O Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa (GMNK), no âmbito da sua responsabilidade social e conteúdo local lançou, hoje, em Tete, na Vila de Songo, o Programa de Estágios Profissionais, que visa dotar os jovens moçambicanos recém[1]graduados nas diferentes universidades públicas e privadas, oportunidades, de capacidade técnica na gestão e desenvolvimento de grandes projectos.
O evento serviu para a assinatura de um Memorando de Entendimento entre GMNK e o Instituto Superior Politécnico de Songo (ISPS).
O Programa de Estágios Profissionais foi criado para permitir que os jovens recém[1]graduados possam participar de todas as fases do desenho e implantação do projecto Mphanda Nkuwa, dotando os mesmos de conhecimentos técnicos e práticos com padrões nacionais e internacionais, tendo em conta o envolvimento que terão com vários consultores nacionais e internacionais experientes envolvidos no processo, o que pode constituir mais valia técnica para o País num futuro próximo em outros projectos semelhantes. O programa vai abranger várias áreas de formação, nomeadamente, engenharia, mecânica, eléctrica, electrónica, construção civil, ciências sociais, ambiente, economia e finanças.
As candidaturas seguirão um processo competitivo e rigoroso de selecção, triagem, realização de testes escritos e entrevistas, e finalmente, de apuramento e divulgação de resultados, bem como de contratação dos jovens seleccionados.
O programa tem como meta atingir 50% por cento de participação feminina. Este programa engloba jovens de todo o país, que uma vez selecionados poderão ser integrados no GMNK, sob supervisão dos gestores da empresa. Os candidatos não deverão ter mais de 27 anos de idade.
Deverão ser detentores de, no mínimo, uma licenciatura em áreas de interesse do programa. Os candidatos selecionados assinarão contratos de aprendizagem, com uma duração de um ano, podendo ser estendido por mais um ano, em função do desempenho.
O seriado “Ex-Amissíssimas” é vencedor da sessão de pitch de conteúdos televisivos, evento que aconteceu entre 4 e 5 de Setembro, no Centro Cultural Franco-Moçambicano, em Maputo, no âmbito da 14ª. edição do Kugoma, o mais antigo fórum de cinema moçambicano.
Trata-se de um seriado com 13 episódios, de 25 minutos cada, produzida pela AfroCinemakers. Da autoria de Lorna Zita, o seriado conta com o guião de Elton Pila, Gil d’oliveira Nota, Ivo Mabjaia, Lorna Zita, Jarcia Muando, JJ Nota e Silvino Ubisse e com a realização de Ivo Mabjaia, Gil d’oliveira Nota e JJ Nota.
Esta proposta foi escolhida entre 65 candidaturas, das quais seis chegaram à fase final num processo que durou aproximadamente dois meses e que culminou em dois dias de sessões públicas de pitching na presença de júri, composto por cinco profissionais ligados ao sector e o público.
Aspectos técnicos como a originalidade, o arco da história e sua relevância, a viabilidade de produção, o desenvolvimento dos personagens e a apresentação e respostas às questões do júri concorreram para tornar “Ex-Amissíssimas” a melhor produção.
“Corações Amargos”, da produtora Ideias; “Chovem Amores na Rua do Matadouro”, da produtora CineGroup; “Buma” e “Subúrbios”, da produtora AfroCinemakers e “Os Magnatas”, da produtora Smart, são as outras propostas que chegaram na fase final da corrida, mas não tiveram a mesma apreciação.
“Ex-Amissíssimas” terá a sua exibição em Maio do próximo ano e a sua produção vai arrancar em Janeiro.
Afrocinemakers é a mesma produtora do ‘Kuga Munu’, série original moçambicana sobre crenças e práticas africanas, cujo um dos produtores é Nelson Faquirá, fruto do programa MultiChoice Talent Factory.
Frise-se que esta iniciativa do fórum de cinema moçambicano, Kugoma, é organizada pela Associação dos Amigos do Museu do Cinema em Moçambique, em parceria com a MultiChoice Talent Factory e o canal Maningue Magic.
Aliás, esta iniciativa é um marco para a indústria cinematográfica em Moçambique, uma vez que nunca antes se realizou uma experiência desta natureza no país. O canal Maningue Magic reforça, através deste projecto, o seu comprometimento em apoiar o desenvolvimento da indústria local, fornecendo uma plataforma para os produtores moçambicanos mostrarem o seu talent e criatividade.
