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Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

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Parece que houve uma relação de “causa e efeito”, entre o recente discurso de Bernardino Rafael e o aumento da criminalidade nas cidades de Pemba e Montepuez, na província de Cabo Delgado. Quase uma semana depois de o Comandante-Geral da Polícia, Bernardino Rafael, ter acusado os garimpeiros ilegais de serem financiadores dos ataques armados, que se verificam em alguns distritos daquela província do norte do país, a criminalidade também parece ter recrudescido naqueles dois municípios, que, até ao momento, encontravam-se fora do “mapa” dos insurgentes.

 

Em Montepuez, sul da província de Cabo Delgado, os munícipes queixam-se de sucessivos assaltos à calada da noite, quando vão e regressam de diferentes locais daquele município. “Somos vítimas de assalto todas as noites, quando vamos ao hospital. Esses homens utilizam, muitas vezes, catanas e andam de motorizadas”, disse um munícipe, ouvido pela nossa reportagem.

 

Trata-se de uma situação que inquieta os residentes, que pedem a expansão de postos policiais, a nível dos bairros. Fontes de “Carta” asseguram que, desde 2015, que assaltos e assassinatos, com recurso à catana e outros instrumentos contundentes, são o prato de cada dia, “alimentando-se” dele, desde 2015, com a intensificação da exploração das pedras preciosas, nas regiões de Nanhupo e Nhamanhumbir.

 

As vítimas, dizem as fontes, têm sido cidadãos nacionais e estrangeiros que se supõe estarem a movimentar avultadas somas de dinheiro, sobretudo os que, supostamente, estão envolvidos em negócios de pedras preciosas, com destaque para o rubi. 

 

Pemba também afectado por “homens-catana”

 

Para além de Montepuez, a cidade de Pemba também enfrenta dias difíceis, com o ressurgimento dos “homens-catana” que, à calada da noite, aterrorizam os bairros suburbanos daquele município.

 

Trata-se de indivíduos desconhecidos que aterrorizam pessoas, ferem e arrancam telemóveis e outros bens, assim como valores monetários. Por exemplo, no último dia 29 de Maio (quarta-feira), um cidadão foi assaltado por um grupo de malfeitores, no bairro da Cerâmica, quando caminhava em direcção ao terminal dos transportes semi-colectivos. Foi-lhe arrancada uma pasta.

 

Uma outra pessoa foi assaltada, à noite, na zona da Expansão, na cidade de Pemba, também com recurso à catana. Há quase duas semanas, um jovem foi, igualmente, espancado por indivíduos desconhecidos, que também portavam catanas, causando-lhe ferimentos na cabeça e cara.

 

Tentativa de assalto às instalações do ICS - Cabo Delgado

 

Outra situação criminal que se verificou, semana finda, foi a tentativa de assalto à Delegação do Instituto de Comunicação Social (ICS), de Cabo Delgado, na madrugada da última terça-feira (28 de Maio). Os malfeitores espancaram o guarda, quando tentavam, a todo o custo, arrombar a porta principal da instituição, com objectivo de roubar computadores e outros bens.

 

A “Carta” apurou que a acção dos malfeitores não foi bem-sucedida, devido à resistência do guarda que, durante a troca de “murros”, ficou ferido na cabeça. Fontes asseguraram que o indivíduo está fora de perigo.

 

Segundo a fonte, esta não foi a primeira tentativa de roubo naquelas instalações, baseadas em Pemba. (Carta)

O partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), que se diz ser composto por membros dissidentes do partido no poder, a Frelimo, vai anunciar, nas próximas 48 horas, o candidato presidencial para as eleições, até aqui, aprazadas para 15 Outubro próximo.

 

A garantia foi dada por Zefanias Langa, porta-voz do PODEMOS, em conversa com “Carta” na manhã deste domingo. Zefanias Langa avançou que, neste momento, decorre o processo de selecção da figura que vai disputar a corrida à presidência do país com Filipe Nyusi (actual Presidente da República e candidato da Frelimo), Ossufo Momade (Renamo) e Daviz Simango (Movimento Democrático de Moçambique), todos confirmados pelas formações políticas que lideram.

 

Parece terem sido ultrapassadas as barreiras que separavam o governo e a Renamo, na mesa do diálogo, em relação ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos homens residuais da Renamo, no quadro da pacificação definitiva do país.

 

O mês de Agosto foi escolhido, pelos Presidentes da República, Filipe Nyusi, e da Renamo, Ossufo Momade, para a assinatura do terceiro Acordo de Paz, considerado “Acordo de Paz Definitiva”, depois dos de 1992 e de 2014.

 

A “novidade” foi avançada, na noite deste domingo, pelos dois Presidentes, após encontro havido entre ambos, na tarde do mesmo dia, na cidade de Chimoio, província de Manica, com objectivo de avaliar o grau de execução das decisões resultantes das reuniões anteriores, realizadas a 27 de Fevereiro e 7 de Março deste ano, na capital do país.

