Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

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A empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) estabeleceu, hoje (13 de Maio), em Maputo, um acordo de Joint Venture com a National Aviation Services (NAS), baseada no Koweit, no médio oriente (Ásia), para fornecer serviços de gestão das salas “Flamingo”, em todo o país. A Joint Venture vai reconstruir e gerir um total de seis salas de aeroportos em Maputo, Nampula, Tete, Pemba e Beira, sob a marca “Flamingo Lounges”.

 

A primeira fase de implementação do acordo inclui as salas de espera domésticas e internacionais do Aeroporto Internacional de Maputo. As salas “Flamingo Lounge”, em Maputo, oferecerão um espaço para os passageiros relaxarem ou trabalharem antes ou depois de um voo, beneficiando de uma variedade de opções de menus, bem como conectividade de internet Wi-Fi. As salas, que começam a funcionar em Junho próximo, servirão aos passageiros da LAM que são membros do “Flamingo Club”, aos passageiros da classe executiva, bem como aos passageiros que voam noutras companhias aéreas.

 

Falando após a assinatura do memorando a longo prazo (sem datas concretas), o director-geral da LAM, João Carlos Pó Jorge, disse que a companhia pretende “oferecer um serviço mais abrangente, inclusivo, diversificado e com moçambicanidade que tanto gostamos de oferecer aos passageiros que se preparam para embarcar num voo da nossa companhia ou de outra companhia que escolha beneficiar deste serviço”. Segundo Pó Jorge, na Joint Venture, a LAM comparticipa com 30 por cento e espera encaixar por cada sala, não menos que 130 mil USD por ano.

 

Por sua vez, o PCA do Grupo NAS, Hassan El-Houry, disse que a parceria com a LAM representa o compromisso da NAS em desenvolver serviços aeroportuários e de aviação no país. “Através da Joint Venture com a LAM, estamos agora expandindo o alcance da nossa especialização em gestão de salas, nossos recursos e nossas equipas de serviços, para apoiar ainda mais o desenvolvimento, liderado pelo aumento dos serviços de investimentos estrangeiros no país”, acrescentou El-Houry.

 

Para além da gestão de salas “Flamingos”, a partir de Julho próximo, a NAS oferecerá também um serviço especializado em assistência em escala e transporte aéreo de carga em Moçambique. Globalmente, a NAS tem presença em mais de 35 aeroportos e administra o atendimento em escala a sete das principais companhias aéreas do mundo, com enfoque no Oriente Médio, Índia e África. (Evaristo Chilingue)

A Anadarko Petroleum Corporation anunciou, esta segunda-feira (13 de maio), em Houston, nos Estados Unidos da América, a assinatura de um contrato de compra e venda de gás natural da bacia Rovuma entre a Mozambique LNG1 (entidade de vendas de propriedade conjunta dos co-investidores da Área 1) e a JERA Co., Inc. (JERA) e a CPC Corporation, Taiwan (CPC).

 

O contrato prevê o fornecimento “ex-ship (o preço facturado pelo vendedor inclui todos os encargos até ao porto de destino, mas o comprador paga as taxas de descarregamento das mercadorias do navio e todas as despesas subsequentes) de 1,6 milhão de toneladas por ano (MPTA) por um período de 17 anos, a partir da data de início comercial.

 

A informação foi tornada pública na tarde desta segunda-feira pela petrolífera, através de um comunicado de imprensa. Na nota, a empresa norte-americana sublinha que o portefólio de vendas de longo prazo da Moçambique LNG inclui agora quatro, dos cinco principais mercados de importação de GNL do mundo.

 

“Este acordo de compra conjunta com a JERA e a CPC reúne dois proeminentes clientes âncora asiáticos e garantirá um fornecimento fiável de energia mais limpa para responder às crescentes procuras do Japão e de Taiwan”, disse Mitch Ingram, Vice-Presidente Executivo da Anadarko para a Área Internacional, Águas Profundas & Pesquisa.

 

“Estamos entusiasmados em dar o próximo passo com a previsão do anúncio da Decisão Final de Investimento (DFI) para o Projecto Mozambique LNG, no dia 18 de Junho, enquanto continuamos no caminho certo para concluir o processo de financiamento do projecto e assegurar as aprovações finais”, acrescentou a fonte, sublinhando que o novo acordo de compra e venda eleva os contratos totais de longo prazo para 11,1 MTPA.

