A Yango, empresa internacional de tecnologia, um dos principais serviços de 'ride-hailing' a operar em África, alarga o seu leque de serviços com o lançamento de um serviço de transporte por aplicativo para os transportes motorizados de três rodas, conhecidos como "txopelas". O novo serviço da Yango derivou de uma solicitação directa da Associação dos Moto Táxis de Maputo, e arranca a 25 de Outubro na capital e na Matola.
A partir de quarta-feira, 25 de Outubro, os passageiros que queiram deslocar-se em Maputo e na Matola nos triciclos motorizados popularmente chamados de “txopelas”, podem-no fazer através do aplicativo da Yango. As corridas terão uma tarifa base de 55 meticais, um preço competitivo que segue o conhecido padrão Yango, onde os preços são mais acessíveis que outros serviços de transporte urbano.
Para solicitar o novo serviço, os passageiros continuarão a utilizar a aplicação Yango de sempre, não sendo necessário fazer qualquer atualização. Txopela é um serviço conveniente sob demanda que torna a locomoção pela cidade muito mais fácil. Os utilizadores não precisam de andar às voltas à procura de txopelas. Basta abrir a aplicação Yango e escolher a opção txopela, definir um destino e o motorista leva-o diretamente à sua porta. Não haverá mais regateios sempre que um passageiro entrar no txopela. A Yango mostrará a estimativa da tarifa antes da reserva. Os passageiros podem sempre verificar o seu registo na aplicação Yango.
Desta forma, todas as funcionalidades do aplicativo da Yango, já conhecidas pelos habitantes da capital, estão também disponíveis para os passageiros dos txopelas, como as viagens com múltiplos destinos. Mecanismos de segurança para os condutores, como o botão de conflito, e para os passageiros, entre os quais o botão SOS, que conecta automaticamente o usuário com as autoridades em caso de emergência, ou a opção de partilha de rota, estarão igualmente disponíveis.
Os “txopelas” também estarão sujeitas ao sistema GPS de monitorização de condução da Yango, que lança alertas sobre perigos na via e infracções dos condutores, que poderão ser bloqueados do aplicativo no caso de condução perigosa ou de violações constantes do Código de Conduta da Yango e do Código de Estrada.
A inovação que a Yango trouxe para Moçambique, desde o início das operações em novembro do ano passado, captou a atenção da Associação dos Mototaxistas de Maputo (AMOTAXIM), que solicitou à plataforma juntar à oferta de táxis tradicionais, as viagens com “txopelas”.
De acordo com Sebastião Neves, presidente da AMOTAXIM, "este novo serviço marcará um antes e um depois na atividade dos txopelas em Maputo e na Matola. A tecnologia de ponta da Yango e todas as funcionalidades de serviço e segurança incluídas na app vão garantir definitivamente qualidade, segurança e confiança aos passageiros e motoristas dos txopelas ". "A resposta dos motoristas associados da AMOTAXIM, a esta oportunidade de trabalhar com a aplicação Yango no seu dia a dia, tem sido muito positiva. Eles conhecem as vantagens desta aplicação, onde recebem apoio constante de um centro de suporte especializado, e sabem que a partir de agora vão poder trabalhar com mais segurança e eficiência, contando com o serviço de distribuição de viagens em cadeia para ter mais clientes, rentabilizar o seu tempo, reduzir os custos de operação e, claro, ter muito mais rendimento", comenta Sebastião Neves.
Zameer Adam, representante de Moçambique, comentou que "a Yango congratula-se com a expansão dos serviços do aplicativo Yango para um sector de transporte urbano vital para Maputo e para a Matola, que transporta todos os dias milhares de passageiros". " A Yango reforça a cada dia a sua posição líder de agente de mudança positiva do sistema de mobilidade da capital, servindo de complemento de um sistema intermodal cada vez mais diversificado. Os txopelas são um meio de transporte ágil e rápido. Através da nossa plataforma, adicionaremos a esta forma de viajar garantias que os usuários de veículos motorizados frequentemente exigem: qualidade, segurança e eficiência", afirmou.
