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Redacção

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Fortes pancadarias pela madrugada do último sábado, em Nacala-à-Velha, província de Nampula, envolvendo membros e simpatizantes da Frelimo e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), resultaram em ferimentos.

 

A informação foi avançada este fim-de-semana, pelo Centro de Integridade Pública (CIP), no seu diário da campanha eleitoral. Os feridos receberam cuidados médicos no centro de saúde da vila-sede.

 

Segundo a organização, através do seu Boletim de Eleições (CIP Eleições), tudo começou quando os membros e simpatizantes do partido Frelimo, liderados pelo Secretário Distrital da OJM (braço juvenil da Frelimo), dirigiram-se ao campo 25 de Setembro e ordenaram que os membros do MDM, que já se encontravam no local, se retirassem, alegando que só o partido Frelimo é que podia colar os panfletos naquele espaço.

 

“Os elementos da Frelimo começaram a vandalizar e a colocar os seus panfletos sobre os do MDM, o que provocou a reacção dos membros do MDM. As partes entraram em confrontos violentos. O caso já se encontra no comando distrital da Polícia”, narra aquela organização.

 

Vandalização de materiais de campanha domina primeiro dia de “caça” ao voto

 

Ainda de acordo com aquela organização da sociedade civil, os mais de 500 correspondentes do CIP Eleições, espalhados por 254 distritos de Moçambique, reportaram um início de campanha eleitoral tranquilo, mas com alguns casos de vandalização de materiais de campanha em alguns distritos. Igualmente, foram registados casos de uso de bens de Estado em alguns distritos.

 

Segundo o CIP Eleições, só no primeiro dia foram contabilizados mais de 20 casos de vandalização de materiais de campanha eleitoral. A Frelimo é o partido que teve mais materiais vandalizados, seguindo-se a Renamo e depois o MDM. Também foram reportados casos de colocação de materiais de campanhas em lugares impróprios, como nos sinais de trânsito, residências de cidadãos e instituições públicas.

 

De acordo com a fonte, a maior vandalização de panfletos da Frelimo foi na Matola-Rio. Um vídeo amador mostra centenas de materiais de propaganda da Frelimo vandalizados no município da Matola-Rio, distrito de Boane, província de Maputo. Desconhecem-se os protagonistas do acto, mas suspeita-se que sejam jovens simpatizantes de partidos da oposição.

 

O CIP Eleições registou também actos de intolerância política, no distrito de Magude, na província de Maputo, onde membros e simpatizantes da Frelimo vandalizaram materiais e provocaram elementos da Renamo. “As duas partes quase que chegavam a confrontos físicos. Um membro da Frelimo ameaçou com uma catana elementos da Renamo”, detalha a organização, que anotou ainda o uso de viaturas de Estado.

 

“Os nossos correspondentes reportaram, também, quatro casos de utilização de viaturas do Estado em Chongoene (Gaza), Beira (Sofala), Quelimane (Zambézia), Nangade e Ibo (Cabo Delgado). Em Gaza e Cabo Delgado, as viaturas foram usadas pela Frelimo, em Sofala e Zambézia pelos partidos MDM e Renamo, respectivamente”, sublinha. (Carta)

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Algumas ruas das cidades de Maputo e Matola, que por estas alturas de campanha eleitoral costumam estar repletas de material de propaganda política, ainda estão praticamente sem o habitual colorido. A campanha eleitoral para as eleições gerais de 9 de Outubro arrancou no sábado passado (24 de Agosto), com a duração de 45 dias.

 

Numa ronda feita pela "Carta", na tarde deste domingo, segundo dia da campanha eleitoral, foi possível verificar que há poucos panfletos e cartazes colados nos muros, postes, pontes e até mesmo nos carros.

