O Moza Banco procedeu a entrega esta terça-feira, 17 de Agosto, através do Ministério do Género, Criança e Acção Social, de diverso material informático a22 unidades sociais (estatais e privadas) que fazem assistência social a crianças carenciadas, pessoas idosas, jovens retirados da rua e a populações em situação de desfavorecimento. O material doado vai beneficiar cerca de 800 utentes em todas as províncias do país.
Trata-se de 226 peças de equipamento diverso composto por 76 desktops, monitores, servidores, roteadores; 50 impressoras e 100 teclados. A acção do Moza enquadra-se no âmbito da sua política de responsabilidade social e é parte dos esforços que o banco tem estado a empreender para minimizar o sofrimento das pessoas que mais precisam.
Intervindo momentos depois da recepção do equipamento, Chico Almajane, Director de Planificação e Cooperação do Ministério do Género, Criança e Acção Social, disse que “a disponibilidade deste material vai ser de mais valia porque irá contribuir na melhoria dos serviços prestados a pessoas vulneráveis”.
Por seu turno, o Administrador do Moza Banco, Manuel Guimarães, destacou o seguinte “com esta acção que acabamos de testemunhar, conseguimos chegar a várias entidades e ajudá-las nas suas missões de apoio às comunidades, dando uma nova vida a materiais que estavam sem uso no Moza Banco, mas que são ainda de grande utilidade. Esta é, aliás, uma forma de combate ao desperdício e de promoção da reutilização, totalmente alinhada com as nossas políticas de sustentabilidade como um banco moçambicano e sempre pronto para ajudar outros moçambicanos”.
“O Moza Banco é um banco que se preocupa em apoiar, sempre que estiver ao seu alcance, particularmente em momentos de crise como este”, disse Manuel Guimarães.
Trata-se de António Soze Fombe, de 35 anos de idade, fiscal há 14 anos, e que desde 2013 faz parte do corpo de fiscalização da Reserva Especial do Niassa (REN). Segundo uma nota da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), emitida esta quarta-feira, Fombe é o grande vencedor da primeira edição do Fundo Dr. Carlos Lopes Pereira.
De acordo com a nota, António Soze Fombe foi reconhecido por estar sempre motivado e disponível para missões de patrulha mais arriscadas, que dão sempre bons resultados, entre elas, a sua participação de uma manobra de longa duração, em que sem ração, durante dias, liderou uma perseguição de 29 Km a pé a caçadores furtivos vindos da República da Tanzânia.
Fombe, escreve a ANAC, apresentou sempre resultados em operações de combate aos furtivos que se dedicam ao abate ilegal de espécies de madeira, desactivou armadilhas mecânicas e capturou furtivos ao longo dos oito anos na REN.
Na nota, o fiscal António Soze Fombe é qualificado pela ANAC como íntegro, batalhador, corajoso, determinado e é visto como uma peça fundamental nos serviços especiais da REN.
Refira-se que o Fundo Dr. Carlos Lopes Pereira foi lançado em 2020 após o patrono ter sido agraciado com o prémio "Prince William Award for Conservation in Africa" em que recebeu 50 mil libras e visa premiar anualmente os fiscais mais destacados. O mesmo tem como parceiros a ANAC, Associação Moçambicana de Operadores de Safaris (AMOS) e é financiado pela TUSK Internacional, a BIOFUND e a AVM Consultores.
Salientar que, no passado dia 14 de Agosto, a ANAC divulgou, através de uma nota, a lista dos 16 melhores fiscais das áreas de conservação ambiental, entre eles, António Soze Fombe (REN), João Massane (Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto), Martins Rodrigues (Reserva Especial de Maputo) e Talento Luwemba (Safaris de Moçambique, Tete). (O.O.)
A Organização Internacional do Trabalho (OIT), através do seu Centro Internacional de Formação, firmou um contrato com a Gapi para que esta instituição Financeira de Desenvolvimento forme gestores de cooperativas em Angola.
As capacitações, em matérias ligadas à gestão de cooperativas de agronegócios, iniciam nesta semana e se estenderão por três semanas, prevendo-se que cubram cerca de cinco centenas de gestores das três regiões daquele país.
“A prestação destes serviços além fronteiras representa a internacionalização das actividades da Gapi, cuja actuação nos últimos trinta anos tem merecido a atenção e reconhecimento de entidades nacionais e internacionais.” – considera Adolfo Muholove, presidente da Comissão Executiva da Gapi.
“A nossa metodologia de intervenção integrada, na qual combinamos Serviços Financeiros, Serviços de Consultoria e Capacitação em Gestão de Negócios e Serviços de Desenvolvimento Institucional, nos permite contribuir para apoiar o surgimento e/ou fortalecimento de instituições como as cooperativas que vão beneficiar da nossa intervenção”
Esta actividade que foi precedida da formação de formadores, no passado mês de Maio, vai permitir dotar os cooperativistas daquele país, de ferramentas ligadas à gestão de cooperativas agrícolas, pecuárias e de aquacultura.
A Gapi, através dos seus técnicos e gestores, vem ministrando - baseada na sua experiência de mais de duas décadas na concepção e gestão de programas de desenvolvimento - formações e capacitações em diversas áreas e em parceria com organizações internacionais, dentre as quais a OIT, com quem tem trabalhos conjuntos desde o início dos anos 2000.