Os Bispos Católicos de Moçambique condenaram esta quinta-feira (19), em conferência de imprensa, em Maputo, os acontecimentos que consideram alarmantes sobre os ilícitos e irregularidades eleitorais reportados oficiosamente e difundidos pela imprensa, bem como por observadores eleitorais, facto que está a suscitar uma onda de instabilidade e de contínua tensão social em todo o país.
Olhando para este cenário, os Bispos Católicos, que foram observadores das VI Eleições Autárquicas de 11 de Outubro, vêem com muita preocupação que, à medida que se vão divulgando os resultados, os níveis de incompreensões sobem, como também crescem as expressões de descontentamento no povo, sobretudo dos que se sentem trapaceados.
Perante este cenário, o porta-voz dos Bispos, o Arcebispo de Maputo, Dom João Carlos Nunes, apelou ao partido Frelimo, o principal beneficiário da crise gerada por ilícitos e irregularidades eleitorais, a chamar à razão os membros e simpatizantes para aceitarem a contestação dos resultados. Frisou que o apelo acontece numa altura em que os resultados definitivos ainda não foram divulgados e ainda há espaço para rever os resultados.
“Apelamos às lideranças do partido beneficiário desta crise eleitoral a que chamem à razão os seus membros e simpatizantes para aceitarem a contestação dos resultados como parte do jogo democrático, multipartidário e inclusivo e colocarem a viabilidade política, social e económica do país acima dos interesses partidários de uma mera vitória eleitoral questionável”, afirmou Dom João Carlos Nunes.
Os Bispos Católicos apelam também aos órgãos eleitorais, a Comissão Nacional de Eleições e ao Secretariado Técnico de Administração Eleitoral a rever com responsabilidade e justiça todo o processo de apuramento dos resultados que estão a ser divulgados, garantindo que tais sejam o reflexo verdadeiro dos votos depositados nas urnas e, portanto, da vontade do povo.
A exortação dos Bispos Católicos é igualmente extensiva às lideranças dos partidos que protestam os resultados eleitorais para chamarem à razão os seus membros e simpatizantes a reivindicar de forma pacífica, seguindo os princípios consagrados na Constituição da República de Moçambique e os trâmites legais, sem violência.
O porta-voz dos Bispos Católicos de Moçambique reiterou o apelo para que as Forças de Segurança assumam o seu papel de protecção do cidadão, independentemente da sua filiação partidária e zelem pela manutenção da lei e ordem, sem extremismos, não intimidando nem favorecendo ninguém.
Para Dom João Carlos Nunes, se todos esses apelos forem postos em prática, poder-se-á manter a paz, um valor supremo da convivência e cidadania. “É nos momentos de prova que se conhece a grandeza de um povo e de seus líderes. Não falta a ninguém a coragem de fazer presente a justiça que conduza os moçambicanos à concórdia e à convivência saudável como uma nação”, concluiu o porta-voz do Bispos Católicos de Moçambique.
Refira-se que dados preliminares dos resultados das eleições de 11 de Outubro dão vitória ao partido no poder, a Frelimo, em 64 das 65 autarquias, com a excepção do município da cidade da Beira que ficou nas mãos do Movimento Democrático de Moçambique. Os dados preliminares indicam ainda vitória, incluindo nos oito municípios sob gestão da Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO). A contestação surge da alegada fraude nesses municípios e noutros como Maputo, Matola, Marracuene e Vilankulo, onde a RENAMO reivindica vitória. (Evaristo Chilingue)
Centenas de pessoas renderam a última homenagem an Alice Mabota, activista social e defensora dos direitos humanos, um evento que teve lugar ontem (18) nos Paços do Município de Maputo, na capital moçambicana. Alice Mabota, que foi a enterrar no cemitério de Lhanguene, em Maputo, morreu há uma semana na África do Sul, vítima de doença.
A activista dos direitos humanos deixa esposo e três filhas.
