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Actualizado de Segunda a Sexta

Crime

O Ministro da Defesa Nacional, Salvador M'tumuke, minimizou, em Gondola, o ataque armado ocorrido no domingo contra uma viatura civil, no qual morreram sete pessoas. Para M’tumuke "o ataque não impediu o funcionamento das instituições do Estado". Respondendo a uma pergunta, em conferência de imprensa, sobre se as Forças de Defesa e Segurança estão a conseguir reverter os ataques dos insurgentes, o dirigente disse que "os ataques são protagonizados por jovens sem rosto, que estão sendo aproveitados por causa do desemprego". 

 

Para ele, esses jovens "são enganados sob pretexto de procura de emprego em Palma", sendo que ao meio da marcha "são desviados para o mato onde são treinados". Embora sem fazer referência a aludida mata onde decorre tal formação militar extremista, nalgumas vezes com cunho religioso, dirigente explicou, igualmente, que tais insurgentes "identificam-se como sendo muçulmanos, enquanto na verdade não são". "Eles frequentam Mesquitas trajados de calçados aos pés, o que contraria a religião muçulmana". Para ele, "o Alcorão não diz que se deve matar pessoas ou deve-se roubar ao próximo". Sobre um eventual prazo para estancar a situação, o Ministro disse que "não existem prazos" mas garantiu que as forças no terreno estão fazer "esforços para impedir isso (ataques)". 

 

Como exemplo do alegado sucesso das forças combinadas no terreno (Polícia, SISE, SERNIC e FADM), o chefe dos militares disse que, quando iniciaram os ataques a 10 de Outubro de 2017, os insurgentes actuavam em “cinco distritos de Cabo Delgado; agora estão em quatro, logo, há esforço das forças de defesa e segurança”. (Faizal Castigo)

Insurgentes atacaram esta tarde várias aldeias nos distritos de Meluco, Ibo e Palma, e pela primeira vez, queimaram uma viatura em plena estrada, em Pundanhar, entre Mocímboa e Palma. No ataque no Ibo várias casas foram incendiadas na aldeia Mussemuco, sendo que o número de vitimas ainda está por apurar. Sabe-se apenas que os insurgentes atacaram uma zona residencial de professores, enfermeiros e responsáveis administrativos da aldeia. Segundo as nossas fontes, os atacantes chegaram ao Distrito do Ibo por via marítima, atacaram e saíram do mesmo modo. A zona de Mussemuco, que também tem uma pequena ilha, é habitada por pescadores e suas famílias.

sábado, 05 janeiro 2019 12:12

Jornalista detido em Macomia

Amade Abubacar, jornalista de uma rádio comunitária de Macomia, foi detido esta manhã, por volta das 9 horas, quando fotografava populares que chegavam à vila em busca de refúgio por causa da onda de ataques que assola a região. Ele foi preso por polícias e militares. De acordo com a “Pinnacle News", uma plataforma noticiosa no Facebook que se vem destacando por noticiar factos da insurgência em Cabo Delgado, Abubacar fotografava e entrevistava refugiados que provinham das zonas costeiras de Macomia, em direcção à sede da vila.

Qualquer que tenha sido o crime cometido por Manuel Chang, o silêncio do governo relativamente ao assunto atingiu as raias do inaceitável. Não é aceitável que um cidadão moçambicano seja detido no estrangeiro e o governo se feche em copas. Um Estado decente existe para defender os seus integrantes, se for o caso de busca de defesa. Um Estado que se preze existe para interceder junto de governos congéneres quando está em causa a privação da liberdade de um dos seus integrantes no exterior.

Momade Bacar Nacir, também conhecido por Udolombo, um empresário bem-sucedido na vila de Palma, em Cabo Delgado, desapareceu numa segunda-feira de Outubro de 2017, pouco depois de os ataques dos insurgentes terem iniciado. Nunca mais se soube do seu paradeiro. Como se não bastasse, até agora ninguém exigiu qualquer valor monetário para o seu resgate. A única coisa de que se tem conhecimento é que o seu desaparecimento aconteceu por volta das 17 horas daquela data, próximo da sua residência, quando regressava à barraca de que é proprietário, de onde seguiria para a Mesquita.

quinta-feira, 03 janeiro 2019 05:05

Atacado centro de pesca de Kulansi, em Macomia

Os insurgentes que atacaram ontem um centro de pesca denominado Kulansi, a 1.5 km da aldeia Pequeue, no posto administrativo de Quiterajo, distrito de Macomia. A açcão não resultou em mortos, mas no ferimento grave de uma cidadã que foi atingida a tiro nas costas e no rapto de uma outra de mais de 20 anos. Foram queimadas 2 barracas e mais de 20 palhotas pertencentes aos pescadores. Perderam-se bens e valores monetários.

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