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Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

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A Escola Secundária das Acácias (ESDA), adstrita à Universidade Politécnica, conta, a partir do presente ano lectivo, com novas instalações, construídas de raiz, com vista a conferir mais comodidade aos alunos.

 

Erguidas no bairro Triunfo, na cidade de Maputo, numa área de 3000 metros quadrados, as novas instalações comportam um bloco de três pisos, com 24 salas de aula, com capacidade para 25 a 35 alunos, dois laboratórios de informática, um laboratório de física, química e biologia, um auditório, uma biblioteca, uma sala de leitura, entre outros compartimentos, tais como reprografia, sala de professores, gabinete administrativo e centro social.

 

Entretanto, e porque o curriculum da Escola Secundária das Acácias inclui a prática de actividades extracurriculares, dentre as quais o desporto, as instalações incluem, ainda, um campo de jogos numa área coberta de 394 metros quadrados. Intervindo na cerimónia de apresentação e entrega das instalações à comunidade académica realizada na última terça-feira, 5 de Fevereiro, Lourenço do Rosário, presidente do Conselho de Administração do Grupo IPS, entidade instituidora da ESDA e  Universidade Politécnica, referiu que a infra-estrutura reúne todas as condições indispensáveis para um ensino secundário de qualidade. Com as novas instalações, enfatizou Lourenço do Rosário, “renovamos o compromisso de continuar a ministrar um ensino que nos traga segurança e um ensino superior mais tranquilo. Assumimos a responsabilidade de garantir que não haja a acusação das instituições do ensino superior de que os alunos vão às universidades mal preparados”.

 

Na ocasião, a directora-geral do Instituto Médio Politécnico (IMEP) e das Escolas Secundárias da Politécnica (ESDP), Natália Folgado, apontou o facto de os alunos da 10ª e 12ª classes terem obtido, nos exames nacionais de 2018, 98% e 100% de aproveitamento como prova da qualidade do ensino ministrado na ESDA.

 

Natália Folgado considera que as novas instalações, associadas ao crescimento da ESDA, constituem um grande desafio no que diz respeito ao ensino.

 

“O nosso desafio é garantir cada vez mais a qualidade de ensino e a formação de cidadãos para uma sociedade que se mostra cada vez mais competitiva, mais exigente, reflectindo a referência na qual se transformou a nossa escola”, afirmou Natália Folgado. Importa referir que, para o presente ano lectivo, a Escola Secundária das Acácias inscreveu mais de 850 alunos, que, para além das actividades curriculares e extracurriculares, terão ao seu dispor um serviço de apoio psicológico, prestado pelo Gabinete de Atendimento Psicológico (GAP) da Universidade Politécnica(FDS)

A petrolífera Exxon Mobil está a procurar propostas para a realização de atividades de prospeção ao largo da costa de Moçambique, de acordo com um anúncio publicado na imprensa moçambicana de hoje. A firma norte-americana convida "prestadores de serviços de aquisição de dados ambientais e geotécnicos" para testar amostras em três blocos de exploração ‘offshore' (no mar): Angoche A5-B, Zambeze Z5-C e Zambeze Z5-D.Os três blocos, situados sensivelmente na zona centro da costa moçambicana (que tem cerca de dois mil quilómetros de comprimento), foram atribuídos a um consórcio liderado pela companhia petrolífera durante o quinto concurso internacional de petróleo, lançado pelo Governo moçambicano, em 2014, em Londres.

 

Além da Exxon Mobil, com 50% de participação, o consórcio inclui a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH, empresa estatal moçambicana) com 20%, a Rosneft com 20% e a Qatar Petroleum com 10%. Os contratos para prospecção e eventual exploração foram assinados em outubro. "A nossa ambição é trabalhar com o Governo moçambicano, com o objetivo de desenvolver o potencial do país e garantindo, ao mesmo tempo, que os recursos beneficiem também as comunidades", afirmou Jos Evens, diretor geral da ExxonMobil em Moçambique, na altura.