 

De acordo com o comunicado conjunto do encontro entre o Presidente da República e o da Renamo, enviado à nossa Redacção, o processo de DDR inicia este mês (Junho), seguindo-se o regresso e a reintegração dos guerrilheiros da Renamo, no mês de Julho, e, por fim, a assinatura do Acordo de Cessação Definitiva das Hostilidades Militares, precedida do DDR e a assinatura do Acordo de Paz Definitiva, para os princípios de Agosto de 2019.

 

De acordo com o documento, o cronograma tem em conta o limitado tempo que nos separa das eleições de 15 de Outubro próximo. Lembre-se que Ossufo Momade, que reside em “parte segura”, algures na Serra da Gorongosa, é candidato da Renamo à presidência da República e necessita, urgentemente, regressar à vida política activa, de modo a realizar a sua campanha eleitoral. Aliás, o facto foi sublinhado por Filipe Nyusi, em conversa com os jornalistas.

 

O Comunicado, de duas páginas, refere que, durante as conversações, os dois líderes constataram haver condições para o desfecho do processo de DDR, considerando a evolução do processo de descentralização e os passos dados pela Comissão de Assuntos Militares, assessorada por Peritos Internacionais.

 

“Durante o encontro, ambas partes foram unânimes que chegou o momento de cessação definitiva de hostilidades militares e, consequentemente, a assinatura do Acordo de Paz e o início imediato da reintegração, na sociedade, dos guerrilheiros da Renamo”, refere o comunicado.

 

“O Presidente da República e o Presidente da Renamo exortam a todos os moçambicanos e a comunidade internacional a observar a calma, pois, os passos dados e o seu ritmo, só podem justificar o interesse colectivo prevalecente, que é de alcançar uma paz definitiva e duradoura, pelo que, se exige o apoio de todos”, anota o documento.

 

De modo a garantir sucesso, no processo, os Presidentes da República e da Renamo revelam estar a preparar uma Conferência Internacional para a mobilização de fundos para a implementação da Reintegração.

 

Aos jornalistas, o Presidente da República garantiu ainda que será criada uma Lei de Amnistia, tal como aconteceu, em 2014, quando os então Chefe de Estado, Armando Guebuza, e Líder da Renamo, Afonso Dhlakama, assinaram o Acordo de Cessação das Hostilidades.

 

O documento afirma que o encontro, mais uma vez, decorreu num ambiente fraternal e de abertura, focalizado para o alcance das mais nobres aspirações dos moçambicanos de viver num país em paz, estável e de justiça social, onde todos os moçambicanos têm oportunidades iguais. (Carta)

sexta-feira, 31 maio 2019 10:14

Exposição Fotográfica / Raízes de Sal

“Raízes de Sal” é uma exibição fotográfica de Mariano Silva que retrata a estreita relação que o povo moçambicano mantém com o Oceano Índico. Nesta colecção de 43 fotografias, fruto da curadoria do renomado artista Filipe Branquinho, são retratadas diversas cenas do quotidiano de muitos moçambicanos, particularmente na cidade costeira de Nacala-Porto, Ilha de Moçambique e Palma, no norte do país, onde são visíveis as condições precárias a que muitos moçambicanos se submetem para o sustento do dia-a-dia. Diariamente homens, mulheres e crianças, à semelhança de muitos outros moçambicanos por todo o Moçambique, entregam-se por inteiro às águas cristalinas do Índico, os mais fortes aventuram-se mar adentro deixando o seu destino entregue nas mãos de forças maiores e caprichos divinos, os que regressam, por vezes, carregam o desconforto de uma mão cheia de nada.

 

(04 de Junho, às 18Hrs no Centro Cultural Franco-Moçambicano)

 

sexta-feira, 31 maio 2019 10:06

Documentário / “A Batalha do Passinho”

A “dança do passinho” é a mais nova tendência nas favelas brasileiras. Uma nova maneira de dançar baile funk, mas também um estilo de vida, a “febre do passinho” está mudando a vida dos jovens em toda a periferia do Brasil. Este documentário retrata esse fenómeno e descobre como a cultura em torno do mundo do funk se expandiu além de bailes de funk, DJs e favelas. Duração: 73’ | Português com legendas em Português.

 

(03 de Junho, às 19 Hrs no Centro Cultural Franco-Moçambicano)

sexta-feira, 31 maio 2019 10:04

Música / A Revolta dos Instrumentos

Atenção pequenada! Não percam o grande espectáculo para celebrar o vosso dia! ‘’A Revolta dos instrumentos’’, uma história de Mia Couto e Manoela Pamplona com música de TP50.

 

Sobre o Autor

 

Mia Couto, pseudónimo de António Emílio Leite Couto, nasceu e estudou na Beira, cidade capital da província de Sofala, em Moçambique. Adoptou o seu pseudónimo porque tinha uma paixão por gatos. Com 14 anos de idade, teve alguns poemas publicados no jornal "Notícias da Beira" e três anos depois, em 1971, mudou-se para a cidade capital de Moçambique, Maputo. Iniciou os estudos universitários em medicina, mas abandonou esta área no terceiro ano, passando a exercer a profissão de jornalista depois do 25 de Abril de 1974.

