Definitivamente, esses novos sentinelas do regime estão a sabotar o partido Frelimo, o seu presidente e o governo do dia. São "grandas" incompentes. Não têm capacidade de puxar-saco de ninguém. Só sabem ter línguas grandes e desparafusadas, mas lamber bota que é bom, nada. São miúdos. Pensam que o que importa é o tamanho da língua simplesmente. Não sabem que é preciso também desenvolver a arte de linguajar. Não sabem que não se pode polir por polir. Não sabem que esse job faz-se no momento e no lugar certos, e cada escova com a sua graxa. Não sabem que não é qualquer assunto que merece polimento. O partido devia começar a vigiar esses anãos intelectuais que estão a colocar o partido em saia justa.
Poxa! As coisas que estamos a ver nas redes sociais nesses últimos dias são vergonhosas, meus irmãos. Nem para rir, nem para chorar. É com cada texto! Cada teoria, cada argumento, não val'apena! A nova equipa perdeu o foco, ou mesmo sem foco, e não pediu os termos de referência à equipa cessante. Esses novos não podem ser equiparados, nem de longe, aos verdadeiros Gê-40. Esses novos ganham apenas na arte de insultar, da devassa alheia e da arrogância. Quando lhes lanças uma pergunta sobre as dívidas ocultas, começam a falar do teu casamento. Quando lhes pedes um argumento sobre a sustentabilidade do pedido de resgate de Chang feito pela Pé-Gê-Ere, te falam das hérnias, gastrites, diabetes e tosses que tiveste há cinco anos. Só pode ser sabotagem. É greve. Devem estar a pedir mais regalias também. Só pode!
Não é para menos. São os verdadeiros inimigos da paz e da reconciliação nacional, pilares da governação do Presidente da República. São contrários ao desenvolvimento socio-económico e ao futuro melhor, slogans do partido Frelimo. São perversos à inclusão e ao direito à razão, alicerces do governo do dia. Querem fechar o coração do camarada Filipe Nyusi, onde cabem todos moçambicanos. Talvez até querem começar a fazer bolada de portagem de acesso ao coração do Presidente ou querem começar a cobrar dízimos aos que já lá estão. Querem dividir o coração do Presidente em classes sociais.
Este país já não é o mesmo, irmãos. Perdemos a qualidade de puxar-saco. Nós já fomos uma referência regional e, quiçá, mundial nesse quesito. Os cotas do Gê-40 já foram o nosso maior orgulho. Esses eram organizados. Tinham uma doutrina. Até tinham uma lista. Funcionavam como uma autêntica Ordem, com Bastonário e tudo. Falavam merdas, mas de forma organizada, eloquente e estudada. Os Gê-40 falavam bujardas cientificamente. Havia uma coerência discursiva nas maluquices que falavam. Não eram baralhados. Todos falavam das mesmas merdas da mesma maneira merdosa. Era incrível! Até, com um pouco de azar, podiam te convencer. Faziam-se confundir entre pessoas sérias.
O que mais gosto dos Gê-40 é o facto de nunca terem escondido, enquanto vigoraram, que os gajos eram uns grandes bostas. Não fingiam. Nunca esconderam, por exemplo, que eram pagos para falarem absurdices. Os Gê-40 vestiam-se bem, recebiam bem e até alguns eram empresários de (in)sucesso. No fundo até dava uma invejinha ser um gê-quarentado. Infelizmente, esses novos contratados vulgarizaram a figura do puxa-saco. É caso para dizer que a classe dos beija-mão foi invalidada por paraquedistas. Já pululam puxa-sacos sem carteira profissional.
Essa equipa de lambe-botas da actualidade nem nome tem, nem lista no "Ekicel". Acho que nem se conhecem. É que, as vezes, se contradizem, se insultam e depois se pedem desculpas no mesmo debate (já vi isso). São uns falhados. Mas também não podia ser diferente. Não se podia esperar outra coisa de gajos que foram recrutados na Renamo e no Eme-Dê-Eme as pressas. Gajos que, a bem pouco tempo, rotularam Afonso Dhlakama de Messias, o Salvador. Gajos que, há poucos anos, chamaram o "boss" da Ó-Jota-Eme de velhote. Gajos que não gaguejavam para dizer que a Frelimo era um partido de ladrões, antiquado e moribundo. Gajos que não tinham preguiça de ir aos banquetes do Daviz. Gajos que eram "consultores" de Manuel de Araújo. Gajos que beberam muita sura e comeram muita mucapata nas bandas de Zalala. Gajos que insuflaram bochechas e ganharam aparência de gente nos workshops, seminários e retiros das mesmas organizações que hoje fingem hostilizar. Não se podia esperar outra coisa. É por isso que andam nervosos a toa, custa-lhes falar o que falam porque não lhes sai do fundo do coração. É como se diz por aqui: saíram do mato, mas o mato ainda não lhes saiu da cabeça (da alma).
Eu prefiro os Gê-40. Eram gajos bons no que faziam. Esses recrutas não têm graça, são muito quadrados. Nem dá para serem lambe-botas estagiários. A sério, já não se puxa saco como no passado. Até isso perdemos.
- Co'licença!