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segunda-feira, 13 maio 2019 06:35

Cimentos de Moçambique revela que não fechou a fábrica da Matola, apenas reduziu a produção

A unidade fabril número “2” da Cimentos de Moçambique (CM), instalada há três anos na cidade da Matola, não está encerrada. O facto é que a sua capacidade de produção reduziu, nos últimos dois anos, rondando actualmente nos 30 a 40 por cento, disse o Director Executivo daquela empresa, Edney Viera, numa conversa com “Carta”, sacudindo rumores segundo os quais aquela linha fabril tinha sido fechada.

 

“A Matola 2 da CM não fechou. A verdade é que não produz a 100 por cento, devido à fraca procura do cimento no país, um problema que se associa à conjuntura económica”, explicou Viera.

 

Como consequência da baixa procura, "optamos pela redução da nossa produção, para dividir pelas nossas unidades industriais, para não manter uma fábrica daquele tamanho absolutamente fechada", explicou a fonte.

 

“A Matola 2 trabalha, neste momento, como coadjuvante da Matola 1, principalmente, nos momentos em que a última regista uma baixa produção”, salientou Viera.

 

Instalada em 2016, com um custo acima de 25 milhões de USD, a unidade fabril “2” da CM, na Matola, tem capacidade instalada para produzir até 300 toneladas por ano, mas, segundo o Director Executivo da empresa, há dois anos que a fábrica produz menos de 50 por cento.

 

Edney Viera explicou que, quando aquela unidade foi instalada, o objectivo era aumentar a produção da “Matola 1”, com vista a reforçar o fornecimento do cimento na zona sul do país, onde se registava uma grande procura. Contudo, “após fazer o investimento, o mercado deu uma queda bruta no consumo".

 

Viera queixou-se também do impacto causado pela redução da produção daquela unidade, nomeadamente, os custos pela manutenção permanente de parte de máquinas subutilizadas. 

 

Entretanto, a fraca procura de cimento não é um problema que afecta somente a CM, mas a todo o mercado de cimentos em Moçambique. Dados fornecidos pelo nosso interlocutor indicam que as empresas produtoras de cimento no país tem capacidade geral para produzir 4,7 milhões de toneladas por ano, mas nos últimos dois anos a produção ronda nos 2,3 milhões de toneladas. 

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