 

(01 de Junho, às 10 Hrs no Clube Cultural)

Em preparação, há quase dois meses, realiza-se hoje (sexta-feira – 31 de Maio) e amanhã (sábado – 1 de Junho), na cidade da Beira, capital provincial de Sofala, a Conferência Internacional de Doadores, organizada pelo Governo, através do Gabinete de Reconstrução Pós-ciclones Idai e Kenneth, em conjunto com os parceiros de cooperação.

 

Onze pessoas morreram e outras 10 contraíram ferimentos entre graves e ligeiros, em resultado do ataque a uma camioneta, ocorrido na tarde da última terça-feira (28), na zona de Zaire, próximo da aldeia Unidade, no Posto Administrativo de Quiterajo, no distrito de Macomia, província de Cabo Delgado.

 

O Moza Banco passa a disponibilizar uma nova solução denominada Express Bill que visa dinamizar o fluxo de negócios entre as PME’s, Grandes Empresas e os Megaprojectos.

 

O Express Bill é uma solução inovadora no mercado nacional que, com os seus processos automatizados, permite às empresas o recebimento imediato pelos serviços prestados não sendo por isso, necessário aguardar pela data do vencimento das facturas.

 

Assim, as empresas passam a dispor de maior capacidade de liquidez e uma melhor gestão de tesouraria, tornando-se, mais competitivas.

 

O Express Bill permite igualmente, que os Megaprojectos e as grandes Empresas tenham ganhos de eficiência e eficácia, através da redução da carga administrativa e dos custos de processamento de pagamento das facturas dos seus fornecedores, processo este que o Express Bill, como solução automatizada, vem resolver, ficando assim ao cargo do Moza Banco, a liquidação da factura dos seus fornecedores, devendo para tal, haver um entendimento prévio com aquela instituição financeira.

 

Para o Presidente do Conselho de Administração do Moza Banco, João Figueiredo esta constitui mais uma inovação da instituição que dirige na vertente da Oferta que vem facilitar a Gestão do dia-a-dia das empresas.

 

O Express Bill surge da nossa preocupação em providenciar as melhores soluções financeiras baseadas em critérios de qualidade e inovação e ajustadas aos diferentes segmentos de Clientes. E esta solução, visa assegurar um melhor fluxo de tesouraria, garantindo que as empresas aderentes, recebem antecipadamente pelos serviços prestados ou bens fornecidos a seus Clientes”, afirmou.

 

Refira-se que com o lançamento de mais este produto, o Moza Banco reforça a sua oferta de soluções especializadas para o segmento empresas com o principal objectivo de contribuir para maior solidez, crescimento e sustentabilidade das mesmas.

 

O Moza Banco é uma instituição financeira que vem revelando uma abordagem diferenciada no mercado e, recentemente anunciou, a aquisição, na totalidade, do capital do Banco Terra Moçambique.

Actualmente o Banco possui 55 unidades de negócios espalhadas por todo o país, sendo acessível também através das plataformas digitais.(Carta)

A Petrogal Moçambique, empresa responsável pelo enchimento de gás da marca Galp, na capital do país, tem gás suficiente para distribuir em todo o país, nos próximos dias. Quem afirma é o seu Director de Operações, João Tavares, que falava durante uma conferência de imprensa, realizada esta quarta-feira (29), em Maputo.

 

Segundo Tavares, a crise que se verifica, há semanas, deve-se à má-fé dos distribuidores, pois, nos últimos dias, estes não têm feito circular o gás de forma correcta, criando constrangimento aos consumidores que, diariamente, se fazem aos postos de venda.

 

De modo a evitar-se rumores sobre a crise de gás e especulação do preço por parte de alguns revendedores, em Maputo, Tavares apela aos consumidores a não difundirem informações sobre a falta de gás no país, sobretudo, quando se dirigem a alguns postos de venda e não encontram o produto.

 

Na sua locução, Tavares revelou que, neste momento, está em curso o processo de investimento para o aumento da capacidade de produção e enchimento de garrafas, tendo em conta que, nos últimos dias, as Alfândegas têm apoiado com a extensão do horário no percurso da importação do produto.

 

Actualmente, a empresa tem feito o armazenamento de 250 toneladas por dia, uma cifra que se encontra muito abaixo da sua capacidade de armazenamento, que é de 1500 toneladas.

 

O assunto sobre a redução da quantidade de gás nas garrafas de 11 kg não passou ao lado. Tavares explicou que não é correcto que o enchimento seja traduzido em mais ou menos gás naqueles recipientes, porque todos devem ter uma margem a mais ou a menos de 400 gr, de acordo com a legislação.

 

“No entanto, o que temos feito, como importadores, é reforçar o limite para 300 gr., mas o que se verifica é que cada garrafa vazia tem seu peso e o que entra, em todas as garrafas, são 11kg de gás e, quando isso acontece, a tendência é ouvir as pessoas a dizerem que a garrafa não está bem cheia”. (Marta Afonso)