 

Na rotunda da Matola-Gare, por exemplo, apenas dois a três panfletos, quase todos do Partido Frelimo, estavam colados nos postes de iluminação. Enquanto isso, no bairro de Matlemele, só foi possível ver alguns panfletos na entrada do bairro, colados nos postes de transporte de corrente eléctrica, mas em Matidjana, até agora não há nenhum sinal.

 

No troço que vai de Matola-Gare até à ponte do Zimpeto, era possível contar com os dedos o número de panfletos. Nos locais onde habitualmente se colocavam cerca de 10 panfletos, apenas estavam colocados dois ou três.

 

O cenário é quase o mesmo noutras zonas residenciais. No bairro Guava, pertencente ao Posto Administrativo de Marracuene, o ambiente nas ruas parecia indicar estar numa época normal e não em período eleitoral.

 

“Carta” percorreu o bairro de Magoanine, tendo como ponto de entrada a rotunda do CMC, onde o ambiente dava a impressão de que só existia o partido Frelimo, pois, não eram visíveis panfletos de nenhum outro partido. Isso se repetiu um pouco até à Praça da Juventude e pela Avenida Julius Nyerere até à Praça dos Combatentes (vulgo Xiquelene). Neste ponto, já se notam alguns panfletos do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Renamo, Frelimo e do partido "Podemos", que apoia a candidatura de Venâncio Mondlane.

 

A Avenida das FPLM estava quase toda sem material de propaganda, à excepção de uma parede em frente ao Hospital Geral de Mavalane com alguns panfletos da Frelimo. Em alguns bairros da Matola, desde o vale do Infulene passando pela zona do Hospital da Machava, até Nkobe, os panfletos eram raros.

 

Nalguns locais onde há panfletos nas cidades de Maputo e Matola, o partido FRELIMO lidera a colagem de material de propaganda política.

 

A crise financeira, que se refletiu na disponibilização tardia dos fundos para campanha eleitoral, e o investimento em meios de propaganda audiovisuais podem ser invocados como estando na origem da fraca presença de panfletos, camisetas e capulanas nesta campanha eleitoral.

 

Lembre-se que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) aprovou um orçamento de 260 milhões de Meticais para a campanha eleitoral, sendo que a primeira tranche deste valor foi disponibilizado a quase uma semana do arranque da campanha eleitoral, o que pode ter influenciado o arranque da “caça” ao voto.

 

No entanto, vale ressaltar que os partidos políticos também estão a apostar na comunicação digital. Diariamente, os partidos políticos lançam em diversas plataformas de comunicação digital e redes sociais diverso material de propaganda audiovisual, algo que antes não era comum no país.

 

O cenário acompanhado pela “Carta” nestes primeiros dois dias de campanha eleitoral mostra também uma escassez de camisetes e capulanas.

 

Refira-se que concorrem às eleições presidenciais quatro candidatos: Ossufo Momade, da Renamo; Lutero Simango, do MDM; Venâncio Mondlane, apoiado pelo PODEMOS; e Daniel Chapo, da FRELIMO. Além das eleições presidenciais, 35 partidos políticos concorrem às legislativas e às assembleias provinciais. (M. Afonso)

sábado, 24 agosto 2024 16:53

Chapo promete luta contra a corrupção

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Daniel Chapo, candidato do partido no poder, Frelimo, nas eleições presidenciais marcadas para 9 de Outubro, prometeu que irá digitalizar os serviços da administração pública, de forma a reduzir as oportunidades de corrupção. Numa entrevista à estação de televisão independente STV, transmitida na noite de sexta-feira, Chapo disse que pretende dar o exemplo. 
 
“A luta contra a corrupção tem de começar por mim”, disse. “Desafio-o a procurar o meu arquivo. Se encontrar alguma mancha, venha contar-me o que encontrou”. Ele já foi administrador distrital Nacala-a-Velha e Palma) e depois como governador da província de Inhambane. 
 
