A National Basketball Association (NBA, Associação Nacional de Basquetebol) (www.NBA.com) anunciou hoje que o antigo Presidente Barack Obama se juntou à NBA África (https://on.nba.com/3eZjcuX) como parceiro estratégico.
O Presidente Obama irá ajudar a desenvolver os esforços da responsabilidade social da liga em todo o continente, incluindo programas e parcerias que apoiam uma maior igualdade de género e a inclusão económica. Nesta capacidade, o Presidente Obama irá ter uma participação acionária minoritária no novo empreendimento.
A NBA África realiza os negócios da liga em África, incluindo a Basketball Africa League (BAL, Liga Africana de Basquetebol [LAB]) (www.theBAL.com), a qual realizou a sua temporada inaugural em maio com 12 das principais equipas de 12 países africanos. A NBA África está focada em expandir a presença da NBA em mercados africanos prioritários, aprofundando o envolvimento da liga com jogadores e fãs em todo o continente e em continuar o crescimento do ecossistema do basquetebol africano através de programas como o Jr. NBA, Basketball Without Borders (BWB) Africa e NBA Academy Africa. Adicionalmente, a NBA África lançou diversas iniciativas (https://on.nba.com/2UMLuCp) de responsabilidade social como objetivo de melhorar a subsistência de jovens e de famílias africanas.
“A NBA foi sempre uma ótima embaixadora dos Estados Unidos – usando o jogo para criar ligações mais profundas em todo o mundo e, em África, o basquetebol tem o poder de promover oportunidade, bem-estar, igualdade e empoderamento em todo o continente,” disse o Presidente Barack Obama. “Ao investir em comunidades, promover a igualdade de género e cultivar o amor pelo basquetebol, acredito que a NBA África pode fazer a diferença nas vidas de muitos jovens africanos. Fiquei impressionado com o compromisso da liga para com África, incluindo a liderança demonstrada por muitos jogadores africanos que querem dar de volta aos seus próprios países e comunidades. É por isso que estou orgulhoso em me juntar à equipa da NBA África e anseio por uma parceria que beneficia a juventude de tantos países.”
“Sentimo-nos honrados com o facto de o Presidente Obama se ter tornado um parceiro estratégico da NBA África e vamos apoiar os nossos esforços abrangentes para que o basquetebol cresça no continente,” disse o Comissário da NBA Adam Silver. “Em adição ao seu bem documentado amor pelo basquetebol, o Presidente Obama acredita firmemente no potencial de África e nas enormes oportunidades de crescimento que existem através do desporto. A NBA África irá beneficiar enormemente com o seu envolvimento.”
“Temos planos de crescimento ambiciosos para a NBA África e o facto de o Presidente Obama se unir aos nossos esforços é um reconhecimento de que, através do desporto, África pode ocupar o seu devido lugar no palco mundial,” disse o CEO da NBA África Victor Williams. “Ansiamos por trabalhar com o Presidente Obama e com os nossos investidores estratégicos para usar o basquetebol como um motor de crescimento económico em todo o continente e como uma plataforma para melhorar a saúde e o bem-estar de uma das populações mais jovens e em rápido crescimento do mundo.”
Os investidores estratégicos na NBA África incluem um consórcio liderado por Babatunde “Tunde” Folawiyo, Presidente e CEO do Yinka Folawiyo Group e pela Helios Fairfax Partners Corporation (HFP), liderada pelo coCEO Tope Lawani. Os investidores adicionais da NBA África incluem as lendas da NBA Junior Bridgeman, Luol Deng (Sudão do Sul), Grant Hill, Ian Mahinmi (França; laços com o Benim), Dikembe Mutombo (República Democrática do Congo) e Joakim Noah (laços com os Camarões).
A NBA tem uma história de longas décadas em África e abriu, em 2010, a sua sede africana em Joanesburgo. Desde então que os esforços da liga no continente se focaram em aumentar o acesso ao basquetebol e à NBA através da responsabilidade social, do desenvolvimento local e de elite, distribuição de meios, parcerias corporativas, Jogos NBA de África, o lançamento da LAB e mais.
