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terça-feira, 27 abril 2021 03:55

Sucessão no MDM: Conselho Nacional refém da autorização de Helena Kida

Ainda não há data para a realização da reunião do Conselho Nacional do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), encontro de extrema importância para a definição da data da realização do Congresso, que irá eleger o novo Presidente daquela formação política, em substituição de Daviz Mbepo Simango, que perdeu a vida no passado dia 22 de Fevereiro.

 

Segundo o Secretário-Geral do MDM, José Domingos, o encontro está refém da autorização do Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, de acordo com as novas medidas de combate à Covid-19, anunciadas pelo Chefe de Estado, no último domingo.

 

O encontro, lembre-se, tinha sido agendado para a primeira quinzena do mês de Abril, porém, foi adiado devido à recusa da instituição liderada por Helena Kida em permitir (de forma especial) a realização daquele evento, que irá reunir mais de 120 pessoas. A reunião foi convocada a 27 de Março, pela Comissão Política Nacional daquela formação política, em reunião tida lugar momentos após as exéquias fúnebres do então presidente do partido.

 

Em entrevista concedida à “Carta”, Domingos avançou que o partido irá submeter, ainda hoje, um novo pedido de autorização para a realização do encontro. Sublinhar que o Presidente da República explicou, no último domingo, que “poderá ser autorizada a realização de reuniões e conferências com um número de participantes não superior a 300 pessoas, após prévia avaliação do Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos”.

 

E porque ainda não há datas para a realização daquela reunião, garantiu Domingos, também não há qualquer “movimentação” por parte dos interessados em assumir a Presidência da terceira maior força política nacional.

 

“A única coisa que sei é que será no Conselho Nacional que os interessados começarão a submeter as suas candidaturas. Neste momento, são especulações de cada um”, avançou a fonte, reiterando que ainda não houve qualquer pronunciamento das bases para avançar com uma possível candidatura.

 

“Candidatar-se, pelo menos na minha cultura, não é de ânimo-leve. É preciso que as bases te garantam e digam alguma coisa. (…) Talvez evitam tocar nesse assunto, porque sabem que, neste momento, só eu que estou a coordenar. O que estou a ver são especulações dos jornais. Até já puseram o meu nome, do porta-voz e de outros”, afirmou.

 

Questionado sobre a actualidade do partido, o Secretário-Geral do MDM garantiu que este “continua a trilhar os mesmos ensinamentos do Engenheiro Daviz Simango” e que, depois do período de luto, a retoma das actividades foi natural.

 

Refira-se que o Conselho Nacional é um órgão deliberativo do MDM, reunindo-se ordinariamente duas vezes ao ano. Na sequência da morte do Presidente, José Domingos, Secretário-Geral do MDM, é quem, actualmente, coordena o partido até à realização do congresso que vai eleger o novo timoneiro da organização. (A.M.)

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