Advogando que o segredo para o desenvolvimento do país assenta em proporcionar o bem-estar do povo, a Agência para o Desenvolvimento e Empreendedorismo (ADE) garante ter integrado, entre 2020 e 2023, cerca de 3.300 jovens, entre pequenos produtores, jovens agricultores, agro dealers e empreendedores, que decidiram apostar na cadeia de valor agrária, como fonte de empregabilidade e geração de renda.
Em comunicado de imprensa partilhado com a nossa Redacção, a ADE afirma tratar-se de uma abordagem de políticas assertivas e holísticas face ao elevado índice de desempregados no país, muitos dos quais atirados ao ócio, situação que os atira para o mundo do crime. Sustenta que abraçou a iniciativa na perspectiva de alcançar a sua autonomia económica e financeira, como resultado da implementação do Programa “Transformando o Sonho de Jovens Rurais – O Futuro começa Agora”, lançado em 2020.
Segundo a ADE, os 3.300 jovens integrados no programa nos últimos três anos estão dotados de ferramentas científicas, após um processo intensivo de incubação nos campos de produção e participação em ciclos de capacitação e palestras sobre literacia e gestão financeira, técnicas de comercialização, ligação aos mercados e acesso ao financiamento.
A plataforma afirma ter constatado existirem, em Moçambique, constrangimentos no acesso ao financiamento, fraco fluxo de informação sobre financiamento, falta de projectos de geração de renda, inexistência de base de dados para o acesso ao emprego e taxas altíssimas de juro na banca comercial, excessiva burocracia na tramitação de processos ou acesso à terra.
De modo a debater esses constrangimentos, a ADE organiza, entre os dias 29 e 30 de Novembro próximo, na cidade de Mocuba, província da Zambézia, a 3ª Edição do Fórum de Agro Negócio, Inovação e Desenvolvimento Sustentável, sob o lema “Os desafios do presente e futuro rumo à criação de emprego e resiliência climática”. O evento contará com a participação de cerca de 200 jovens e servirá de plataforma para o lançamento da Plataforma Nacional do Engajamento da Juventude na Cadeia de Valor Pecuário e Desenvolvimento Rural. (Carta)
A Ridetech MOZ, SA, empresa afiliada do Grupo Yango, uma sociedade internacional que desenvolve a aplicação Yango, já é prestadora de serviços electrónicos intermediários no país, na categoria de Operador de Plataforma Digital. A confirmação foi dada no passado dia 25 de Outubro, após receber um Certificado de Registo de Entidade, emitido pelo Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC).
O Certificado emitido pelo Governo, através do Sistema de Gestão de Serviços e Plataformas (SGSPD), resulta do processo de registo de provedores intermediários de serviços electrónicos e de operadores de plataformas digitais, iniciado no passado dia 12 de Setembro pelo INTIC. O documento, refira-se, confere autoridade a Ridetech MOZ, SA como prestadora de Serviços Electrónicos Intermediário, na categoria de Operador de Plataforma Digital, a operar no mercado digital moçambicano, sob a designação Yango.
Para o representante da Yango, em Moçambique, Mahomed Adam, a emissão do Certificado de Registo de Entidades mostra o compromisso da Yango com o país, “trabalhando de forma mais proactiva com o INTIC”.
“Acreditamos que os serviços de transporte orientados para a tecnologia podem beneficiar significativamente Moçambique, fornecendo soluções de mobilidade acessíveis e fiáveis aos seus residentes”, defende Adam, sublinhando que o Certificado marca um passo fundamental para solidificação dos serviços da empresa, na capital moçambicana.
“A aquisição deste certificado faz parte de uma série de esforços estratégicos que temos diligentemente empreendido durante meses. Isto inclui a implementação de mecanismos de segurança de ponta concebidos para proporcionar aos nossos estimados utilizadores a maior tranquilidade, quando optam por reservar transporte por meio da nossa aplicação. Continuamos empenhados em garantir a maior segurança e conveniência para todos em Maputo”, assegura o representante da Yango, em Moçambique.