 

A Anadarko está a desenvolver as primeiras instalações de GNL onshore, em Moçambique, inicialmente compostas por dois módulos de GNL com capacidade total de 12,88 MTPA para apoiar o desenvolvimento dos campos Golfinho/Atum, localizados integralmente na Área 1 Offshore. (Carta)

Daviz Simango foi confirmado, neste domingo (13), candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) para às VI eleições presidenciais aprazadas para 15 de Outubro próximo. Na verdade, ele apenas foi reconfirmado pelo Conselho Nacional, visto que o partido, na sua última reunião magna, no ano passado, já havia avançando o seu nome como o candidato às presidenciais do corrente ano.

 

segunda-feira, 13 maio 2019 07:15

Festival / Azgo

O Festival Azgo é o mais conceituado festival internacional de artes em Moçambique. Reunindo um programa diversificado e de música de qualidade, cinema e dança para a cidade de Maputo. Azgo é uma celebração contemporânea de artes e cultura, com um forte enfoque em artistas de Moçambique e de todo o continente africano.

 

(15 à 19 de Maio, às 17Hrs em Maputo)

Será um evento centrado na obra do alemão Theodor W. Adorno um dos vultos da chamada Escola de Frankfurt que influenciou em grande medida o pensamento europeu, tal é o caso de outros intelectuais de renome, o alemão Jürgen Habermans e o francês Michel Foucault. A abordagem da estética em Adorno atravessa diversas áreas de produção de pensamento e de engajamento intelectual da filosofia à literatura, da história, sociologia, às ciências políticas, pautando por uma perspectiva dialéctica. Adorno é um filósofo, musicólogo, em suma um intelectual que se preocupou com a teoria estética, de um modo transversal, atravessando diversas áreas do conhecimento, da arte, etc. Para Adorno “o valor intrínseco da teoria estética é inerente à vida humana e todos deveriam ter acesso a ela”. E é algo que pode “ser ensinado e aprendido”. O que nos move também é reflectir, a partir de autor europeu, sobre as diversas fases da construção da nossa jovem nação cruzando duas gerações. Como tem dito Mia Couto “a Fundação é um lugar onde se contam histórias, através dos livros, da dança, teatro, do cinema, da música, das mais diversas expressões artísticas e culturais”. Assim também buscaremos este fim, sendo Theodor Adorno o pretexto.

 

(14 de Maio, às 18Hrs na Fundação Leite Couto)

Tal como na cidade da Beira, que viu o custo de vida subir após a passagem do Ciclone IDAI, a cidade de Pemba, capital provincial de Cabo Delgado, também registou a subida de preços, com a passagem do ciclone Kenneth. Em quase todos os principais mercados da urbe, os produtos básicos aumentaram os preços, não obstante a falta de poder de compra de boa parte das famílias vítimas da intempérie.

 

Segundo apurou “Carta”, os munícipes de Pemba apontam, por exemplo, que o carvão vegetal saiu dos anteriores 450 Mts, o saco de 80kg, para 650 ou 700 Mts. O feijão-manteiga, que antes custava entre 50 e 60 Mts, agora custa entre 80 a 90 Mts o kg.

 

Material de construção precário (como estacas, bambus, portas, janelas e corda), muito procurado pela maioria das famílias vítimas do ciclone Kenneth, também viu seus preços aumentados devido à elevada procura.

 

No entanto, outra preocupação dos munícipes da capital de Cabo Delgado, prende-se com a dificuldade de circulação em algumas vias de acesso, que ficaram mais degradadas e os montões de lixo que, um pouco por toda cidade, criam um cheiro nauseabundo. (Carta)

O Instituto Nacional do Turismo (INATUR) e a Associação das Agências de Viagens e Operadores Turísticos de Moçambique (AVITUM) rubricaram, na passada sexta-feira (10 de Maio), um Memorando de Entendimento, que visa o desenvolvimento de actividades conjuntas, com objectivo de colocar o país como um destino turístico preferencial.

 

Com o memorando, pretende-se estabelecer uma colaboração institucional, com objectivo de potenciar o turismo nacional, através do desenvolvimento de actividades conjuntas que consistem na promoção e divulgação de pacotes turísticos, no país, apoio na partilha de informação útil sobre o calendário dos eventos, festivais, promoção de projectos e partilha de realizações relevantes de ambas as partes.

 

Segundo o Presidente da AVITUM, Noor Momade, o memorando já devia ter sido assinado há tempo, pois, todas actividades dos associados daquela agremiação convergem com a génese do Ministério da Cultura e Turismo e esta é uma oportunidade de juntos promoverem as potencialidades de Moçambique.

