse ainda que “a segurança e a integridade das redes de telecomunicações não podem ser comprometidas, e é responsabilidade de todos nós, contribuir para a sua protecção”.
Por sua vez, Adilson Gomes, Director da Unidade de Controlo de Tráfego de Telecomunicações na Autoridade Reguladora das Comunicações - INCM, explicou que o registo de subscritores, dentre os vários aspectos, visa saber quem é que usa um determinado contacto e respectivo dispositivo terminal, o é crucial para a segurança do cidadão e do sector das telecomunicações. Com o tempo foi se percebendo a necessidade de se melhorar os mecanismos de registo, para garantir maior segurança, daí a introdução da impressão digital e do reconhecimento facial, assim como o registo dos telemóveis, para se certificar que o indivíduo registado é realmente o utilizador.
Um dos principais recursos que os fraudulentos e burladores precisam e usam é o número do subscritor, tanto para alcançar a vítima, como para efectuar a operação. E é a partir deste que que o crimonoso pode ser localizado pelas instituições de segurança e de Justiça. Por isso, precisamos ter a certeza de que cada um está a usar o seu número. O cidadão não deve usar número sem ter a certeza de que está devidamente registado e activado”, exortou Adilson Gomes.
A Delegada Provincial da Zambézia, Eda de Jesus, frisou que o Decreto 13/2023, de 11 de Abril, é de grande importância, daí que cada um de nós desempenha um papel crucial na sua implementação.
“O Regulamento de Registo de Subscritores dos Serviços de Telecomunicações estabelece directrizes claras para o registo de subscritores, validação de dados e colaboração com a Central de Risco. Sendo assim, nós como regulador, estamos focados na promoção do uso responsável dos serviços, para garantir o bem-estar no sector”, continuou Eda de Jesus.
Dados estatísticos divulgados indicam a existência de mais de 10 mil dispositivos de telefonia móvel piratas activados por semana e mais de 20 mil casos de fraudes e burlas reportadas mensalmente pelos operadores. A província da Zambézia ocupa a quinta posição em termos de denúncias de fraudes a nível nacional, numa lista liderada por pela Cidade e Província de Maputo.
Com este regulamento, cuja implementação efectiva inicia em Janeiro de 2023, o cidadão é convidado a ter consciência de que deve adquirir dispositivos legalmente homologados pelo Regulador, para evitar associar os seus contactos a dispositivos constantes da lista negra. Para o efeito, através de um portal específico a ser criado, será possível consultar a autenticidade e legitimidade de cada telemóvel antes de adquirir, assim como saber se estará ou não na lista negra, em resultado de anteriores utilizações fraudulentas.(Carta)
A Cornelder de Moçambique (CdM), concessionária dos terminais de carga e contentores do Porto da Beira, organizou, entre os dias 18 e 20 de Setembro, na cidade de Maputo, em parceria com a ATITUDE RH, a primeira edição do Cornelder CodeLabs, um hackathon que tinha como objectivo envolver os jovens recém-formados em Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na criação de soluções informáticas que resolvam os desafios do sector portuário no País.
A iniciativa, que será replicada nos dias 21 e 23 na cidade da Beira, capital da província de Sofala, envolveu um total de 30 jovens, divididos em grupos de três cada, aos quais foram colocados dois desafios: fazer o mapeamento dos locais de trabalho do recinto portuário e criar uma solução de gestão de stock.
Conforme explicou o administrador executivo adjunto da CdM, António Libombo, a ideia de realizar este concurso surgiu depois de a concessionária ter registado, durante a pandemia da Covid-19, constrangimentos para receber os técnicos estrangeiros que prestavam assistência em áreas de TIC, dadas as restrições de viagem introduzidas na altura.
Como alternativa, técnicos informáticos da Cornelder de Moçambique criaram, internamente, soluções que até então eram desenvolvidas por empresas estrangeiras: "Desenvolvemos, por exemplo, soluções que nos permitiram melhorar os sistemas de facturação, controlo de acesso e gestão do tráfego portuário, o que nos fez perceber que existe um grande potencial não só na empresa, mas também no País".
Alcançados estes resultados, acrescenta António Libombo, a concessionária decidiu promover o Cornelder CodeLabs para responder a dois desafios para edição que teve lugar em Maputo, nomeadamente a gestão de stock e o mapeamento dos locais de trabalho no recinto portuário, pois "o espaço portuário é muito grande e temos uma grande demanda de camionistas, agentes transitários e outros utilizadores que precisam de saber como se movimentar no interior das nossas instalações".
