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Está interrompido o sonho moçambicano de ver, novamente, a companhia de bandeira escalar o continente europeu, concretamente, a capital portuguesa, Lisboa. Em comunicado de imprensa, partilhado esta segunda-feira, a Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) anunciou a “não continuidade do voo Maputo-Lisboa-Maputo, com efeitos a partir do dia 15 de Janeiro de 2021 [sexta-feira]”.
De acordo com a nota, a interrupção do voo, anunciado a 07 de Outubro de 2019, deve-se à situação da pandemia da Covid-19 que, neste momento, “está a acontecer na Europa e noutros países do mundo”.
“Este voo foi reintroduzido em Julho de 2020 [depois de falhar o regresso a 31 de Março do mesmo ano], tendo sido crucial para o repatriamento da comunidade moçambicana que estava retida na capital portuguesa desde o início da pandemia”, diz a LAM, garantindo que a operação foi programada para durar seis meses e que “foi realizada com sucesso”.
No seu regresso à Europa, recorde-se, a LAM tinha-se comprometido a realizar três voos por semana (quartas, sextas e domingos para o voo Maputo-Lisboa e terças, quintas e sábados para o voo Lisboa-Maputo), através de uma aeronave Airbus A340-330, pertencente à Hi Fly, uma companhia privada portuguesa, com quem a LAM tinha firmado parceria.
Lembre-se ainda que o voo Maputo-Lisboa-Maputo foi divulgado três meses depois de o Chefe de Estado, Filipe Nyusi, ter anunciado um possível regresso da companhia a Portugal, durante a sua visita àquele país europeu. Aliás, a decisão tomada pela LAM (de regressar à Europa) sempre foi vista como “política” e não “técnico-financeira” a avaliar pela situação “degradante” que a companhia atravessa, havendo quem acreditava que o sonho já era um “aborto anunciado”. (Carta)