“Se quiseres”, disse ao entrevistador, “podes ir a Nacala-a-Velha, saber o que lá se fez, e ver se existe alguma coisa. O mesmo acontece com Palma e Inhambane”. Um líder deve ter integridade, salientou. “O líder deve ser exemplar”, disse Chapo. “Isso dar-lhe-á legitimidade para lutar contra a corrupção”. 
 
Esta luta não podia ser baseada apenas em discursos e em leis. Devem ser tomadas medidas preventivas, disse, e vê a informatização dos serviços do Estado sob este prisma. Ao mesmo tempo, “a sociedade deve ser educada para a honestidade”, disse Chapo. “A sociedade precisa de valores éticos e morais”. 
 
Apelou ainda à renegociação dos contratos com as empresas multinacionais, para que deixem de considerar a responsabilidade social como um favor ao governo. 
 
Se for eleito, prometeu, o seu governo “fará as coisas de forma diferente, para obter resultados diferentes”. Chapo prometeu reforçar o poder das instituições do Estado, para combater crimes como a onda de raptos que aterroriza a comunidade empresarial desde 2011. Disse que isso exigiria alterações na lei e “a nomeação de pessoas competentes para lidar com processos complexos”. 
 
A colaboração das vítimas de rapto também foi importante, mas a desconfiança na polícia é tal que as vítimas e as suas famílias muitas vezes recusam-se a cooperar com as autoridades.
 
“Acredito que, se colocarmos as pessoas certas na liderança, poderemos restabelecer a confiança necessária para lutar contra todos os males que afectam a sociedade”, disse Chapo. Rejeitou veementemente a entrega dos serviços de educação e saúde do país a uma gestão estrangeira. 
 
Numa clara crítica ao actual governo, Chapo disse que “todo o sector da educação, com excepção do pagamento de salários, é gerido com base em projectos. Se alguém me oferece dinheiro para fazer os livros escolares, até dita o conteúdo dos livros”. 
 
“Se alguém me oferece dinheiro para comprar medicamentos, até dita onde comprar os medicamentos e que tipo de medicamentos devo comprar”, continuou. “Não se constrói a educação e a saúde com o dinheiro dos outros”, sublinhou Chapo. 
 
Considerava a educação e a saúde como questões de soberania e, como tal, devem permanecer nas mãos do Estado. 
 
 A campanha eleitoral oficial começou neste sábado e Chapo lançou a sua na cidade central da Beira, que sempre foi um bastião da oposição. À chegada ao aeroporto da Beira apelou aos seus adversários para evitarem “provocações” que possam levar a actos de violência. Em vez disso, a campanha deveria ser utilizada para celebrar o 30º aniversário das primeiras eleições multipartidárias do país, realizadas em 1994.
(PF, AIM)

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O Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADR) e a Confederação das Associações Económicas (CTA) realizaram, esta quinta-feira, o segundo encontro de auscultação sobre a proposta do Plano para a Subscrição de Importações de Produtos Agrícolas, com vista a poupar pelo menos 800 milhões de USD, por ano, de importações e melhorar a balança comercial agrícola nacional.

 

Na reunião, as duas instituições discutiram, igualmente, a definição dos mecanismos para um maior Controlo do Processo de Importação e de Exportação de Produtos Agrícolas. O referido encontro ocorreu na sede do MADER e foi dirigido pelo titular da pasta, Celso Correia, tendo contado com a presença de intervenientes na cadeia de valor dos produtos agrícolas.

 

No fim do encontro, o Director Nacional de Promoção da Agricultura Familiar, Jaime Chissico, explicou à comunicação social que a reunião visava permitir que o país deixe gradualmente de importar produtos alimentares (gastando várias somas de valores), passando à produção interna.

 

“Segundo aquilo que é a nossa balança comercial agrícola, por ano, o país despende 1.4 bilião de USD. Entretanto, desse valor, constatamos que os produtos avaliados em 800 milhões de USD podem ser produzidos localmente. Só para dar um exemplo, com a importação do arroz gastamos cerca de 350 milhões de USD, com o milho 102 milhões de USD, o frango necessita de 45 milhões de USD e com feijões gastamos 250 milhões de USD por ano. Todos estes produtos podem ser produzidos internamente”, disse Chissico.