 

A petrolífera já está presente noutro consórcio que deverá começar a explorar gás natural na Área 4, norte do país, a partir de 2022. Os parceiros da Área 4 são a Eni (25%), a ExxonMobil (25%), a CNPC (20%), a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (10%), Kogas (10%) e Galp Energia (10%). (Lusa)

quinta-feira, 07 fevereiro 2019 16:55

Música / Gospel Solidário

Damas de cristo é um movimento cultural feminino composto por várias artistas de diferentes religiões. Este movimento reúne e motiva mulheres a não desistirem de seus sonhos e conquista de espaço e oportunidade nas suas carreiras. Com este show, pretendemos angariar fundos para uma criança de 5 anos de idade que sofre de um tumor e levar o amor ao próximo através da arte.

 

(09 de Fevereiro, das 17 às 20Hrs no Centro Cultural Brasil-Moçambique)

quinta-feira, 07 fevereiro 2019 12:21

Isaltina de Sales Lucas exonerada

Isaltina de Sales Lucas foi hoje exonerada do cargo de Vice-Ministra da Economia e Finanças. A notícia foi avançada pela TVM, citando uma fonte da Presidência da República. Não foi explicada a razão da sua exoneração. Aquando da contratação das chamadas “dívidas ocultas”, em 2013/14, Isaltina desempenhava o cargo de Directora Nacional do Tesouro e deu pareceres positivos para a avalização da operação pelo antigo Ministro Manuel Chang. 

 

Ela foi depois indicada para membro do “board” da Ematum, tendo recebido remunerações em virtude dessa posição. Ela consta de uma lista de 16 figuras sobre as quais a PGR exige responsabilidades financeiras pelo seu papel na contratação das dívidas ocultas. 

 

Este processo encontra-se em apreciação numa das secções do Tribunal Administrativo. A infracção prevista para cada um dos 16 é uma multa correspondente a soma de alguns salários. “Carta” sabe que Isaltina Lucas não foi constituída arguida no âmbito do processo 1/PGR/2015, sobre as dívidas ocultas, que já tem cerca de 30 figuras sobre as quais existem indícios forte de participação criminosa no calote. (Carta)

Numa incursão esta madrugada à aldeia de Piqueue, no Posto Administrativo de Quiterajo, que dista 54 km da vila sede de Macomia, os insurgentes mataram 7 pessoas e raptaram 3 meninas, de acordo com relatos de fontes de “Carta de Moçambique” no terreno. O ataque aconteceu esta madrugada. Não houve queima de residências. Em Piqueue praticamente nenhum dos seus habitantes pernoita nos seus aposentos. Quando escurece, todos procuram um refúgio no mato, escondendo-se entre grutas. 

 

Quando os atacantes entraram nesta madrugada foi isso que encontraram: uma aldeia completamente vazia. Decidiram vasculhar os esconderijos e quem foi encontrado foi morto ali mesmo. Os que escaparam encontraram esta manhã 7 corpos decapitados. Três meninas foram dadas por desaparecidas. (Carta)

O antigo PCA do Moza Banco, Prakash Ratilal, reagiu ao artigo da publicação portuguesa “África Monitor”, estampado ontem na “Carta de Moçambique”, no qual se lhe imputa uma intenção de partir para a luta com o objectivo de recuperar o banco, cuja gestão passou da Moçambique Capitais para a Kuhanha, o fundo de pensões do Banco de Moçambique. 

 

Numa breve nota enviada à “Carta”, Prakash escreve o seguinte: “Sou leitor atento da vossa 'Carta', que desde o primeiro número apresenta informação útil e com isenção. Na edição de ontem, 6 de Fevereiro, foi noticiado um texto intitulado ‘Prakash prepara contra-ataque no Moza Banco’. Quero reafirmar que não me sinto num campo de batalha, em que seja minha/nossa vez de responder a um ataque. Igualmente esclareço que não preparo nenhum ataque a ninguém nem ao Moza, banco que já foi bastante penalizado e que requer tranquilidade para a sua recuperação e progresso”. 