"Conseguimos resultados satisfatórios, e estamos felizes porque eles criaram soluções que vão permitir resolver alguns dos constrangimentos que temos nas duas áreas. O balanço é positivo, os jovens empenharam-se, aplicaram-se e foi possível alcançar os objectivos que nós tínhamos traçado", disse.
No final, foram premiados três grupos vencedores, sendo que cada membro do primeiro classificado recebeu 120 mil meticais destinados à aquisição de equipamento informático. A cada membro do segundo classificado foram oferecidos 60 mil meticais para o mesmo fim, enquanto aos do terceiro classificado couberam vouchers de cursos online de programação por um período de 12 meses.
Vânio Macamo, representante do grupo vencedor, mostrou-se feliz pela conquista e, acima de tudo, por ter participado na iniciativa: "É a primeira vez que participámos num concurso do género. Foi um desafio motivador e aprendemos bastante. Fomos desafiados a criar um sistema de mapeamento de locais de trabalho. Criámos uma solução que nos permitiu cadastrar os locais de trabalho, assim como as operações que podem ser feitas em cada um deles. Com recurso a diversas ferramentas, cadastrámos os departamentos, os locais de trabalho e as respectivas localizações, que podem ser visualizadas logo à entrada".
Importa realçar que, no âmbito deste hackathon, foram promovidas duas palestras destinadas aos jovens, subordinadas aos temas "Competências Profissionais para o Mercado de Trabalho" e "Percurso de Empreender na Área de Tecnologias".(Carta)
A Vodafone M-Pesa, subsidiária da Vodacom Moçambique, realizou, esta quarta-feira, em Maputo, a Primeira Conferência sobre Inclusão Financeira no país, designada M-Pesa FinTalks. O evento resulta da parceria do M-Pesa com o FSD - Financial Sector Deepening Mozambique e a FinTech.MZ.
Sob o lema “LIGADOS, trilhamos o caminho da inclusão financeira” a conferência reuniu um grupo diversificado de entidades promotoras da inclusão financeira nacionais e internacionais, tais como bancos, fintechs, reguladores, entidades governamentais e comunidade académica. Durante o encontro, com a duração de um dia, foram partilhadas experiências, soluções digitais inovadoras e esforços para tornar os produtos e serviços financeiros acessíveis e viáveis para todos os segmentos sociais e empresas, independentemente do seu património líquido pessoal ou dimensão.
Com a presente iniciativa, o M-Pesa mantém a sua missão de ligar Moçambique através de um serviço financeiro fácil de usar, seguro e rápido, bem como ajudar o Governo no seu ambicioso e importante programa de inclusão financeira dos moçambicanos.
“O objectivo desta conferência é juntar todos os actores nacionais e internacionais que influenciam o caminho da inclusão financeira, porque nós temos um propósito muito forte em Moçambique enquanto M-Pesa e acreditamos que muitos dos nossos parceiros têm o mesmo propósito de dar acesso a serviços financeiros e mais oportunidades a todos os moçambicanos”, declarou Sérgio Gomes, Director-geral do M-Pesa em Moçambique, sobre a importância desta iniciativa, para de seguida acrescentar que: “Nós acreditamos que, através das plataformas que temos e dos serviços financeiros que conseguimos colocar nessas plataformas, a vida de todos os moçambicanos pode mudar. Podemos ter mais emprego, mais riqueza, mais pessoas a estudar e ter melhores condições de vida para as pessoas.
Durante as sessões de debate, nos diferentes painéis que corporizaram o evento, foram apresentadas iniciativas de inclusão financeira nacionais e estrangeiras de sucesso e debatidos temas como a importância de um quadro regulamentar bem definido, a importância de capacitar todos os segmentos da população, incluindo as comunidades marginalizadas e mulheres, munindo-os de conhecimento e ferramentas para tomarem decisões financeiras informadas.
A pretensão do M-Pesa é realizar anualmente esta conferência, de forma a sensibilizar a sociedade sobre a importância da inclusão financeira, para reduzir as desigualdades sociais e promover o crescimento económico em Moçambique.
A presente conferência acontece numa altura em que o M-Pesa celebra 10 anos de operações em Moçambique, período durante o qual se tem destacado como uma excelente ferramenta facilitadora do desenvolvimento de negócios no país, que permite aos utentes fazer depósitos e levantamento de dinheiro, pagamento de serviços, transferências e aceder a soluções de poupança e crédito.
O M-Pesa é o maior serviço de carteira móvel no país. Conta, actualmente, com mais de 6 milhões de Clientes activos e uma rede de mais de 60.000 Agentes activos. A meta é abranger 75 por cento da população moçambicana adulta, até 2025.