A temporada inaugural da LAB foi transmitida aos fãs em 215 países e territórios em 15 idiomas. No domingo, 30 de maio, o Zamalek (Egito) derrotou o US Monastir (Tunísia) com 76-63 pontos para ganhar o primeiro campeonato LAB. Os fãs podem seguir em @NBA_Africa e @theBAL no Facebook, Instagram, Twitter e no Youtube. (Carta)
Faleceu na noite de ontem (27), na cidade da Beira, o multifacetado empresário Zaide Aly, vítima da COVID-19. Proprietário de uma das maiores e mais emblemáticas unidades hoteleiras da capital sofalense, o Hotel Moçambique, Aly terá começado a sentir os primeiros sinais da doença há coisa de uma semana, altura em que terá sido infectado. Tanto é, que justamente nesse período, o empresário começou por receber cuidados médicos no seu domicílio.Apesar de já ter tomado as duas doses da vacina contra a COVID-19, o estado de saúde de Aly não melhorou, o que levou a que a sua família decidisse transferi-lo para uma renomada clínica privada – a SorriDente -, local onde viria a perecer na noite de terça-feira.Entretanto, na Beira, muitas informações contraditórias foram circulando nos últimos dois dias. Já na segunda-feira (26) corriam rumores segundo os quais o proprietário e “manager” do Hotel Moçambique teria perdido a vida. Todavia, o seu filho surgiu nas redes sociais a desmentir essa informação.
Menos de 24 horas depois, por volta das 21H00 de ontem, voltou a circular a mesma notícia. E uma vez mais, surgiu o inconformado filho de Zaide Aly a desmentir. Até que, pouco antes da meia-noite, uma nova informação foi posta a circular, dando conta do seu passamento, sendo que, desta feita, não apareceu qualquer nota da família a desmentir o ocorrido.
Aí houve a certeza que, infelizmente, era verdade: Zaide Aly perdera a vida, vítima do Coronavirus. Embora tenha iniciado a sua actividade empresarial na capital do país – de onde é oriundo – foi na cidade de Beira que Aly ganhou maior notoriedade na área, chegando inclusive à presidência da ABC – Associação Comercial da Beira, entre os anos de 2003 e 2009. Por exactos 30 anos (1991 – 2011), Zaide Aly foi o proprietário e gestor do “histórico” Hotel Moçambique.
Porém, para lá dessa que era a sua principal actividade empresarial, o finado esteve também envolvido noutros projectos e negócios, a nível da Província de Sofala, onde também se destacou como político (membro activo do partido Frelimo) – principalmente durante as campanhas eleitorais.
Vale referir, igualmente, que antes de fixar residência na Beira, há 30 anos, Zaide foi durante 11 anos (1978/89) proprietário do conhecido restaurante Taverna D’el Rey, em Maputo.
Também Ele foi um dirigente desportivo de nomeada, no seu clube de coração o GDM – Grupo Desportivo de Maputo. Ali ganhou notoriedade. Juntamente com outro conhecido dirigente “alvi-negro” – Carlos Duarte, também ele já falecido – Aly esteve no epicentro das transferências de Daniel Calton Banze e Ali Hassan, do Desportivo de Maputo para o Sporting CP, em 1988, numa altura de pouco abertura do estado para a “exportação” de atletas para o estrangeiro. Até aí apenas Chiquinho Conde havia “emigrado”, no ano anterior, para o futebol luso (Belenenses).Zaide defendia os interesses do GDM como ninguém. Batia-se até às últimas consequências. Exemplo disso foi em 1989, aquando da polémica transferência do internacional Faustino (lateral-esquerdo) do Águia d´Ouro para o Desportivo de Maputo, numa pendenga que foi parar às instâncias judiciárias. Zaide Aly, claro está, levou a melhor.