 

Prakash Ratilal clarifica assim que sua postura mantém o mesmo registo em 'low profile', evitando entrar em polémicas e mantendo-se recatado, tal como tem sido desde que o Moza Banco foi intervencionado pelo Banco de Moçambique. (Carta)

quinta-feira, 07 fevereiro 2019 05:02

Livro escolar apenas disponível no mercado informal

Um dos maiores dissabores dos pais e encarregados de educação no dia (05) do arranque oficial das aulas neste ano lectivo foi a falta de livros da 1ª, 2ª e 3ª classes nas livrarias, e sua abundância nos mercados informais como os da baixa de Maputo. Este cenário deixa transparecer a existência de um negócio que tem como origem a própria fonte de distribuição do livro escolar.

 

 Trabalhadores de livrarias contactadas pela “Carta” confirmaram que desde o início deste ano não estão a receber livros da 1ª classe e que os da  2ª e 3ª classes são-lhes enviados em pequenas quantidades. Segundo as nossas fontes,  a grande procura dos livros das 1ª, 2ª e 3ª classes provocou uma rotura de stock. Aventaram a possibilidade de aqueles manuais serem distribuídos nos próximos dias, já que os fornecedores também queixam-se da falta deles.

 

A reportagem do nosso jornal foi à rua para se inteirar deste fenómeno, e pôde confirmar que, de facto, havia falta dos livros das 1ª, 2ª e 3ª classes nas livrarias. Aparentemente, os mesmos livros não existiam nas bancas do informal, mas os vendedores daquele sector do mercado tinham-nos escondidos nas pastas, o que despertou a nossa atenção. Questionámos alguns dos vendedores informais sobre a razão de esconderem os livros, ao que um deles respondeu: “Se queres comprar os livros fica à vontade, mas sobre a proveniência deles não procure saber. Eu apenas compro a alguém”. Acto contínuo, retirou de uma sacola todos os livros das 1ª, 2ª e 3ª classes!(M.A.)

Os avicultores da capital do país prevêm produzir este ano 5.089 toneladas de frango, um aumento de 2% em relação à quantidade produzida no ano passado, 4.997 toneladas. Maputo tem cerca de 300 avicultores, 96% com capacidade para produzir, em média, seis mil ‘bicos’ por mês.  De acordo com a fonte que nos facultou esta informação, o director da Indústria e Comércio da Cidade de Maputo, Sidónio dos Santos, os distritos municipais KaMavota e KaMubukwana lideram a produção, superando KaTembe e KaNyaka. Sidónio dos Santos apresentou também as perspectivas de produção do ovo. “Para este ano esperamos produzir 18.612 dúzias, um crescimento de 46% comparando com a produção de 2018, que foi de 12.721 dúzias”, afirmou.

 

Embora as previsões apontem para mais produção de frangos na capital, os avicultores queixam-se da falta de matadouros para abate, embalagem e venda das aves. A situação faz com que o produto seja comercializado ainda vivo, sem ser submetido a uma análise laboratorial. Para além da falta de matadouros, os produtores de frangos na Cidade de Maputo queixam-se de prejuízos no negócio devido às precárias condições dos aviários, que não aguentam com elevadas temperaturas.

 

O último prejuízo foi registado a 12 de Janeiro passado, com a morte de 35 mil pintos, uma perda avaliada em 3.500.000 Mts. Perante este problema, os produtores sugerem que o Governo crie condições para abertura de uma linha de crédito bonificada, com vista a melhorar os aviários. Questionado sobre este assunto, Sidónio dos Santos disse haver instituições que oferecem crédito, como é o caso do Fundo de Desenvolvimento Agrário e a agência GAPI. No entanto, acrescentou que “o grande desafio dos avicultores é a falta de requisitos para a obtenção de crédito". (Evaristo Chilingue)

 

O já confirmado presidente do Conselho Autárquico de Quelimane, Manuel de Araújo, diz que a única coisa que restou de democrático no MDM é o ‘D’. Acrescenta que os irmãos Daviz e Lutero Simango apropriaram-se das armas que mataram os seus pais para destruir os preceitos da democracia a nível nacional.