 

Para o Director Nacional de Promoção da Agricultura Familiar, a necessidade de substituir a importação dos referidos produtos alimentares prende-se ao facto de serem fontes de proteínas, tendo em conta que há, no nosso país, maiores índices de desnutrição. Dos referidos alimentos, o gestor apontou, por exemplo, que o frango contém proteína animal e o feijão proteína vegetal.

 

Para a materialização da substituição de importações, a fonte disse que os agentes económicos que se dedicam actualmente na importação podem começar a fazer o fomento desses produtos internamente. O gestor assegurou que, da conversa que o MADER tem vindo a ter com os importadores, há interesses por parte deles de entrar na produção.

 

Contudo, para que o plano para a subscrição de importações dos referidos produtos agrícolas possa ter efeitos, o Director disse que o Ministério conta com o apoio do sector privado. “A impressão que temos do sector privado é que estão de acordo com as medidas que o Governo pretende implementar”, disse Chissico.

 

Na reunião, o sector privado foi representado por João Munguambe, agente económico ligado ao sector da indústria de óleo alimentar. “Nós como indústria estamos preocupados em garantir que o nosso trabalho, ou seja, o contacto com os fornecedores de matérias-primas não seja afectado com a duplicação de inspecções. Entretanto, reconhecemos que é importante que saiba quem faz o quê em toda a cadeia, que é na verdade papel do Governo controlar, para que as indústrias possam agir de acordo com regras já estabelecidas”, disse Munguambe.

 

Para o agente económico, há também por parte do Governo a aceitação em relação à referida preocupação. Como consequência, a fonte disse que o sector privado se sente confortável com essa colaboração do Executivo. Doravante, Munguambe disse que a CTA vai continuar a analisar o documento para saber como o sector privado pode contribuir para a prevenção e eliminação do contrabando de produtos, bem como na melhor identificação de produtores e importadores.

 

“Vamos continuar a trabalhar, ao nível da CTA, com vários outros parceiros até encontrarmos uma posição que nos conforte como investidores ou indústria para que não saiamos afectados”, concluiu Munguambe.

 

Refira-se que ainda não há prazo para a entrada em vigor do instrumento, através de um decreto, mas olhando para o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Sector Agrário, o MADER espera que, até 2030, o Plano esteja já a ser implementado. (Evaristo Chilingue)

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O partido extraparlamentar Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), composto por dissidentes da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder, vai apoiar a candidatura de Venâncio Mondlane à Presidência, anunciou quarta-feira a força política.

 

“É um acordo muito importante e representativo para o povo moçambicano, no sentido em que, tendo esta compatibilidade das nossas visões, vamos trabalhar em conjunto”, declarou o presidente do Podemos, Albino Forquilha, durante o anúncio público da aliança em comício de pré-campanha em Manhiça, província de Maputo.

 

O partido, registado em maio de 2019, é fruto de uma dissidência de antigos membros da Frelimo, que pediam mais "inclusão económica", tendo abandonado o partido no poder, na altura, alegando "desencanto" e diferentes ambições.

 

No seu primeiro ano, a organização assumia-se como composta por membros da Associação de Ajuda ao Desenvolvimento de Moçambique (Ajudem), que tentou concorrer, sem sucesso, às eleições autárquicas de 2018, em Maputo, com uma lista encabeçada por Samora Machel Júnior (Samito), filho do primeiro Presidente do país e militante, até hoje, destacado da Frelimo.

 

Durante o anúncio público da aliança, Venâncio Mondlane destacou similaridades entre o seu projeto político e o manifesto daquele partido, que vai concorrer às legislativas. “Este acordo com o podemos representa uma aliança para as próximas eleições e para a próxima legislatura. Chegamos à conclusão de que as nossas propostas em muitas coisas coincidem (…). O Podemos assume a responsabilidade legislativa no parlamento e eu faço a minha luta presidencial”, disse Venâncio Mondlane.

