O MIN - Mulheres Informadas (WIN – "Women In the Network" na sua sigla inglesa), um projecto que visa contribuir para a redução da desigualdade digital do género e inclusão digital de mulheres e raparigas nas zonas rurais, foi lançado oficialmente, no dia 2 de Outubro corrente, no distrito de Ribáuè, na província de Nampula, pela Secretária Permanente Distrital, Cândida Gani.
O MIN é um projecto conjunto entre a Gapi-SI, entanto que agência de desenvolvimento focada na inclusão e inovação e a dinamarquesa BLUETOWN e foi um dos nove seleccionados, numa iniciativa mundial designada WomenConnect Challenge lançada pela USAID.
A participação nesta iniciativa, que contou com cerca de 500 candidaturas de 89 países de todo mundo é um primeiro e importante passo na colaboração entre estas duas empresas para promover a inclusão digital e tecnológica da mulher rural em Moçambique.
Tomaram parte da cerimónia, além do Governo provincial, os principais intervenientes deste projecto, nomeadamente o financiador USAID, o implementador Gapi e seu parceiro tecnológico, a empresa dinamarquesa BLUETOWN, a Ologa - uma empresa de área de Tecnologias de Comunicação e Informação, subsidiária da Gapi que é dirigida por um Global Shaper moçambicano e 10 micro-operadoras que já estão em formação para operacionalizarem a utilização desta ferramenta.
Usando da palavra na qualidade de representante do Governo, Gani enalteceu a iniciativa que, “vem contribuir para responder a um dos desafios do Plano Quinquenal do Governo que é integrar a mulher em actividades de geração de renda. Este programa tem a vantagem de, além de incentivá-las e apoiá-las na iniciação ou desenvolvimento dos seus negócios, dotá-las de informação útil para a tomada de decisões que impactem nas suas vidas”.
Já a representante da USAID, Tameeka Cameron, considerou que “esta é uma oportunidade para a mulher rural de Ribáuè desenvolver as suas habilidades. A nossa expectativa é que este projecto alcance os objectivos pré-definidos e que sirva de exemplo para daqui se criarem outras réplicas nos outros distritos do país”.
O MIN propõe a integração de soluções de conectividade da BLUETOWN – ligar plataformas desconectadas a uma Local-CLOUD – com a experiência comprovada da Gapi em promover a participação financeira das mulheres rurais e o desenvolvimento de habilidades de empreendedorismo em Moçambique. As referidas soluções visam mudar, significativamente, a forma como as mulheres e meninas acessam a tecnologia, para gerar resultados positivos para a saúde, educação e meios de subsistência para elas e suas famílias.
A Gapi e seu parceiro BLUETOWN estão a ultimar negociações com parceiros importantes como a Autoridade Reguladora das Comunicações de Moçambique (ARECOM) e o Fundo do Serviço de acesso universal, gerido por esta, para operacionalizarem o programa “Rural Connect”, cujo objectivo é criar inclusão digital, através do acesso à internet nas zonas rurais. Estas entidades já têm um entendimento para alargar esta iniciativa a mais uma dezena de localidades.
“Este é mais um passo que visa o alcance de um dos nossos objectivos que é promover a mulher e a rapariga, para que estas sejam protagonistas do processo de desenvolvimento mais inclusivo através da criação de pequenas empresas. O acesso à informação é vital para a implementação e o sucesso dos sonhos e empreendimentos de milhões de jovens rurais, particularmente das mulheres, daí buscarmos parceiros competentes e credíveis para este desafio”, indicou Nância Macaringue, coordenadora do Programa ao nível da Gapi.(FDS)
Tens algo que gostarias de mudar ou transformar? A Cremilde Nuvunga vai dar-te a conhecer o primeiro passo: o acreditares em ti e no teu potencial, com o poder do amor-próprio. A Asmita Premji vai dar-te a conhecer o segundo passo: como consolidares a tua imagem pessoal de acordo com os teus objectivos.O Titos Daniel vai dar-te a conhecer o terceiro passo: como podes concretizar os teus objectivos, naquilo que desejas alcançar.
(05 de Outubro, às 10Hrs em Maputo)
Depois de uma recente digressão pela Europa (Noruega, Portugal e Espanha), Assa Matusse actua com a sua voz melódica e inconfundível, num concerto ao vivo intenso, onde iremos viajar pelos becos suburbanos da cidade de Maputo, entender as suas vivências e viver as experiências musicais colhidas pelo mundo fora. Neste concerto intitulado “Menina do Bairro”, Assa Matusse terá como convidadas a sul-africana Duduzile Makhoba e a nossa diva Mingas para uma colaboração jamais vista.
