Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI
Redacção

Redacção

sexta-feira, 23 novembro 2018 03:00

Moçambique com alto risco de sobre-endividamento

Desde Novembro de 2016 a 2018 que Moçambique passou a fazer parte de um grupo de seis países da região da África subsaariana com sérias dificuldades financeiras devido ao endividamento público, facto que tornaram as suas economias fracas e instáveis. A informação consta dum estudo recente do Fundo Monetário Internacional (FMI), apresentado nesta terça-feira em Maputo. Fazem ainda parte da lista o Zimbabué, Congo, Chade, Eritreia e Sudão do Sul. O estudo avança que as principais razões que levam estes países a estarem neste grupo é que os outros melhoraram consideravelmente a sua situação com o colapso do preço dos produtos e fraca qualidade das ofertas.

 

Na passada terça-feira, o Conselho de Ministros acabou não discutindo e aprovando o nome do novo PCA da EDM, a elétrica nacional, nomeadamente a figura que passará a conduzir os destinos da empresa pública. Ao longo das últimas duas semanas, o PR Filipe Nyusi tem feito consultas em variados quadrantes da sociedade para encontrar um nome que seja “consensual” entre os vários lobbies à volta do executivo e que, ao mesmo tempo, reúna condições para aprofundar as reformas levadas a cabo por Mateus Magala. “Carta de Moçambique” está na posse de 4 nomes de dentro e de fora da instituição que foram alvo de uma avaliação recente

quinta-feira, 22 novembro 2018 00:17

Exposições / Espaços e Olhares

Inaugurou no Camões – Centro Cultural Português em Maputo duas exposições individuais em simultâneo: “Olhares”, de Nelly Guambe, e “Espaços”, de Rodrigo Bettencourt da Câmara. Nelly Guambe (Moçambique) mostra em “Olhares” alguns dos trabalhos que tem desenvolvido ao longo dos últimos meses. Pinturas sobre tela e sobre papel retratam figuras femininas de pendor melancólico, através de uma linguagem peculiar e quase cénica. As telas de Guambe podem encaminhar o público para um universo sentimental único e surpreendedor. Esta é a segunda apresentação púbica individual da artista em Maputo. Rodrigo Bettencourt da Câmara (Portugal), por sua vez, apresenta a série fotográfica “Espaços” a qual permite que o espetador “entre” no espaço de trabalho e processo de criação de alguns dos mais renomados artistas moçambicanos, portugueses e brasileiros. Esta é uma série fotográfica em continuidade e constante crescimento que resulta das visitas do fotógrafo aos diferentes ambientes de criação. O meio de trabalho dos artistas representados nesta exposição é transversal a diferentes áreas culturais e as imagens são captadas em movimento. Rodrigo Bettencourt da Câmara apresenta pela primeira vez o seu trabalho em Moçambique, país que visita com alguma frequência e com o qual mantém uma relação profissional e de amizade. As exposições “Olhares” e “Espaços” estarão patentes até dia 14 de dezembro, de segunda a sexta-feira, entre as 11h00 e as 18h00 e contam com o apoio do DEAL espaço criativo e do Art Dispersion. Paralelamente ao período da exposição Rodrigo Bettencourt da Câmara dinamizará uma oficina de fotografia denominada “Da Criação à Execução”, que decorrerá dias 26, 27 e 28 de novembro.

sexta-feira, 23 novembro 2018 22:54

Promoção / Dia do CD

Dia do CD é uma plataforma que visa promover a música nacional e fazer com que o músico e a cultura no geral seja sustentável. Todas as semanas teremos nos locais Beergarden, CDs de vários músicos moçambicanos (todo estilo musical a venda). Em cada evento vamos trazer um artista para uma sessão de autógrafos, isto é, vamos escolher um artista por semana para a promoção do seu disco e chamamos ao seu disco CD do DIA todos os Domingos.

O artista desta semana é o XIDIMINGUANA

(25 de Novembro, das 10 às 21 horas no Beergarden)

Sinopse: “A Formiga Juju e a Borboleta Mwarusi” faz parte da coleção de contos infantis da autoria de Cristiana Pereira, fundadora da Formiga Juju, um movimento cívico de promoção da leitura e expressão criativa, com a missão de despertar o imaginário das crianças através da distribuição gratuita de livros e construção de livrotecas móveis, para que se tornem elas - as crianças - as criadoras da sua própria história. Este conto é o quarto livro do projecto e aborda de forma leve e metafórica, o drama dos casamentos prematuros e das uniões forçadas, um tema que nos últimos tempos tem inquietado bastante a sociedade moçambicana, pois coloca em risco o futuro de toda uma nação. A Mwarusi era uma lagarta que sonhava ser uma borboleta e voar livre pelo mundo, mas vê o seu sonho interrompido por um pardal, o bigodão, que a força a casar com ele. Para ajudar a solucionar este problema, somos todos chamados e por isso cabe ao público contribuir com ideias de como impedir o bigodão de violar os direitos da Mwarusi.

