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quarta-feira, 21 novembro 2018 22:57

Caça ao bronze no cemitério de Lhanguene

Uma onda de vandalização de campas, protagonizada por indivíduos desconhecidos alegando procurar bronze, está a registar-se há cerca de dois meses no cemitério de Lhanguene, na cidade de Maputo, retirando a paz dos defuntos e provocando preocupação aos familiares bem como as autoridades administrativas do local.

Campas de algumas famílias da “elite” nacional são o principal alvo dos profanadores que têm atuado a calada da noite. Siba-Siba Macuacua, João Paulo (músico), Boaventura C. Langa Cossa, Firmino dos Santos e Teresa dos Santos (campa única), Paulo Jorge de Almeida, Inácio Vicente Amane, Milagre Moiane, Raimundo Taimo, são alguns nomes cujas sepultaras foram vandalizadas nessa alegada busca pelo bronze. Aquina Macuacua, viuva de Siba-Siba, disse sentir-se constrangida com a situação. Acrescentou ainda que nunca soube que a moldura em volta da foto do seu ente querido tivesse algum valor que provocasse a cobiça de quem quer que fosse.

O fenômeno, que preocupa igualmente as autoridades do “Lhanguene”, obrigou a tomada de medidas adicionais de segurança. O administrador do cemitério, Horácio Maluve, disse que, logo que receberam as primeiras queixas, a Polícia foi chamada a vigiar o recinto ao longo da noite.  Maluve afirmou que já foi identificado pelo menos um dos malfeitores e acredita na neutralização dos protagonistas brevemente. A restauração das campas representa custos tanto para os familiares dos defuntos que pagam pela manutenção dos espaços, como também para a própria administração do cemitério que assume a responsabilidade de garantir segurança às sepulturas. Refira-se que bronze é um metal usado no fabrico de joias, medalhas e pode ser adaptado de acordo com as necessidades dos utilizadores. (Marta Afonso)      

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