 

“Não faz sentido que os filhos de Urias Simango estejam hoje a pactuar com o regime que matou os seus pais, e aplicando os mesmos princípios. O MDM usa as mesmas armas que a Frelimo usou para matar Urias e Celina Simango, com o intuito de matar a democracia em Moçambique”, disse.

 

Para Manuel de Araújo, a petição do MDM remetida ao CC para que ele não tomasse posse hoje (07) como presidente do Conselho Autárquico da capital zambeziana não é sinal de perseguição, como afirmam alguns, mas algo que o deixa indiferente. “Sinto pena do presidente Daviz Simango, seu irmão (Lutero Simango) e outros que militam no MDM”, afirma. 

 

Também falou sobre as mudanças operadas no Município de Quelimane pelo respectivo presidente interino, Domingos Albuquerque, proveniente do MDM. Para Araújo, tratou-se de mudanças que caracterizam os membros do MDM, sempre com objectivo de “assaltar” o erário municipal. “Essas mudanças têm um nome: Tocovismo. O Tocovismo é um pensamento de governação que caracteriza a governação do MDM. Essa doutrina de governação começou em Nampula, e consiste em chegar ao poder, assaltar os cofres do município e depois criar uma situação caracterizada por desordem”.

 

Reagindo ao Acórdão do Constitucional (CC), Manuel de Araújo disse ter sido uma decisão normal. “Este processo todo não era contra Manuel de Araújo. O que estava em julgamento era o nosso sistema de justiça, portanto os nossos juízes não se aperceberam que eles próprios é que estavam a ser julgados pela sociedade nacional e internacional”. Araújo disse ainda que os moçambicanos e o mundo inteiro estão de olhos no sistema de justiça em Moçambique.

 

Acrescentou que o veredicto dado pelo Tribunal Administrativo (TA) acabou pesando negativamente naquela que é a apreciação do mundo e da sociedade moçambicana sobre o próprio TA. O Acórdão do CC é visto por Manuel de Araújo como “um autêntico chumbo ao Tribunal Administrativo e seus respectivos membros”. Referiu que “o Conselho Constitucional com o seu veredicto acabou trazendo justiça e em última instância salvar a sua própria imagem, dando alguma esperança de que com um trabalho árduo será possível sairmos do descrédito em que se encontra o nosso sistema de justiça”. Por decisão do CC, Manuel de Araújo será hoje reconduzido ao cargo de líder do Município de Quelimane, durante a tomada de posse dos 53 presidentes dos Conselhos Autárquicos saídos das eleições do dia 10 de Outubro do ano passado. (S.R.)

ANADARKO ANADARKOO

A empresa Anadarko pretende adquirir seis veículos blindados para proteger seus projectos de exploração de gás natural na Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, face à intensificação nesta província de ataques perpetrados por grupos armados. A Anadarko reage assim ao facto de os grupos atacantes estarem cada vez mais perto da região onde se encontram os seus projectos, bem como de outras companhias na região. 

 

Um dos ataques, que resultou na morte de duas pessoas e incêncdio de quatro casas e algumas mercearias, deu-se no passado dia 20 de Janeiro a 7 km de Afungi, onde a petrolífera Anadarko opera. Esta ocorrência fez com que volvidos 10 dias, a Anadarko tomasse a decisão de lançar um concurso, convidando entidades interessadas a apresentarem uma manifestação de interesse para o fornecimento de seis blindados (B6) e serviços de mecânica e gestão da frota, em apoio ao seu  projecto de LNG Mozambique. 

 

Os B6 são veículos blindados impenetráveis para um projéctil de uma espingarda-metralhadora de calibre 7,62mm, como é o caso de uma AK-47. No anúncio que publicou solicitando manifestações de interesse para o fornecimento de seis veículos blindados, a petrolífera  realça a urgência que tem em adquirí-los  afim de garantir os indispensáveis trabalhos em curso relacionados com a exploração do gás natural. (E.C.)