Logo nas primeiras horas, familiares, amigos, dirigentes e alguns membros da sociedade civil estiveram presentes no Paços do Conselho Municipal da cidade de Maputo para prestar a última homenagem à mulher que dedicou vários anos da sua vida a lutar pelos direitos humanos e justiça do povo moçambicano.
Falando durante o evento, o vice-ministro de Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Filimão Suazi, disse que a morte de Alice Mabota deixa um vazio no povo moçambicano, principalmente naqueles que se inspiravam no seu legado.“A sua partida deste mundo deixa um enorme vazio nos nossos corações, sobretudo nos seus seguidores que se inspiram sempre no seu legado em prol da defesa dos direitos humanos”, disse.
Segundo Suazi, com o desaparecimento de Alice Mabota, perde-se uma parceira directa nesta caminhada do activismo, pela preservação da dignidade da pessoa humana. Por isso, o governo moçambicano regista a colaboração que teve ao longo de vários anos e o seu contributo na causa dos direitos humanos.“Este momento deve servir para imortalizar e assegurar a continuidade dos seus ideais e no seguimento do seu legado nesta nossa pátria amada, pela perseverança e rompimento das barreiras do medo, pela sua frontalidade, pelo seu alto sentido de estar na defesa de suas convicções”, referiu.
Aliás, não é caso para menos, pois o seu engajamento e dedicação na defesa dos direitos humanos tornaram-na numa activista exemplar contra todas as formas de injustiça social.”
O Presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), Luís Bitone, que participou no evento, destacou a vida e obra de Alice Mabota, cujo legado se confunde com o percurso histórico dos direitos humanos em Moçambique. “O seu percurso histórico na área dos direitos humanos confunde-se com o percurso histórico dos direitos humanos em Moçambique. Foi ela que, nos anos 90, com a abertura do país ao multipartidarismo democrático, juntou alguns cidadãos voluntários para formarem o movimento nacional de promoção e protecção dos direitos humanos, disse Bitone.
“Nessa altura, falar de direitos humanos em Moçambique era um tabu. Por isso, é legítimo outorgar-lhe o título de fundadora do Movimento de Direitos Humanos em Moçambique”, acrescentou.
Representantes de diferentes associações como Fórum Mulher, Lambda, Associação de Mulheres de Carreira Jurídica, Rede Moçambicana dos Defensores de Direitos Humanos, entre outras, apresentaram mensagens de elogio fúnebre an Alice Mabota.
Para o Fórum Mulher, Alice Mabota recebeu numerosas ameaças de mortes e insultos públicos pela sua forma de ser e de estar. Por causa desta luta, em 2010, Alice Mabota foi distinguida pelos Estados Unidos da América com o prêmio internacional de mulheres de coragem.
A sua morte aos 74 anos de idade acontece num contexto de turbulência e agitação no país, mas igualmente num momento de nova esperança, em que a sua semente de justiça brota na mente dos milhares de moçambicanos que clamam por justiça.
Já o Fórum da Sociedade Civil para os Direitos da Criança – ROSC refere que Alice Mabota defendeu de forma destemida e com coragem os direitos humanos de homens, mulheres e crianças de todas as idades. ″Traduziu o sentimento e a voz de várias pessoas, sociedade civil, governo e de todos. Nunca existiu grupo ou classe que não defendeu. Para ela, o mais importante não era o dinheiro, era a justiça, a causa″.
A organização diz que Mabota sempre foi aquela advogada que muitos gostariam de ter, não apenas como uma advogada, mas como uma companheira. ″O cidadão encontrou o porto seguro. Ela era frontal e confrontava as autoridades ou pessoas que violassem os direitos humanos e também colaborava com as entidades oficiais para dar o seu contributo″.
Por outro lado, a Associação Moçambicana das Mulheres de Carreira Jurídica diz que Alice Mabota foi uma mulher que não ficou indiferente às graves violações dos direitos humanos e, com a sua coragem e energia, travou duros combates arriscando a sua própria vida.″Ela dedicou-se à defesa dos injustiçados porque tinha amor pelo próximo e para dar maior consistência às suas lutas, criou a Liga Moçambicana dos Direitos Humanos, uma organização interventiva dos processos de pessoas carenciadas".