  Financiamento, Investimentos, Agenciamentos Limitada (FINAL), propriedade de Fernando Sumbana Jr (eleito recentemente como vice-edil de Maputo), é uma das quatro empresas arroladas no processo que corre contra Helena Taipo, antiga Ministra do Trabalho e actual Embaixadora de Moçambique em Angola, acusada de apropriação fraudulenta de cerca de cem milhões de Meticais do INSS.

quarta-feira, 21 novembro 2018 22:57

Caça ao bronze no cemitério de Lhanguene

Uma onda de vandalização de campas, protagonizada por indivíduos desconhecidos alegando procurar bronze, está a registar-se há cerca de dois meses no cemitério de Lhanguene, na cidade de Maputo, retirando a paz dos defuntos e provocando preocupação aos familiares bem como as autoridades administrativas do local.

Campas de algumas famílias da “elite” nacional são o principal alvo dos profanadores que têm atuado a calada da noite. Siba-Siba Macuacua, João Paulo (músico), Boaventura C. Langa Cossa, Firmino dos Santos e Teresa dos Santos (campa única), Paulo Jorge de Almeida, Inácio Vicente Amane, Milagre Moiane, Raimundo Taimo, são alguns nomes cujas sepultaras foram vandalizadas nessa alegada busca pelo bronze. Aquina Macuacua, viuva de Siba-Siba, disse sentir-se constrangida com a situação. Acrescentou ainda que nunca soube que a moldura em volta da foto do seu ente querido tivesse algum valor que provocasse a cobiça de quem quer que fosse.

O fenômeno, que preocupa igualmente as autoridades do “Lhanguene”, obrigou a tomada de medidas adicionais de segurança. O administrador do cemitério, Horácio Maluve, disse que, logo que receberam as primeiras queixas, a Polícia foi chamada a vigiar o recinto ao longo da noite.  Maluve afirmou que já foi identificado pelo menos um dos malfeitores e acredita na neutralização dos protagonistas brevemente. A restauração das campas representa custos tanto para os familiares dos defuntos que pagam pela manutenção dos espaços, como também para a própria administração do cemitério que assume a responsabilidade de garantir segurança às sepulturas. Refira-se que bronze é um metal usado no fabrico de joias, medalhas e pode ser adaptado de acordo com as necessidades dos utilizadores. (Marta Afonso)      

quarta-feira, 21 novembro 2018 20:06

Rogério Zandamela não pode sair agora

Depois de ter sido derrotado no caso do apagão da Rede SIMO, está meio mundo pedindo a cabeça do Governador do Banco de Moçambique. Cremos que esse coro é alimentado por uma perceção demasiado emocionada sobre o que está verdadeiramente em jogo. Zandamela estava dentro das melhores intenções. A forma, os meios e o timing foram mal medidos. Mas o desiderato do banco central de controlar (não operando-a comercialmente) a rede interbancária nacional faz muito sentido. Esse projeto deve avançar. Mas não tinha de avançar como ele pretendia.

WORLD PRESS PHOTO Exposição 2018 - “Conectando o mundo às histórias que importam”

Está decorrer a exposição WORLD PRESS PHOTO regressa a Moçambique. Esta exposição de fotografia, que mostra os vencedores do concurso WORLD PRESS PHOTO de 2018, apresenta o melhor jornalismo visual do ano.

primeiro ministro na assembleia

O objetivo das negociações de Moçambique com os seus credores “é recuperar a confiança no nosso país nos mercados financeiros internacionais”, declarou o Primeiro-Ministro Carlos Agostinho do Rosário, ontem na AR. Falando numa sessão de perguntas e respostas entre deputados e membros do governo, Rosário argumentou que, ao reforçar a confiança entre os mercados internacionais, “estamos a criar condições para podermos ter acesso a mais recursos para financiar ações estruturantes do nosso desenvolvimento económico e para assegurar aos credores que o país honrará suas obrigações ”. Se Moçambique fosse confiável internacionalmente, acrescentou, isso também permitiria às empresas pedir dinheiro emprestado, em termos e condições favoráveis. Isso, disse Rosário, foi o motivo pelo qual o governo chegou a um entendimento de princípio com alguns de seus credores “sobre os termos da reestruturação dos títulos para a dívida soberana resultante da conversão da dívida Ematum”. A Ematum é uma das três empresas relacionadas à segurança que contrataram empréstimos de mais de 2 bilhões de USD, dos bancos europeus Credit Suisse e VTB da Rússia em 2013 e 2014. Os bancos nunca se comprometeram com as três empresas, que agora estão efetivamente falidas. Os empréstimos só foram adiantados porque o Governo anterior, sob a batuta do Presidente Armando Guebuza, emitiu ilegalmente garantias que ultrapassaram o limite máximo do estabelecido pelas leis orçamentais. (Carta, com AIM)