Tão ligado estava ao GDM que, mesmo a residir na Beira, o empresário não faltava às grandes reuniões do clube.Foi também do Desportivo que Zaid Aly “levou” Mutuhalibo Mahomed (irmão do técnico Uzaras) – antigo craque e dirigente daquela colectividade – para a cidade da Beira. Sendo um homem de sua confiança, Mutuhalibo esteve como gerente do Hotel Moçambique por mais de 20 anos.Enfim, foi-se mais uma figura da nossa praça, vítima da maldita pandemia. (Homero Lobo)
Cinco países africanos, entre os quais dois vizinhos de Moçambique, foram responsáveis por mais de 80% de infecções quase recordes de Covid-19 no continente. Trata-se da África do Sul, Zâmbia, Namíbia, Uganda e Tunísia. O continente africano já registou mais de 6,1 milhões de casos desde o início da pandemia, mas o pior ainda está por vir.
A demanda do oxigénio também está a subir, enquanto os países enfrentam a sobrecarga da capacidade de internamento, numa altura em que apenas 1,5% dos africanos estão totalmente vacinados.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, hospitais em todo o continente estão se enchendo e o suprimento de oxigénio está a acabar, sendo que o número de infecções aumentou em oito semanas consecutivas, chegando a seis milhões de casos nesse período. Embora o continente tenha visto mais de 5,3 milhões de recuperados, a taxa de mortalidade é de 2,6% - maior do que a média global de 2,2%.
Entretanto, enquanto a África do Sul ainda tem o maior número de casos no continente, situação agravada pela recente onda de distúrbios violentos, a Tunísia tem agora mais de 526.000 casos, o que corresponde a 4.462 casos por 100.000 pessoas. Da mesma forma, a Namíbia, com uma população de cerca de 2,5 milhões, agora tem 4.374 casos positivos por 100.000 pessoas.
"Este é um claro sinal de alerta de que os hospitais nos países mais afectados estão chegando a um ponto de ruptura", disse a Directora Regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, e acrescentou: "a prioridade para os países africanos é aumentar a produção de oxigénio para dar aos pacientes em estado crítico."
Em termos comparativos, a demanda por oxigênio aumentou 50% a mais do que no ano passado, e seis países estão a enfrentar uma escassez de leitos em unidades de terapia intensiva. Muitos países não estão apenas lutando contra a escassez de serviços de saúde, mas muitos não conseguem acompanhar a recomendação de tratamento para Covid-19.
A dupla barreira da escassez de vacinas e dos desafios do tratamento está a minar seriamente a resposta eficaz ao aumento da pandemia. Ainda assim, a OMS espera que mais suprimentos de cheguem nas próximas semanas. Até agora, apenas 18 milhões de africanos, ou 1,5% da população, estão totalmente vacinados. (F.I.)
O Instituto Nacional de Acção Social (INAS), a nível da sua delegação provincial de Nampula, ainda deve os inquiridores contratados pela instituição, no âmbito da realização de inquéritos do Programa Pós-Emergência da Covid-19, realizados entre os meses de Outubro e Dezembro de 2020.
A informação foi avançada à “Carta” pelos próprios lesados, que dizem não ter qualquer informação em relação aos seus honorários. No total, a situação afecta pouco mais de 50 pessoas, entre homens e mulheres, chefes de famílias.
Ao que “Carta” apurou, o INAS deve 8.000,00 Meticais a cada inquiridor, dos 48.000,00 Meticais estabelecidos no acto da celebração dos contratos. “Quando tentamos entrar em contacto com eles, não nos atendem. Antes nos faziam promessas, depois diziam que estavam à espera do Orçamento do Estado e agora dizem para esperarmos por um valor dos doadores”, contou um dos lesados.
Entretanto, em entrevista à “Carta”, o porta-voz do INAS em Nampula, João Gonzaga, garantiu que os inquiridores já estiveram reunidos com o órgão central da instituição e que está em vista uma solução do problema. Entretanto, os denunciantes alegam tratar-se de uma mentira.
