Após oito meses de interrupção, devido ao impacto e restrições da pandemia a nível global, a petrolífera italiana ENI (Ente Nazionale Idrocarburi S.p.A.) e parceiros anunciaram a retoma, a partir do mês de Janeiro de 2021, das actividades de perfuração e completação de furos em mar para o projecto Coral Sul, em instalação na Área 4 da Bacia do Rovuma, informou, semana finda, o Instituto Nacional de Petróleo (INP).
Com efeito, avança o INP, numa nota disponível no site institucional, o consórcio composto pela ENI e demais empresas, a Mozambique Rovuma Venture (MRV), notificou as autoridades da chegada do navio SAIMPEM 12000 a Pemba, a 05 de Janeiro de 2021, para a continuidade das operações em mar.
“Note-se que esta actividade está em consonância com os planos de reatamento das operações e perfuração e completação do Projecto Coral Sul previsto para o mês de Janeiro do ano em curso”, lê-se na nota.
As actividades de perfuração iniciaram em Setembro de 2019, contudo, sofreram um interregno em Abril de 2020, devido às medidas restritivas impostas pelo contexto pandémico.
No entanto, garante o INP, a construção da plataforma flutuante Coral Sul FLNG, prossegue como previsto na Coreia do Sul, sendo que o início da primeira produção de Gás Natural Liquefeito (GNL) continua programado para 2022.
De acordo com o Plano de Desenvolvimento aprovado, prevê-se que esta plataforma venha a produzir 3,4 milhões de toneladas por ano (mtpa) de gás natural.
Para além da ENI com 37.7% de participação, a MRV (uma joint venture) é composta pela ExxonMobil 35,7%, CNPC, 28,6%, ENH, E.P, KOGAS, e GALP com 10% de participação cada. (Carta)