Refira-se que a Yango fornece os seus serviços de superapp e ride-hailing, em mais de 20 países africanos, da América Latina, Europa e do Médio Oriente. Em Moçambique é famosa por fornecer serviços de táxi. (Carta)
A polícia sul-africana disse esta terça-feira (07) que uma ministra e os seus guarda-costas sofreram um roubo, incluindo armas, no que as autoridades descrevem como um incidente sem precedentes. O assalto ocorreu na segunda-feira quando a ministra dos Transportes, Sindisiwe Chikunga, viajava numa estrada (N3) a sul de Joanesburgo (entre Vosloorus e Heldelberg) em direcção a Pretória, disse a Polícia.
Os pneus do carro da ministra foram perfurados por pregos, fazendo com que a viatura se imobilizasse, permitindo que os criminosos roubassem objectos de valor dos ocupantes, afirmou o ministério dos Transportes, num comunicado. A ministra e os seus guarda-costas saíram ilesos.
A Porta-voz da Polícia, Athlenda Mathe, disse que os ladrões fugiram com pertences pessoais e duas pistolas da Polícia.
Desde então, foi lançada uma caça ao homem após este incidente para prender os responsáveis, disse Mathe. Envolvendo um oficial de alto nível com uma equipa de segurança armada, o incidente é impressionante mesmo para os padrões sul-africanos.
Algumas fontes especularam que o Ministério dos Transportes queria ocultar o incidente para evitar o escrutínio público sobre como uma ministra poderia ser roubada na presença da sua unidade de protecção.
A África do Sul tem há muito uma reputação de crime violento e é, frequentemente, descrito como um dos mais perigosos do mundo fora de uma zona de guerra. A polícia registou mais de 500 roubos e quase 70 assassinatos por dia, no país de 62 milhões de habitantes, entre Abril e Junho deste ano, segundo as estatísticas. (SAnews)
O chefe do Executivo português, António Costa, confirmou, ao início da tarde desta terça-feira, dia 7, a sua demissão do cargo de primeiro-ministro, na sequência da investigação do Ministério Público a São Bento e aos Ministérios do Ambiente e das Infraestruturas. Em causa está uma investigação a negócios de hidrogénio e lítio em Portugal.
"Ao longo destes 25 anos dediquei-me de alma e coração a servir os portugueses. Estava naturalmente disposto a cumprir o mandato que os portugueses me confiaram até ao fim desta legislatura"; começou por dizer Costa na nota que leu ao país. "Estou totalmente disponível para colaborar com a Justiça, em tudo o que entende ser necessário.”
Costa referiu que "não lhe pesa na consciência" qualquer acto ilícito". "Confio na Justiça e no seu funcionamento".
"Encerro com cabeça erguida, a consciência tranquila e a mesma determinação de que servi Portugal exactamente da mesma forma como no dia em que aqui entrei pela primeira vez como primeiro-ministro", rematou durante o seu discurso, e depois de agradecimentos.
Questionado sobre se este processo lhe é "completamente desconhecido", Costa foi peremptório: "Desconhecia em absoluto a existência de qualquer processo e a nota do gabinete de imprensa [da PGR] não explicita, aliás, a que actos, momentos, é que me referem. A única coisa que dizem é que haverá um inquérito de que serei objecto e que decorrerá no Supremo Tribunal de Justiça", notou, acrescentando que "está totalmente disponível para colaborar com a Justiça".
Posteriormente, nas respostas aos jornalistas, António Costa disse que Marcelo Rebelo de Sousa aceitou a sua demissão, sem questionar: “O Presidente da República não questionou as minhas razões, compreendeu-as de imediato”.
Depois à pergunta se poderia recandidatar-se ao cargo de primeiro-ministro, deixou bem claro: "Não, não me vou recandidatar. É uma etapa da vida que se encerrou, os processos-crimes raramente são rápidos, por isso não ficaria a aguardar a conclusão do processo-crime para tirar outra conclusão. No julgamento da minha consciência estou totalmente tranquilo", voltou a dizer, sublinhando que respeita a independência da justiça.
Costa, ao contrário de outras figuras como o ministro das Infraestruturas, João Galamba, não foi constituído arguido em nenhum processo, dizendo que tomou conhecimento do processo contra si pelo gabinete de imprensa da PGR.
Entretanto, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já anunciou a convocação do Conselho de Estado para depois de amanhã, quinta-feira, dia 9. (Carta)