No início deste ano, um grupo de legisladores dos EUA pediu à Casa Branca que a cimeira da AGOA (Lei de Crescimento e Oportunidades para África) não fosse realizada na África do Sul. Isto ocorreu na sequência de acusações de que a África do Sul estava a apoiar a Rússia na sua guerra contra a Ucrânia. Mas esta quarta-feira (20), o governo dos EUA confirmou que a cimeira terá lugar em Joanesburgo.
Apesar das ameaças dos EUA de que a cimeira deveria ser realizada noutro país, a África do Sul continuará a acolher a cimeira entre os EUA e os beneficiários da Lei de Crescimento e Oportunidades para África (AGOA) em Novembro.
Numa declaração conjunta esta quarta-feira, a Representante Comercial dos EUA, Katherine Tai, e o Ministro sul-africano do Comércio, Indústria e Concorrência, Ebrahim Patel, confirmaram que a cimeira terá início em Joanesburgo, no dia 2 de Novembro.
Em Junho, um grupo de legisladores democratas e republicanos dos EUA pediu à Casa Branca que a cimeira não fosse realizada na África do Sul e alertou que o país parecia prestes a perder o seu estatuto de beneficiário da AGOA.
Isto foi em resposta a uma alegação dos EUA de que a África do Sul tinha despachado armas para a Rússia através de um navio russo sujeito a sanções que atracou em Simon's Town em Dezembro de 2022. No entanto, um relatório independente encomendado pela presidência sul-africana concluiu que estava a descarregar equipamento encomendado pela Armscor em 2018.
Os políticos dos EUA também salientaram que a África do Sul realizou exercícios militares conjuntos com a Rússia e a China e, em Abril, autorizou um avião de carga militar russo sujeito a sanções dos EUA a aterrar numa base da força aérea sul-africana. Ao permitir que a África do Sul acolhesse a cimeira, serviria como um “endosso implícito” do apoio do país à invasão da Ucrânia pela Rússia e também poderia ser uma possível violação da lei de sanções dos EUA, acrescentaram.
Mas Tai disse que espera visitar a África do Sul para discutir “prioridades partilhadas” e explorar oportunidades para tornar a AGOA mais “transformadora”. “Como disse o Presidente Biden, o futuro é África”, disse Tai.
Mais de 30 países africanos beneficiam da AGOA, que lhes permite acesso isento de impostos para algumas exportações para os EUA. A AGOA dá acesso isento de impostos a 25% das exportações sul-africanas para os EUA, o segundo maior parceiro comercial da África do Sul, depois da China.
A perda da AGOA seria um duro golpe para as exportações de veículos sul-africanos, em particular. Os EUA foram o segundo maior mercado total de importação de automóveis da África do Sul em 2022, com veículos e componentes no valor de R24 biliões sendo exportados para os EUA. A AGOA deverá expirar em 2025. Entretanto, na segunda-feira, durante uma reunião com investidores dos EUA, o presidente Cyril Ramaphosa implorou ao governo norte-americano que prorrogasse a AGOA por mais uma década.
“Uma extensão da AGOA para além de 2025 promoverá o investimento interno em África e proporcionará benefícios tanto aos Estados Unidos como aos países africanos”, disse Patel. Apoiará também os nossos esforços para aumentar o crescimento através da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA), que abrangerá 54 países e 1,4 mil milhões de pessoas." (News24)
A Seguradora Fidelidade Ímpar anuncia o lançamento da App ‘MyFidelidade’, em Moçambique. Trata-se de um aplicativo móvel que vai disponibilizar um amplo leque de serviços e soluções com o objectivo de melhorar a experiência dos clientes na gestão dos seus seguros.
A App ‘MyFidelidade’ resulta de vários meses de trabalho e envolveu uma vasta equipa, nacional e internacional. Numa primeira fase, permite que os clientes possam realizar simulações do seguro de saúde, efectuar pedidos de reembolso de saúde, fazer participação de sinistros automóvel e visualizar apólices activas e inactivas.
Com os desenvolvimentos em curso serão introduzidas funcionalidades complementares, visando maximizar a experiência dos clientes na gestão dos seus seguros e na interacção com a Seguradora.
Esta App já está disponível para clientes particulares com apólices activas nos ramos Saúde e Automóvel.
Disponível para Android e IOS, pela Play Store e App Store, a aplicação contempla inúmeras vantagens, nomeadamente a comodidade e a flexibilidade, permitindo o acompanhamento e a monitorização de processos de forma remota e digital, a qualquer hora e em qualquer lugar.
Esta é mais uma aposta da Fidelidade Ímpar na transformação digital que reforça a identidade da marca enquanto empresa inovadora e diferenciadora no sector segurador.(Carta)