(03 de Outubro, às 20:30Min no Centro Cultural Franco-Moçambique)
Fruto do cíclo de residências do “Nzango Artist Residency”, Thobile “Makhoyane” Magagula e Cara Stacey do e’Swatini colaboraram com Matchume Zango e outros músicos moçambicanos para a criação deste projecto. “One Country” é um projeto multidisciplinar que envolve músicos e artistas visuais (fotografia e vídeo) que documentaram o processo criativo e trabalharam nos novos materiais de pesquisa que são usados para o projeto e nas performances finais.
(03 de Outubro, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)
A polícia moçambicana garantiu ontem que "a segurança está garantida" e anunciou o reforço dos meios após três ataques de desconhecidos a camiões de carga na zona de Zimpinga, província de Manica, no centro do país. "Mobilizámos um contingente policial que trabalha naquela zona e em outros pontos vulneráveis à ação dos malfeitores. A segurança está garantida", declarou o porta-voz da polícia moçambicana em Manica, Mateus Mindú, citado pela Agência de Informação de Moçambique.
A medida surge na sequência de três ataques ocorridos nos últimos três meses nas estradas número 6 e 7, na região de Zimpinga, no distrito de Gondola, incidentes que deixaram feridos graves e ligeiros, mas nenhuma vítima mortal.
Cerca de 300 famílias evacuadas em Março passado de zonas de risco no baixo Licungo, no distrito de Maganja da Costa, em consequência da passagem do ciclone Idai e reassentadas na região de Nomiua, viram-se forçadas a regressar à zona de origem, por falta de disponibilidade de terra. Até finais de Agosto último, eles viviam em condições de extremas dificuldades, carecendo de apoio humanitário urgente.
O povoado de Nomiua localiza-se no posto administrativo de Nante e foi escolhido pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades Naturais (ING) para albergar um total de 754 famílias evacuadas de zonas de risco nas regiões de inundação daquele distrito, considerado celeiro da província da Zambézia.
O Banco Mundial aprovou ontem (01) uma doação de 110 milhões de USD da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), como Financiamento Adicional (FA), para apoiar os esforços de reconstrução do Governo de Moçambique após os ciclones Idai e Kenneth.
Em comunicado recebido na nossa redacção, consta que o FA abordará as necessidades de recuperação pós-desastre de Moçambique no subsector de estradas, aumentando o alcance original do Projecto de Desenvolvimento Integrado de Estradas Rurais, aprovado em 2018 através da reconstrução e reabilitação de estradas e pontes rurais nas quatro províncias adicionais, nomeadamente, Sofala, Manica, Tete e Cabo Delgado.
Citado pela nota, o Director do Banco Mundial para Moçambique justifica o FA pelo facto de os ciclones Idai e Kenneth terem destruído grande parte da rede de estradas nas seis províncias, o que resultou num enorme sofrimento humano nas comunidades rurais. Por isso, “este projecto ajudará a restaurar o acesso a oportunidades médicas, educacionais e económicas para as comunidades afectadas”, afirma Lundell citado pelo comunicado.
De acordo com a nossa fonte, o FA justifica-se ainda pelo facto de um sistema de estradas em ruínas ter grandes implicações na recuperação e reconstrução de emergência em todos os outros sectores da economia. Daí que “queremos reconstruir melhor,” observou, citado pela nota, Rakesh Tripathi, Especialista Sénior em Transportes no Banco Mundial e líder da equipa do projecto.
Destacando o impacto do FA, Tripathi acrescenta na nota que o projecto restabelecerá a conexão rodoviária nos distritos seleccionados dessas seis províncias, construindo estradas e pontes rurais resilientes e, desse modo, contribuindo para restaurar os meios de subsistência, apoiar a produtividade agrícola, restabelecer o acesso aos serviços de saúde e educação.
De acordo com o comunicado, o projecto beneficiará igualmente várias instituições do Governo, incluindo o Instituto Nacional de Transporte Terrestres (INATTER) e a Polícia de Trânsito, mas também o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), uma vez que aborda a emergência na segurança rodoviária e mudanças climáticas. (Carta)
Foram inaugurados, na manhã desta terça-feira, 64 apartamentos, de um lote de 160 erguidos no âmbito do projecto Zintava 1, no distrito de Marracuene, província de Maputo. Os apartamentos, que vêm sendo erguidos desde Janeiro de 2016, foram inaugurados pelo Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos (MOPHRH), João Machatine.