 

Para as eleições de 09 de outubro, o Conselho Constitucional (CC) excluiu, no início de agosto, em definitivo, a Coligação  Aliança Democrática (CAD), que apoiava a candidatura presidencial de Venâncio Mondlane e que o incluía também como candidato a deputado nas legislativas.

 

Num acórdão, em resposta ao recurso apresentado pela própria CAD após a exclusão da candidatura decidida anteriormente pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), o CC, último órgão de justiça eleitoral, declarou nula a deliberação da CNE, de 09 de maio, que aceitava a inscrição da coligação, por irregularidades no processo de inscrição, considerando-a "como não inscrita".

 

Hoje, no seu discurso, Mondlane afirmou que o apoio que passa a receber do partido Podemos visa “o bem e a construção de uma nação”, prometendo, entretanto, que a CAD “não está a desaparecer”.

 

“A CAD vai trabalhar conjuntamente com o Podemos, vamos fazer um gabinete eleitoral conjunto, um plano de campanha conjunto, controlo de voto conjunto, a CAD não está a desaparecer, está a passar o testemunho”, explicou Venâncio Mondlane.

 

Venâncio Mondlane, 50 anos, foi candidato pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) nas últimas eleições municipais de 2023 à autarquia de Maputo, abandonou o partido em que militava desde 2018 - e o cargo de deputado para o qual tinha sido eleito -, depois de ter sido impedido de concorrer à liderança do maior partido da oposição no congresso realizado em maio.

 

Moçambique realiza em 09 de outubro as eleições gerais, incluindo presidenciais, legislativas e provinciais. Além de Mondlane, nestas eleições, concorrem à Ponta Vermelha (residência oficial do chefe de Estado em Moçambique) Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), Ossufo Momade, apoiado pela Renamo, e Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar. (Lusa)

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Um autocarro de transporte de passageiros capotou na manhã desta quinta-feira (22), poucos minutos após iniciar a marcha, na localidade de Mulotana, no distrito de Boane, província de Maputo. Dados colhidos pela “Carta” indicam que sete pessoas contraíram ferimentos ligeiros. O veículo fazia a rota Mulotana-Museu.

 

Um vídeo posto a circular nas redes sociais, filmado pouco depois do acidente, mostra pessoas presas debaixo do autocarro e outros em desespero a tentar sair pelas janelas, após o veículo ter capotado.

 

Os residentes apontam as más condições da estrada como a principal causa do acidente. "As condições desta via não são favoráveis; os parafusos dos carros chegam a soltar-se, mesmo com o veículo em movimento, devido aos buracos. Esta estrada precisa de intervenção urgente," afirmaram alguns residentes que usam a via.

 

Outra residente que vive próximo ao local do acidente comentou que os moradores de Mulotana estão desiludidos com as promessas não cumpridas e, por isso, não se sentem motivados a participar no processo de votação.

 

"Não estamos em condições de votar em ninguém. Estamos a passar por muitas dificuldades. Os acidentes neste troço são frequentes por causa da estrada, que está completamente intransitável. Dependemos mais de 'My love' [carrinhas de caixa aberta] para nos deslocarmos, e estamos a pedir ajuda às autoridades competentes", declarou Carlota Nhamusseve.

 

Refira-se que há muito que residentes de Mulotane têm clamado pela construção daquela estrada, assim como pela instalação de um sistema de abastecimento de água. Em Setembro de 2023, Júlio Parruque, então Governador da província de Maputo, lançou a primeira pedra para a pavimentação de apenas 500 metros, dos 10 Km daquela via, que liga Mulotane ao bairro de Mahlampswene, no município da Matola. (M. Afonso)

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Um camião detonou esta quinta-feira (22) um explosivo no distrito de Muidumbe, ao longo da EN380, causando danos na viatura. O veículo partiu da vila de Macomia com destino ao cruzamento de Oasse, no distrito de Mocímboa da Praia. No entanto, ainda são escassas as informações sobre o estado dos ocupantes.

