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segunda-feira, 03 junho 2019 06:00

PODEMOS anuncia candidato presidencial dentro de 48 horas

O partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), que se diz ser composto por membros dissidentes do partido no poder, a Frelimo, vai anunciar, nas próximas 48 horas, o candidato presidencial para as eleições, até aqui, aprazadas para 15 Outubro próximo.

 

A garantia foi dada por Zefanias Langa, porta-voz do PODEMOS, em conversa com “Carta” na manhã deste domingo. Zefanias Langa avançou que, neste momento, decorre o processo de selecção da figura que vai disputar a corrida à presidência do país com Filipe Nyusi (actual Presidente da República e candidato da Frelimo), Ossufo Momade (Renamo) e Daviz Simango (Movimento Democrático de Moçambique), todos confirmados pelas formações políticas que lideram.

 

 

O processo, explicou Langa, deverá ser concluído nas próximas horas, isto porque o partido vai hoje (segunda-feira), junto dos órgãos eleitorais, manifestar a intenção de concorrer no pleito que se avizinha.

 

Entretanto, Zefanias Langa fechou-se em copas em relação à figura que vai dar a cara pelo PODEMOS nas presidenciais de Outubro. Zefanias Langa assegurou que o partido vai concorrer, para além das presidenciais, nas Legislativas e nas Assembleias Provinciais, que, segundo se sabe, terá o condão de eleger, pela primeira vez, os governadores de província, por via do sistema de cabeça-de-lista.

 

A manifestação de interesse e a apresentação de candidatura para as presidenciais iniciou no passado dia 1 e termina a 15 do corrente mês. Ainda na breve conversa que manteve com “Carta”, Zefanias Langa teceu críticas à postura dos órgãos eleitorais, nomeadamente o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) e Comissão Nacional de Eleições (CNE), isto no que à gestão do processo eleitoral, que culminará com votação no dia 15 Outubro próximo, diz respeito.

 

Langa acusou os órgãos eleitorais de estarem a “agir de má-fé”, precisamente, porque no seu entender, estão a investir em manobras para impedir que a formação política participe nas eleições que se avizinham.

 

Apontou, a título de exemplo, que a CNE, de forma “propositada”, ocultou que na fase da manifestação de interesse iria, igualmente, acontecer a entrega das candidaturas para eleição do Presidente de República.

 

Esta omissão premeditada, anotou Zefanias Langa, quase comprometia o processo de recolha de assinaturas para suportar a candidatura presidencial. Sobre o processo (recolha de assinaturas), Langa anotou que esforços estavam a ser envidados no sentido de, num curto espaço de tempo, o mesmo vir a ser encerrado de modo a viabilizar a participação do partido nas eleições de Outubro próximo.

 

“Sentimos que a CNE está a agir de má-fé. Está a investir em manobras para nós não participarmos. Fomos surpreendidos, quando íamos manifestar o interesse em concorrer às eleições que, na mesma fase, iria decorrer a entrega de candidaturas para as presidenciais. Não há clareza no processo. Existe uma fraude que está a ser devidamente preparada pelos órgãos eleitorais”, atirou Zefanias Langa. (Carta)

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