Os 64 apartamentos, alguns do Tipo 2 e outros do Tipo 3, foram construídos pelo Fundo para o Fomento de Habitação (FFH), num projecto que está a ser desenvolvido em fases, não se sabendo, entretanto, quando o mesmo será concluído.
Após o Banco de Exportações e Importações (EXIM) dos Estados Unidos da América (E.U.A.) aprovar, a 26 de Setembro passado, a concessão de um empréstimo de cinco biliões de USD para apoiar a exportação de bens e serviços nacionais para as diversas fases de construção e desenvolvimento do projecto integrado de Gás Natural Liquefeito (GNL) na Área 1 da Bacia do Rovuma, a Embaixada daquele país em Moçambique enaltece o impacto do gesto para a economia nacional.
Em comunicado, a Embaixada dos E.U.A. em Moçambique afirma que o investimento irá impulsionar o crescimento económico, criar empregos e aumentar as receitas fiscais em Moçambique, ao mesmo tempo que apoiará milhares de empregos nos Estados Unidos.
“É também um passo importante no cumprimento do compromisso da Iniciativa Prosper Africa dos E.U.A. de duplicar o investimento dos E.U.A., impulsionar o crescimento e aprofundar as nossas parcerias em África, conforme discutido em Junho durante a Cimeira Empresarial E.U.A.-África do Corporate Council on Africa, realizada em Maputo”, acrescenta a nota.
Em relação aos ganhos da concessão para os E.U.A, o EXIM avança, cita pelo “Macauhab”, que o empréstimo representará uma receita para o Tesouro dos Estados Unidos de 600 milhões de USD, entre taxas e juros cobrados ao tomador, a Mozambique LNG1 Financing Company Ltd.
Aquela agência federal independente, que se dedica à promoção e apoio a postos de trabalho americanos, diz igualmente que com a concessão estima-se que sejam criados 16 400 empregos, num período de cinco anos de construção das duas centrais de processamento de gás natural e instalações adicionais a fornecedores nos Estados de Texas, Nova Iorque, Pensilvânia, Geórgia, Tennessee, Florida e Distrito de Colúmbia.
O Projecto Mozambique LNG é agora liderado pela petroquímica francesa Total, após esta concluir, há dias, a aquisição à norte-americana Occidental, da participação de 26,5 por cento detida pela Anadarko por um preço de compra de 3,9 biliões de USD. (Evaristo Chilingue)
Entre as 03 a 05 horas desta terça-feira (01 de Outubro), a aldeia Nantodola, no distrito de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado, registou o rapto de cerca de 20 pessoas, entre mulheres e crianças.
Os detalhes da operação são escassos, mas fontes contam que durante o ataque os insurgentes queimaram 10 casas, porém, não se observou o pior, graças à intervenção das Forças de Defesa e Segurança (FDS).
Fontes locais relatam um cenário de horror e medo, com várias casas desabitadas num raio de 30 km, porque alegadamente os insurgentes, nas suas novas incursões, ameaçam atacar os postos de votação no dia 15 de Outubro, caso se insista em realizar o escrutínio nos referidos locais.
Esta situação comprovou-se ao longo de toda a segunda-feira (30 de Setembro), quando os insurgentes deslocaram-se às aldeias de Rua-rua, Nguri e Natibo, onde incendiaram várias casas e, na tarde desta terça-feira (01 de Outubro), foram à aldeia Mungue, onde fizeram o mesmo acto. A estratégia passa por incendiarem casas nas aldeias abandonadas para desencorajar o regresso das populações.
O outro distrito que voltou a ser atacado quando eram 05 horas da passada segunda-feira (30 de Setembro) foi o distrito de Muidumbe, concretamente, os povoados de Namatil e Samala, no Posto Administrativo de Chitunda, na localidade de Meangueleua. Na ocasião, os insurgentes queimaram várias casas, apoderaram-se de produtos alimentares, levando a população a abandonar os locais.
De salientar que o Estado Islâmico voltou a emitir, nesta terça-feira (01 de Outubro), a 11ª reivindicação dos ataques e fontes da secreta falam da existência de sete células do grupo de insurgentes actuando ao longo dos distritos a nordeste de Cabo Delgado. (Omardine Omar e Paula Mawar)