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Política

Os porta-vozes das bancadas parlamentares do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e da Renamo afirmam que o Informe do Presidente da República sobre o Estado Geral da Nação, apresentado nesta quarta-feira (31 de Julho), na Assembleia da República, não fez menção à “mega fraude”, que são consideradas as “dívidas ocultas”. Segundo Muhammad Yassine, porta-voz da bancada parlamentar da Renamo, “o Presidente da República ignorou o assunto do cidadão Manuel Chang” e “não abordou o assunto das ‘dívidas ocultas’ que está a ofuscar a vida dos moçambicanos”.

 

Pairam incertezas à volta das candidaturas a Governador de Província dos "frelimistas" Júlio Parruque, Francisca Domingas e Manuel Rodrigues, todos apostas pessoais de Filipe Nyusi. É que os três candidatos podem não ser  elegíveis a membros das Assembleias Provinciais para as quais pretendem concorrer, em virtude de não se terem recenseado nas províncias onde são candidatos a Governadores de Província.

 

O Conselho Constitucional de Moçambique admitiu ontem o actual chefe de Estado, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Ossufo Momade, como candidatos às eleições presidenciais, num acórdão que aceita mais duas candidaturas e rejeita três por irregularidades.

 

O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, apresentou, esta quarta-feira, na Assembleia da República (AR), o seu último Informe sobre a Situação Geral da Nação, do quinquénio que iniciou em Janeiro de 2015. Depois de percorrer os domínios político, económico, social, desportivo e cultural, o Presidente da República sentenciou: “o Estado da Nação é de esperança e de um horizonte promissor”.

 

Uma firma de advogados sul-africana, a Mabunda Incorporated/Attorneys at Law, baseada em Bedfordview, Kempton Park, arredores de Joanesburgo, revelou ontem que foi contratada pelo Governo moçambicano para interceder junto do Tribunal Supremo de Joanesburgo no caso da extradição de Manuel Chang.

 

Com data de ontem, 30 de Julho, a Mabunda escreveu para as partes relevantes do caso, Rudi Krause, BDK Attorneys (advogados de Manuel Chang), Ian Levitt, Ian Levitt Attorneys (advogados do FMO) e J van Schalkwyk (advogado do Ministério da Justiça e Serviços Correcionais) uma carta com o seguinte teor:

 

“No julgamento, o Governo americano mostrará que Jean Boustani e seus co-conspiradores sabiam que Moçambique não divulgara para o Fundo Monetário Internacional (FMI) a dívida soberana da Proindicus e da MAM no valor de mais de 1.2 bilhões de USD. Depois que o co-arguido Manuel Chang, o Ministro das Finanças moçambicano que assinou as garantias soberanas, deixou o cargo, os conspiradores alertaram ao novo Ministro da Economia e Finanças (Adriano Maleiane) que o crédito da Proindicus e da MAM e suas garantias não tinham sido comunicadas ao FMI. O novo ministro (Maleiane) concordou em continuar a não divulgar os detalhes sobre a MAM e a Proindicus ao FMI”.