 

Para o director do INATUR, Romualdo do Carmo, a sua instituição reconhece o papel das agências e operadores turísticos na promoção de Moçambique como destino turístico e bem como promover o turismo doméstico.Referir que com a assinatura deste memorando, a promoção da Marca Moçambique ganha mais relevo, pois, passa a contar com mais um embaixador. (Carta)

A unidade fabril número “2” da Cimentos de Moçambique (CM), instalada há três anos na cidade da Matola, não está encerrada. O facto é que a sua capacidade de produção reduziu, nos últimos dois anos, rondando actualmente nos 30 a 40 por cento, disse o Director Executivo daquela empresa, Edney Viera, numa conversa com “Carta”, sacudindo rumores segundo os quais aquela linha fabril tinha sido fechada.

 

“A Matola 2 da CM não fechou. A verdade é que não produz a 100 por cento, devido à fraca procura do cimento no país, um problema que se associa à conjuntura económica”, explicou Viera.

 

Como consequência da baixa procura, "optamos pela redução da nossa produção, para dividir pelas nossas unidades industriais, para não manter uma fábrica daquele tamanho absolutamente fechada", explicou a fonte.

 

“A Matola 2 trabalha, neste momento, como coadjuvante da Matola 1, principalmente, nos momentos em que a última regista uma baixa produção”, salientou Viera.

 

Instalada em 2016, com um custo acima de 25 milhões de USD, a unidade fabril “2” da CM, na Matola, tem capacidade instalada para produzir até 300 toneladas por ano, mas, segundo o Director Executivo da empresa, há dois anos que a fábrica produz menos de 50 por cento.

 

Edney Viera explicou que, quando aquela unidade foi instalada, o objectivo era aumentar a produção da “Matola 1”, com vista a reforçar o fornecimento do cimento na zona sul do país, onde se registava uma grande procura. Contudo, “após fazer o investimento, o mercado deu uma queda bruta no consumo".

 

Viera queixou-se também do impacto causado pela redução da produção daquela unidade, nomeadamente, os custos pela manutenção permanente de parte de máquinas subutilizadas. 

 

Entretanto, a fraca procura de cimento não é um problema que afecta somente a CM, mas a todo o mercado de cimentos em Moçambique. Dados fornecidos pelo nosso interlocutor indicam que as empresas produtoras de cimento no país tem capacidade geral para produzir 4,7 milhões de toneladas por ano, mas nos últimos dois anos a produção ronda nos 2,3 milhões de toneladas. 

Para a operacionalização das recomendações da avaliação feita pelo painel de personalidades eminentes do Mecanismo Africano de Revisão de Pares (MARP), em Fevereiro último, em Addis Abeba, na Etiópia, o país irá necessitar de 27.714.471,5 de USD. O valor será destinado à materialização do Programa Nacional de Acção de Moçambique, a ser implementado entre 2019 e 2024.

 

O propósito desta Tertúlia será o de apontar possibilidades de diálogo entre a literatura moçambicana e a brasileira, a partir do levantamento de temas e de autores que têm obtido boa recepção por parte dos leitores no Brasil. Objectiva-se reflectir a respeito da produção acadêmica e outros factores que influenciam na visibilidade dos autores de Moçambique que são publicados no Brasil.

 

Vanessa Riambau Pinheiro

 

 É Professora Adjunta na Universidade Federal da Paraíba (UFPB/ PPGL). É doutora em Literaturas de Língua Portuguesa pelo programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Tem diversos estudos publicados na área de crítica literária. Foi professora da Universidade da Costa Rica (UCR) pelo programa Leitorado, tendo ministrado aulas de Língua Portuguesa e de Literatura Brasileira para hispano hablantes. Também foi Professora Adjunta da Universidade Estadual da Bahia (UNEB) entre 2011 e 2012.

 

Integra o CESA (Centro de Estudos sobre África, Ásia e América Latina) na Universidade de Lisboa, onde realizou uma pesquisa de pós-doutoramento sobre a formação do cânone literário em Moçambique, sob orientação da Profa. Dra Ana Mafalda Leite. Recentemente, participou da colecção Uniafro, escrevendo um capítulo sobre literatura em Angola e Moçambique, numa colecção promovida em parceria com o Ministério da Cultura e que visa a divulgação da história e da cultura dos países africanos de língua oficial portuguesa no Brasil.