Por sua vez, o representante da Rede Moçambicana dos Defensores dos Direitos Humanos e da Southern Defenders (RMDDH), Adriano Nuvunga, disse que Alice Mabota dedicou a sua vida à concretização dos direitos universais em defesa da dignidade humana.“Não lamentemos pela morte da mãe dos direitos humanos, celebremos porque aconteceu o fenómeno Alice Mabota que se dedicou na concretização dos direitos universais defendendo a vida, a liberdade, confrontando opressões e estabelecendo-se como esteio da justiça no nosso país”, disse.
Para esta associação, Mabota partiu coincidentemente no contexto da celebração do sexagésimo quinto aniversário da declaração universal dos direitos humanos. ″Alice Mabota foi sinónimo de promoção, protecção e defesa dos direitos humanos em Moçambique. Dedicou-se à concretização dos direitos universais e se estabeleceu como o espelho da justiça no país″.
A RMDDH frisa que Alice Mabota foi a luz contra a escuridão, uma voz contra o silêncio da injustiça. ″O eco da sua luta permanecerá por gerações. Ela parte num momento desafiante, em que o direito ao voto é questionado e ameaçado no país″.
Alice Mabota nasceu no ano de 1949, em Maputo, onde se formou em Direito pela Universidade Eduardo Mondlane.Foi fundadora e presidente da Liga dos Direitos Humanos (LDH), a primeira organização independente do género em Moçambique e destacou-se como uma crítica e denunciante de violações dos direitos humanos.
A última aparição pública de Alice Mabota foi como advogada de defesa de um dos funcionários de uma casa de câmbios acusada pela justiça moçambicana de ter sido usada como veículo para a lavagem de dinheiro no caso “Dívidas Ocultas”.
África perde em média por ano 60 mil milhões de dólares em fluxos financeiros ilícitos e mais de 140 mil milhões de dólares em corrupção. A União Africana (UA) diz que continuará a contar com a polícia africana através da Afripol (o mecanismo da UA para a cooperação policial), da Interpol e da polícia dos Estados-membros para responder a estes desafios”, disse Monique Nsanzabaganwa, Vice-Presidente deste órgão continental.
Nsanzabaganwa falava na recém-terminada conferência da Interpol sobre África, em Luanda, onde os delegados concordaram em aumentar a partilha de informações em múltiplas áreas de crime, desde o combate ao terrorismo ao tráfico de vida selvagem.
Mais de 160 oficiais superiores da polícia de África e de outros lugares que participaram na conferência de três dias na capital angolana ouviram que a partilha de dados em África utilizando sistemas da Interpol aumentou sete por cento em 2022. Isto levou a organização policial internacional a dizer num comunicado: “informações ainda maiores sobre a partilha dentro e fora de África são reconhecidas como uma condição necessária para enfrentar eficazmente as ameaças globais do crime”.
A estratégia da Interpol para África adoptada pelos delegados no último dia da conferência procurará reforçar o intercâmbio de “informações accionáveis” através de projectos específicos. Estas incluem uma plataforma de aprendizagem digital – a academia virtual da Interpol – e a academia global da Interpol, uma rede de parceiros regionais de formação.
O reforço de parcerias estratégicas com a União Africana (UA) e organizações regionais de chefes de polícia, como a SARPCCO (Organização Regional de Cooperação de Chefes de Polícia da África Austral), será priorizado, como demonstram iniciativas como o Programa de Apoio da Interpol à União Africana (ISPA).
“A Interpol é uma referência para uma cooperação bem sucedida. Porque sem cooperação e troca de informações, a segurança e a estabilidade globais estão ameaçadas”, disse na conferência, Monique Nsanzabaganwa, vice-Presidente da UA.
“Foram aprovadas recomendações específicas sobre o reforço da cooperação contra a criminalidade ambiental e o terrorismo. A conferência observou que os mercados ilegais de vida selvagem online crescem a “um ritmo alarmante”, com os delegados a concordarem em monitorar e avaliar anúncios e grupos de redes sociais para verificar a extensão e a natureza do conteúdo, bem como iniciar investigações cibernéticas nacionais sobre a vida selvagem.
