Entre as 03 a 05 horas desta terça-feira (01 de Outubro), a aldeia Nantodola, no distrito de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado, registou o rapto de cerca de 20 pessoas, entre mulheres e crianças.
Os detalhes da operação são escassos, mas fontes contam que durante o ataque os insurgentes queimaram 10 casas, porém, não se observou o pior, graças à intervenção das Forças de Defesa e Segurança (FDS).
Fontes locais relatam um cenário de horror e medo, com várias casas desabitadas num raio de 30 km, porque alegadamente os insurgentes, nas suas novas incursões, ameaçam atacar os postos de votação no dia 15 de Outubro, caso se insista em realizar o escrutínio nos referidos locais.
Esta situação comprovou-se ao longo de toda a segunda-feira (30 de Setembro), quando os insurgentes deslocaram-se às aldeias de Rua-rua, Nguri e Natibo, onde incendiaram várias casas e, na tarde desta terça-feira (01 de Outubro), foram à aldeia Mungue, onde fizeram o mesmo acto. A estratégia passa por incendiarem casas nas aldeias abandonadas para desencorajar o regresso das populações.
O outro distrito que voltou a ser atacado quando eram 05 horas da passada segunda-feira (30 de Setembro) foi o distrito de Muidumbe, concretamente, os povoados de Namatil e Samala, no Posto Administrativo de Chitunda, na localidade de Meangueleua. Na ocasião, os insurgentes queimaram várias casas, apoderaram-se de produtos alimentares, levando a população a abandonar os locais.
De salientar que o Estado Islâmico voltou a emitir, nesta terça-feira (01 de Outubro), a 11ª reivindicação dos ataques e fontes da secreta falam da existência de sete células do grupo de insurgentes actuando ao longo dos distritos a nordeste de Cabo Delgado. (Omardine Omar e Paula Mawar)