As duas instituições têm cooperado para conceber e implementar projectos focados na geração de emprego e melhoria da resiliência de pequenos negócios em contextos sociais e económicos adversos, como o da actual pandemia. É à luz dessa cooperação que estão ser abrangidos os mercados Umpala – Boane; Xiquelene – Maputo e Mercado Novo – Vilanculo, no âmbito de um programa denominado PRODEM, que visa apoiar a organização da economia informal e reforçar os sistemas de protecção social, com enfoque nos mercados.
Em 2020, empresas de jovens e mulheres, sediadas na cidade da Beira e no distrito de Dondo, beneficiaram de um projecto-piloto que contribuiu para aumentar ou criar resiliência nos seus negócios, de modo a que tenham continuidade após a ocorrência de desastres naturais.(Carta)
Nos últimos cinco meses, quatro empresas do sector de cimento fecharam as portas no país, deixando centenas de trabalhadores no desemprego. São elas: Adil, Sunera, Cimentos Nacional (fabricante do cimento da marca Leão) e African Cement (fabricante do cimento da marca Bufalo).
Apesar de o ministro da Indústria e Comércio Carlos Mesquita ter desvalorizado a queda destas quatro empresas com o argumento de que “não são cimenteiras de ciclo completo”, o certo é que o sector vive um momento de turbulência e mais empresas poderão fechar as portas proximamente.
No epicentro desta crise está a Dugongo, companhia que casou capitais chineses e os interesses da holding da Frelimo, a SPI. Por causa disso, aponta-se no sector que ela goza de privilégios especiais. Um deles deles é o silêncio da Autoridade Reguladora da Concorrência em relação ao “abuso de posição dominante” que está a levar à asfixia da concorrência.
O artigo 19 da lei 10/2013, de 11 de Abril, que estabelece o regime jurídico da concorrência, define “abuso de posição dominante” como a exploração abusiva de uma posição dominante no mercado, visando “impedir, falsear ou restringir a concorrência”.
Os mercados internacionais de clínquer, a principal matéria-prima do cimento, apresentam hoje preços exorbitantes. A Dugongo, explorando minas deste minério em Matutuíne, e sendo a única cimenteira capaz de produzir a matéria-prima do cimento no país, decidiu vendê-la aos seus concorrentes a preços mais baixos que os praticados no mercado internacional (sujeito a oscilações cambiais e ainda a custos elevados de fretes marítimos). O Ministério da Indústria e Comércio apadrinhou este acordo porque poupava divisas ao país.
No entanto, subitamente e aproveitando-se abusivamente desta sua posição dominante, em relação ao acesso à matéria-prima, a Dugongo decidiu vender o cimento a preços 26% mais baxos aos que ela oferece a matéria-prima aos concorrentes, retirando qualquer margem de competitividade a estes.
Sem a mesma possibilidade de reduzir o preço do produto final ao consumidor face ao preço com que adquirem a matéria-prima da concorrente Dugongo, a esmagadora maioria das cimenteiras perdeu mercado e abriu falência. Só empresas com accionistas com outra barganha conseguem sobreviver neste contexto.
No sector não há dúvidas: com este comportamento ilegal, a Dugongo pretende destruir a concorrência e tornar-se o único produtor de cimento do país. O que, dizem as nossas fontes, acontecerá inevitavelmente mais dia, menos dia.
E quando esse dia chegar, asseguram as nossas fontes, a Dugongo vai voltar a aumentar os preços a seu bel- prazer, acabando a ilusão de óptica que está a criar no mercado de que a salvadora do sector.
Nesta altura, para além das quatro empresas que já decretaram falência, outras empresas do sector estão a reduzir as suas operações, despedir pessoal, suspender os investimentos e a formação e desenvolvimento dos seus colaboradores, num sector onde a força de trabalho das empresas é 99% local e por isso o impacto desta situação irá afectar milhares de famílias moçambicanas.
Curiosamente, a Autoridade Reguladora da Concorrência ainda não fez nenhum pronunciamento sobre o que se passa no sector, apesar das mudanças recentemente feitas com a nomeação do novo PCA Iacumba Aiuba. E acredita-se que não tem mexido palha porque a Dugongo se acha intocável por fazer parte do universo das empresas da Frelimo.
*Leitor devidamente identificado
Moçambique registou mais nove mortes por covid-19 e 405 novos casos, nas últimas 24 horas, anunciou ontem o Ministério da Saúde, em comunicado da última actualização sobre a pandemia.
A nota avança que os óbitos registados de sábado a domingo sobem o número de mortes por covid-19 para 1.716 e o de casos aumenta para 138.749. Neste momento, o país tem 18.579 casos activos.
O Ministério da Saúde de Moçambique avança que 1.051 recuperaram totalmente de covid-19, elevando para 118.450 (85,4%) o número de indivíduos nessa condição no país. De sábado para domingo, o país registou 25 novos internamentos e 27 altas hospitalares.
Até ao momento, o país tem um cumulativo de 6.488 pacientes hospitalizados em centros de internamento de covid-19 e em unidades hospitalares. Desse número, 69,6% destes pacientes encontram-se na cidade de Maputo.
A covid-19 provocou pelo menos 4.353.003 mortes em todo o mundo, entre mais de 206,7 milhões de infecções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e actualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru. (Lusa)