“África é uma importante região de origem e trânsito de produtos ambientalmente sensíveis explorados e traficados ilegalmente para o resto do mundo. É uma região de destino para resíduos e outros poluentes, muitas vezes traficados e eliminados ilegalmente”, lê-se em parte na declaração pós-conferência.
Os chefes de polícia e outros delegados foram informados que a actividade terrorista aumentou em África, de acordo com o relatório da Interpol sobre tendências globais da criminalidade de 2022, especialmente desde o colapso territorial do Estado Islâmico (Daesh). Os delegados decidiram aproveitar as tecnologias emergentes para melhor detectar e desmantelar o movimento terrorista através de uma maior partilha de dados policiais regionais e globais. O relatório é restringido a cinco actividades criminosas específicas – crime organizado, tráfico ilícito, crime financeiro, cibercrime e terrorismo, listadas num resumo. A componente terrorismo contém informações sobre o terrorismo jihadista, grupos afiliados ao Estado Islâmico, o aumento do terrorismo de extrema direita e a utilização de tecnologias avançadas.
África acolhe mais países membros da Interpol do que qualquer outra região, representando quase 30% dos membros da organização. O continente acolhe quatro dos seis escritórios regionais da Interpol em Abidjan (Costa do Marfim), Harare (Zimbabwe), Nairobi (Quénia) e Yaoundé (Camarões). (Defenceweb)
"A forma como [Verstappen] fez colocou-nos no escalão dos maiores do desporto", disse o Chefe da equipa da Red Bull, Christian Horner. Salientado que, “ganhar três títulos consecutivos com o domínio que teve em 2022 e depois este ano é algo que o desporto não via há muito tempo”.
A próxima corrida da Fórmula 1 será em Austin, Estados Unidos de América, no dia 22 de Outubro, às 20:55h, contará com a transmissão em directo e exclusivo nos canais SuperSport na DStv a partir do pacote Grande Mais. O evento vai trazer aos pilotos e à grelha em geral um alívio das condições de calor intenso que afectou dos atletas no Qatar.
A ronda anterior, no Qatar, viu Max Verstappen, da Red Bull Racing, não só a conquistar a sua 14ª vitória no Grande Prémio da época (em 17 corridas!), como também o terceiro título consecutivo no campeonato de pilotos de F1. O holandês de 26 anos junta-se às lendas do automobilismo Jack Brabham, Jackie Stewart, Niki Lauda, Nelson Piquet e Ayrton Senna como tricampeão mundial de F1.
“É fácil subestimar o nível a que Max está a trabalhar. Está a conquistar o seu lugar entre os grandes, acredito que está ao lado dos melhores", explicou Horner.
A DStv é o destino final dos fãs de desporto motorizados, oferecendo uma gama e profundidade de acção que nenhum outro concorrente pode igualar.
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Detalhes da transmissão do Grande Prémio dos Estados Unidos, 20-22 de Outubro de 2023
Todos os horários – Hora Central de África
Sexta-feira, 20 de Outubro
19:25: Treinos Livres 1 – EM DIRECTO na SuperSport Motorsport e SuperSport Máximo 1
22:45: Qualificação – EM DIRECTO na SuperSport Motorsport e SuperSport Máximo 1
Sábado, 21 de Outubro
19:45: Sprint Shootout – EM DIRECTO na SuperSport Motorsport e SuperSport Máximo 1
23:50: Corrida Sprint – EM DIRECTO na SuperSport Grandstand, SuperSport Motorsport e SuperSport Máximo 1
Domingo, 22 de Outubro
20:55: Grande Prémio – EM DIRECTO na SuperSport Grandstand, SuperSport Motorsport e SuperSport Máximo 1
Moçambique exige 3,1 mil milhões de dólares ao grupo Naval Privinvest e ao proprietário, Iskandar Safa, por danos, compensação e indemnização no âmbito do caso das “dívidas ocultas” que hoje começou no Tribunal Comercial de Londres.