 

Fontes do distrito de Muidumbe informaram à "Carta" que o incidente ocorreu por volta das sete horas, numa zona próxima à sede do posto administrativo de Chitunda.

 

"Não sei nada sobre os danos humanos, mas o carro sofreu. Isso aconteceu esta manhã (quinta-feira) depois de Chitunda-sede, e os carros evitaram passar por ali quando a notícia se espalhou", disse Marcelino Setu.

 

Outro residente, Joaquim Simão, disse que a situação dificultou a transitabilidade ao longo do dia naquela rodovia. De acordo com a fonte, nos últimos dias, a circulação ao longo do troço Macomia-Oasse tem sido feita com receio devido aos relatos de insegurança.

 

A detonação do explosivo ocorreu um dia depois de o Presidente Filipe Nyusi ter afirmado na capital do país que, apesar de alguns ataques esporádicos dos integrantes do Estado Islâmico, a situação na província de Cabo Delgado estava relativamente calma.

 

Filipe Nyusi acrescentou que os terroristas estão cada vez mais enfraquecidos devido à intervenção das Forças de Defesa e Segurança, com a ajuda das tropas do Ruanda. (Carta)

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Inicia, às 00:00 horas de amanhã, 24 de Agosto, a campanha eleitoral rumo às VII Eleições Gerais (Presidenciais e Legislativas) e IV Provinciais (do Governador e dos Membros das Assembleias Provinciais), a terem lugar no dia 9 de Outubro próximo, em todo o território nacional.

 

Trata-se de uma maratona que vai durar 45 dias (termina no dia 06 de Outubro), na qual os quatro candidatos à Presidência da República e os 35 partidos concorrentes ao Parlamento e às Assembleias Provinciais terão de convencer os 17.163.686 eleitores a votarem nos seus projectos eleitorais.

 

Tal como em 2023, a cidade da Beira, capital provincial de Sofala, vai testemunhar o lançamento da campanha eleitoral da Frelimo, partido no poder, e do MDM (Movimento Democrático de Moçambique), a terceira maior força política do país, partidos que suportam as corridas eleitorais de Daniel Chapo e de Lutero Simango a Presidente da República, respectivamente.

 

Trata-se de um dos maiores campos políticos do país, historicamente hostil à Frelimo. Em 2023, testemunhou o arranque da campanha eleitoral dos três principais partidos do país, na corrida às VI eleições autárquicas. Aliás, foi na Beira onde a Frelimo lançou a sua campanha eleitoral, em 2019, ano em que o país testemunhou a eleição, pela primeira vez, dos Governadores Provinciais.

 

Por seu turno, a Renamo, o maior partido da oposição no xadrez político nacional, vai lançar a sua maratona na cidade de Quelimane, capital da província da Zambézia. Refira-se que foi em Quelimane, cidade gerida pelo maior partido da oposição, que a “perdiz” lançou a sua campanha eleitoral em 2019.

 

Filipe Nyusi, na qualidade de Presidente da Frelimo, deverá lançar oficialmente a campanha do partido no poder, enquanto Lutero Simango, presidente do MDM, deverá fazê-lo para o “galo”. Na Renamo, ainda não há clareza sobre a presença ou não de Ossufo Momade no primeiro dia da campanha eleitoral.

 

Uma fonte do maior partido da oposição disse à “Carta” que Clementina Bomba, Secretária-Geral da Renamo, deverá lançar a campanha, em virtude Ossufo Momade encontrar-se fora do país. Lembre-se que, em 2019, a Renamo arrancou a “caça ao voto” sem Ossufo Momade, porque se encontrava em Portugal.