Refira-se que o INAS foi acusado pelos munícipes da cidade de Nampula de os ter enganado, depois de ter levado mais de três meses sem desembolsar os valores do fundo de resposta à Covid-19, após a realização do referido inquérito. (Marta Afonso)
Evangelos Velhanos carinhosamente conhecido por “Ivan”, membro fundador, baixista e líder da banda moçambicana de rock “Rockfeller’s” perdeu a vida na madrugada desta 3ª feira em Maputo, vítima de complicações derivadas da doença COVID-19. Em vida “Ivan” juntamente com alguns colegas nomeadamente Marco Ribeiro e Victor Ribeiro foi o co-fundador da banda de rock “Inéditos” que mais tarde mudou para Rockfeller’s.
Ivan foi um dos poucos membros constantes da banda desde a sua criação que ao longo dos anos contou com diferentes elementos (Xavier Machiana, Paulo Wilson, Bruno Akani, Zé Pesqueira entre outros), sendo que estava em curso um processo de restruturação que viria a culminar com mais um trabalho discográfico.
De lembrar que Rockfeller’s foi a primeira banda de rock moçambicana que se notabilizou no cenário “mainstream” local, com 2 álbuns gravados, e responsáveis por temas considerados hinos da sua geração.
Os Rockfeller’s receberam vários prémios e actuaram em mais de 500 espetáculos em estádios de futebol, arenas e espaços ao ar livre para audiências com mais de 10.000 pessoas em todo país (dividindo palco com artitas como UB40, Martinho da Vila, Max Gazze, Lucky Dube, Hugh Masekela, Oliver Mtukuzi, Kassav, Bayete, Xutos e Pontapés, Sergio Godinho, Os Travessos, Tito Paris, Mafikizolo, Bongo Mafin, Danielle Silvestri, Filipe Mukenga, Tiazinha, Kapa Dech, Awilo Longoba, Splash, Gil Semedo, Irmãos Verdade, Oliver Ngoma, Stewart Sukuma, Banda Kakana, Suzana Lubrano, Mandoza, Ghorwane, Wazimbo, Mingas e muitos outros), sendo considerada uma das bandas musicais mais influentes e incontornáveis no panorama da música moderna moçambicana.
Ivan Velhanos deixa 3 filhos e um legado artístico significativo e incontestável no panorama da música rock em Moçambique. De referir que para além da sua vertente musical “Ivan Velhanos” tinha uma formação em Direito e dedicava-se ao empreendedorismo e inovação, estando nos últimos meses da sua vida a investir no estabelecimento de uma marca de produtos orgânicos de produção local.(Carta)
Quase 30 dias depois de agentes da Polícia Municipal terem agredido quatro jornalistas na cidade de Nampula, província com o mesmo nome, a estória repete-se, porém, desta vez, na vila municipal de Catandica, sede distrital de Báruè, na província central de Manica.
De acordo com uma nota divulgada pelo Fórum Nacional das Rádios Comunitárias (FORCOM), três agentes da Polícia Municipal de Catandica (Simão Francisco, Faruk Gerente e Desejo Figueiredo) agrediram, na última sexta-feira, dois jornalistas da Rádio Comunitária local, em pleno exercício das suas actividades. Acrescenta que os referidos agentes apreenderam ainda gravadores e telemóveis das vítimas.
O facto, narra a fonte, ocorreu por volta das 9:00 horas de sexta-feira, quando as vítimas (Marcos Nazário Tenesse e Naima José Gimo) faziam uma reportagem sobre a reivindicação dos vendedores ambulantes em torno de uma suposta operação de cobrança das novas taxas dos mercados, que passaram dos actuais 10,00 Meticais diários para 500,00 Meticais mensais.
Refira-se que este é mais um caso de agressão física de jornalistas, em particular de rádios comunitárias. Num encontro realizado em Maputo, em Maio último, jornalistas de diversas rádios comunitárias mostraram-se preocupados com o aumento do número de casos de violação dos seus direitos, durante o exercício das suas funções. (Carta)