O valor foi revelado hoje durante o início do julgamento, atrasado após o acordo alcançado há duas semanas com banco Credit Suisse e outros bancos envolvidos no processo.
O advogado da Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique, que representa o Estado neste caso, Joe Smouha, salientou a “escala e velocidade chocantes” da fraude e corrupção cometidos.
A Privinvest é acusada de subornar funcionários públicos, em particular o antigo ministro das Finanças Manuel Chang, para aprovarem contratos e o financiamento de empréstimos de três empresas estatais (Proindicus, EMATUM e MAM) para a compra de barcos de pesca e equipamento de segurança marítima à Privinvest.
A empresa e Iskandar Safa são também acusados por Moçambique de subornarem funcionários dos bancos Credit Suisse e VTB para facilitarem as transações.
O empresário franco-libanês e o grupo naval negam ambos ter cometido atos de corrupção.
Os 3,1 mil milhões de dólares (2,94 mil milhões de euros no câmbio atual) que Moçambique exige à Privinvest incluem 700 milhões de dólares (663 milhões de euros) de custos e juros com as dívidas incorridas pelos empréstimos, 1,4 mil milhões de dólares (1,33 mil milhões de euros) que o Estado moçambicano deve a detentores de obrigações e cupões em títulos de dívida externa, e 136 milhões de dólares (129 milhões de euros) de subornos pagos a funcionários públicos.
O restante é uma estimativa dos lucros que a Privinvest obteve na sequência das receitas de 1,8 mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros) com os contratos.
Moçambique já tinha anunciado antes que não iria manter o pedido de compensação por "perdas macroeconómicas” resultantes da suspensão de apoios internacionais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e outros doadores.
O julgamento, vincou Smouha, dá “finalmente voz ao povo de Moçambique”, país “sobrecarregado com pobreza e dívida”.
O advogado criticou também os bancos envolvidos por tentarem obter “ganhos comerciais rápidos à custa da população e fechando os olhos ao que era óbvio a qualquer banqueiro”.
Como resultado do acordo com o Credit Suisse para Moçambique deixar cair as alegações contra o banco suíço, este renunciou à dívida de 450 milhões de dólares (426 milhões de euros no câmbio atual) mas não pagou qualquer compensação, revelou Smouha.
O Credit Suisse continua a ser potencialmente responsável perante a Privinvest, caso seja provado que o grupo naval subornou os três antigos funcionários do banco Andrew Pearse, Surjan Singh e Detelina Subeva.
O caso das “dívidas ocultas” remonta a 2013 e 2014, quando Chang aprovou, à revelia do parlamento, garantias estatais sobre os empréstimos da Proinducus, Ematus e MAM aos bancos Credit Suisse e VTB.
Descobertas em 2016, as dívidas foram estimadas em cerca de 2,7 mil milhões de dólares (cerca de 2,55 mil milhões de euros ao câmbio atual), de acordo com a acusação apresentada pelo Ministério Público moçambicano, originando processos judiciais nos Estados Unidos e em Moçambique.
No processo em Londres estão nomeados vários altos funcionários públicos e figuras de Estado, como o antigo Presidente Armando Guebuza, mas foi reconhecida imunidade diplomática ao atual chefe de Estado, Filipe Nyusi.
Num julgamento em Maputo do mesmo caso que foi concluído em dezembro, 11 dos 19 arguidos foram condenados a penas de prisão de entre 10 e 12 anos.
Três deles, Ndambi Guebuza, filho do ex-Presidente Armando Guebuza, e dois ex-dirigentes do Serviço de Informacão e Segurança do Estado (SISE), Gregório Leão e António Carlos do Rosário, foram ainda condenados a pagar uma indemnização ao Estado equivalente a 2,8 mil milhões de dólares.
O julgamento no Tribunal Comercial de Londres vai prolongar-se pelas próximas nove semanas, até ao final de dezembro. (Lusa)