 

Já o candidato Venâncio Mondlane, cuja candidatura à Presidência da República é suportada pelo partido PODEMOS (Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique), após a exclusão política da Coligação Aliança Democrática (CAD), vai iniciar a sua campanha eleitoral na autarquia da Matola, província de Maputo.

 

Refira-se que, no dia 9 de Outubro, para além do Palácio da Ponta Vermelha, estarão também em disputa 250 lugares da Assembleia da República, actualmente ocupados pela Frelimo (184), Renamo (60) e MDM (06). Igualmente, estará em disputa a liderança de 10 províncias (excepto Maputo Cidade, com estatuto especial), todas geridas actualmente pela Frelimo. (Carta)

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A MultiChoice Talent Factory (MTF) tem o prazer de anunciar que as inscrições para o estágio pré-profissional em técnicas de produção e audiovisual estão abertas. As candidaturas são válidas para jovens aspirantes a cineastas, argumentistas, produtores e contadores de histórias que pretendem desenvolver a carreira na indústria de televisão e cinema. 

 

Se és um jovem profissional à procura de mudar de carreira e expandir os seus horizontes ou recém-graduado que almeja deixar a sua marca na indústria televisiva e cinematográfica, a MTF está a recrutar candidatos de todas as origens em 13 países de África: Nigéria, Gana, Uganda, Quénia, Etiópia, Tanzânia, Zâmbia, Botswana, Namíbia, Angola, Moçambique, Zimbabué e Malawi. 

 

Desde a sua criação em 2018, a MTF acolheu 60 estudantes todos os anos, dando-lhes a oportunidade de alcançar os seus sonhos e libertar o seu potencial, proporcionando uma plataforma que nutre e desenvolve talentos em todo o continente, oferecendo oportunidades de crescimento, networking e sucesso na indústria do entretenimento.

 

Através de uma série de programas de formação rigorosos, a MTF acredita na utilização de uma abordagem prática orientadas por especialistas do sector. Os participantes não só têm a oportunidade de melhorar as suas competências, como também de obter informações valiosas sobre o negócio do cinema.

 

Imagina ser escolhido como um dos participantes para aprender com alguns dos melhores especialistas da indústria e ganhar experiência em áreas como: cinematografia, design de som,  edição e muito mais. A MTF oferece todas estas oportunidades e não se fica por aqui.

 

No final do programa, os graduados com melhor desempenho de cada academia receberão formação adicional, orientação e oportunidades de estágio com parceiros mundiais da MTF, como a: New York Film Academy (NYFA), plataforma indiana Zee World e terão ainda a oportunidade de trabalhar com produções na África do Sul. Após a conclusão, os alunos vão receber uma qualificação certificada e reconhecida.  Vão ter ainda a oportunidade de produzir e realizar curtas-metragens exibidas nas plataformas da MultiChoice. 

 

Todas estas iniciativas são indicativas do compromisso da MTF em apoiar a selecção de conteúdos da MultiChoice na entrega de conteúdos locais interessantes, ricos em cultura. África tem muitas histórias por contar e, ao investir em talentos africanos, a MultiChoice consegue descobrir e apresentar essas histórias, apoiando os estudantes de MTFs, dando-lhes as competências necessárias e a plataforma para produzirem conteúdos que se repercutam nos africanos e no mercado mundial. Através deste apoio, os antigos alunos da MTF alcançaram um sucesso fenomenal nas suas produções.

 

No ano passado, cinco antigos alunos garantiram nomeações em três categorias nos Africa Magic Viewers’ Choice Awards (AMVCA) 2023. Além disso, muitos antigos alunos da MTF ocupam cargos significativos na indústria em todo o continente, trabalhando como realizadores, produtores, designers de som, operadores de câmara, directores de arte, argumentistas e editores em grandes produções africanas que incluem SalemTempted, Engaito, Mvamizi, Mum vs Wife, Makofi, County 49 e muitos outros.

