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quarta-feira, 13 janeiro 2021 05:39

SADC: Cimeira Extraordinária discute ataques terroristas em Cabo Delgado

Os ataques armados, na província de Cabo Delgado, região norte do país, é o tema central da Cimeira Extraordinária da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que arranca este domingo em Maputo.

 

Dentre os vários temas, a Segurança, mormente em Cabo Delgado, tal como disse o Chefe do Estado, Filipe Nyusi, na passada segunda-feira, consta do rol de matérias da reunião dos chefes de Estado e Governo da região austral de África.

 

A Cimeira Extraordinária da SADC vai decorrer de 17 a 20 de Janeiro corrente, na capital moçambicana, Maputo. Nyusi disse, igualmente, que no próximo sábado (16) chegam a Maputo os peritos da organização para “avaliar como é que a reunião vai decorrer”.

 

A reunião do órgão tem lugar numa altura em que os terroristas têm intensificado as suas incursões naquele ponto do país, realidade que tem colocado em alerta máximo os restantes países da região.

 

Nas vésperas do fim do ano de 2020, os terroristas chegaram mesmo a visar a região de Quitunda (onde foi implantada a vila de reassentamento) a poucos quilómetros do local onde a multinacional francesa, a Total, tem instalado o seu acampamento.

 

A multinacional francesa lidera o consórcio do projecto onshore (Área 4) da bacia do Rovuma. Aliás, na esteira da deterioração das condições de segurança naquele ponto do país, a Total decidiu diminuir operações e o número de trabalhadores no projecto do Gás Natural Liquefeito (GNL).

 

Em Maio do ano passado, a Troika do órgão de Política, Defesa e Segurança da SADC prometeu apoiar Moçambique a combater os terroristas que têm estado a atacar a província de Cabo Delgado.

 

Durante o informe sobre a Situação Geral da Nação, em Dezembro último, Filipe Nyusi disse que o país estava a receber várias manifestações de disponibilidade para apoiar no combate ao terrorismo, mas as mesmas ainda estavam na fase de estudo.

 

Desde Outubro de 2017, os ataques terroristas naquela província já fizeram cerca de 2000 mortos e aproximadamente 600 mil deslocados. (Carta)

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