 

Habtamu S. Mekonen, aluno MTF da Academia de África Oriental em Nairobi, Quénia, ganhou recentemente um Prémio Emmy Internacional por uma curta-metragem que produziu e realizou. O sucesso da MTF é melhor ilustrado pelas longas-metragens produzidas pelos seus alunos. Os filmes destacam o talento e a criatividade dos participantes e demonstram o profundo impacto do programa.

 

A MTF promove também o espírito empreendedor, dando aos jovens a confiança necessária para iniciarem os seus próprios projectos e negócios. Até à data, trinta dos seus antigos alunos registaram produtoras de conteúdo, criando oportunidades de emprego e contribuindo para a economia. O conhecimento e as competências transmitidas pela MTF capacitam os formandos para serem catalisadores do crescimento económico e do enriquecimento cultural nas suas comunidades.

 

As candidaturas já estão abertas e serão encerradas no dia 15 de Setembro de 2024. Os candidatos interessados podem visitar https://applications.multichoicetalentfactory.com para submeter as suas candidaturas e saber mais sobre os requisitos do programa.

 

Estás pronto para libertar o teu talento e destacar-te como um dos cineastas da próxima geração? Não percas esta incrível oportunidade de iniciar a tua carreira no cinema e na televisão com a MTF.

 

Dê o primeiro passo para realizar os teus sonhos e candidata-te já.

 

O teu percurso para o êxito começa aqui!

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O Millennium bim acaba de ser reconhecido como o “Melhor Banco ” e “Melhor Banco Digital” do País pela prestigiada revista Euromoney, uma publicação de referência mundial na área da economia e finanças globais. Com estas duas distinções, das mais importantes do sector financeiro internacional, o Millennium bim mantém a sua posição de instituição financeira mais premiada de Moçambique.

 

O júri da Euromoney distinguiu o Millennium bim após uma análise rigorosa ao seu desempenho financeiro em geral e, em particular, à sua performance nas categorias de novos produtos e aplicações tecnológicas, a política de protecção de dados e segurança das operações bancárias, bem como às suas acções de responsabilidade social, consubstanciando a robustez contabilística do Banco, a excelência dos serviços e dos produtos em prol do desenvolvimento sustentável de Moçambique e dos moçambicanos.

 

O PCE interino do Millennium bim, Rui Maximino, atribui o mérito da conquista destes importantes prémios aos Clientes e Colaboradores do Banco. “Esta nova distinção reconhece, uma vez mais, o esforço que o Banco tem empreendido, há quase 30 anos, para a inclusão financeira e o progresso económico dos moçambicanos, através do desenvolvimento de soluções bancárias e simplificação de procedimentos com recurso a tecnologias de vanguarda eficazes, eficientes e seguras. Sem a aposta dos nossos Clientes nos nossos serviços e sem o esforço e dedicação das nossas pessoas, estas distinções não teriam sido possíveis”.

 

Além disso, sublinhou que, “o prémio reconhece também o investimento na inovação tecnológica e lançamento de novos produtos e serviços digitais de excelência, que constitui uma das apostas estratégicas do Millennium bim nos últimos anos, através da contínua modernização e desenvolvimento de plataformas de facilitação e simplificação de procedimentos bancários”.

 

O prémio Euromoney, que reafirma o Millennium bim como a melhor instituição financeira a operar em Moçambique, exalta uma vez mais o resultado de uma estratégia totalmente orientada para os Clientes e o compromisso permanente com o desenvolvimento económico e financeiro do País.

 

As distinções de “Melhor Banco de Moçambique 2024” e “Melhor Banco Digital de Moçambique 2024” juntam-se ao acervo de mais de uma centena de prémios já  acumulados pelo Millennium bim, em grande parte resultantes do reconhecimento internacional, destacando-se principalmente os atribuídos pela The Banker e a Global Finance.

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