A juíza portuguesa Helena Susano poderá testemunhar como perita legal ao lado dos procuradores federais dos Estados Unidos da América (EUA) no caso das “dívidas ocultas” de Moçambique, em Nova Iorque. Helena Susano deverá ser chamada pelos procuradores norte-americanos a testemunhar no tribunal de Brooklyn, Nova Iorque, sobre legislação moçambicana relativa a corrupção e subornos, antes do início do julgamento, a 07 de outubro.
A exoneração, na passada terça-feira, pelo Presidente da República, de Rosário Fernandes, da direcção máxima do Instituto Nacional de Estatística (INE), continua a causar indignação. Uns reagem em surdina e outros preferem dar a cara, em nome do que chamam de injustiça em relação à justiça.
Dos que criticam, publicamente, a decisão está a plataforma das Organizações da Sociedade Civil, denominada Votar Moçambique, que nesta quarta-feira emitiu uma nota de imprensa, afirmando solidarizar-se com o ex-Presidente do INE, assim como disse regozijar-se pela sua postura íntegra como servidor público.
Segundo o consórcio, constituído por seis organizações da Sociedade Civil, com a saída de Fernandes, a administração pública moçambicana “perde um líder comprometido e exemplar na construção do país”. Aliás, o consórcio entende ter sido um bom exemplo de idoneidade, ética, integridade e cometimento com a causa pública, o pedido de demissão apresentado pelo gestor, “depois de ter sido, publicamente, enxovalhado pelo Presidente da República, ao referir que quem não andasse em consonância com ditames da hierarquia seria ‘tirado como capim’”.
A plataforma, criada ano passado para fiscalizar as eleições autárquicas de 2018 e gerais de 2019, reitera ainda a necessidade de um esclarecimento aos polémicos números do recenseamento eleitoral, na província de Gaza. “É que os dados apresentados pelo STAE [Secretariado Técnico da Administração Eleitoral] continuam envoltos em suspeições, nada dignos aos desígnios de transparência requeridos, o que em si atenta contra a integridade e a credibilidade de todo o processo eleitoral. Igualmente, lamentam a recusa, pelos órgãos eleitorais, da realização de uma auditoria aos resultados do censo eleitoral em Gaza, crucial para o esclarecimento da opinião pública em relação a esta matéria”, sentencia o documento.
Referir que fazem parte da plataforma Votar Moçambique o Centro de Integridade Pública (CIP), Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE), Fundação MASC (Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil), Fórum Nacional das Rádios Comunitárias, Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil e a WLSA Moçambique. (Carta)
Vinte e quatro horas depois do presidente da autoproclamada "Junta Militar da RENAMO”, Mariano Nhongo, ter ameaçado, em entrevista à DW África, inviabilizar a realização das eleições gerais de 15 de Outubro, em Moçambique, a Resistência Nacional Moçambicana [RENAMO], através do seu porta-voz, José Manteigas, diz que esta ameaça configura um crime.
A população residente na aldeia de Quelimane, no povoado de Camalinga, no distrito de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado, voltou a viver episódio de terror, protagonizado por um grupo ainda desconhecido que, há quase dois anos, vem aterrorizando os distritos da zona norte daquela província.
Segundo apurou a nossa equipa de reportagem, na tarde da última terça-feira (27 de Agosto), uma viatura da marca Toyota, modelo Land Cruiser, pertencente a um empresário local, conhecido nos meandros empresariais por John Loca, foi atacada pelos insurgentes, tendo sido decapitado, conjuntamente com o seu amigo. As fontes contam que as vítimas terão sido surpreendidas com uma rajada de tiros, provenientes dos dois lados da via.
Fontes residentes naquele distrito contam ainda que, na passada segunda-feira, um líder comunitário terá sido decapitado na aldeia Uló. A vítima, segundo apurámos, apanhou a morte, quando se deslocara àquele local à busca de produtos alimentares.
Entretanto, por outro lado, fontes militares afiançam que, no último sábado, um jovem empresário de “sucessoʺ e também natural de Mocímboa da Praia, de nome Aly Nuro, foi detido pela Polícia por, supostamente, estar ligado aos insurgentes. (Omardine Omar)
O cerco ao grupo de choque do partido Frelimo, o G40, cuja génese remota ao reinado de Armando Guebuza continua. Depois de na última semana ter, praticamente, “eliminando” dois, nomeadamente Alexandre Chivale e Filimão Suaze, o Presidente da República “tirou de circulação” mais um integrante do grupo. Chama-se Filipe Sebastião Sitoi, jurista e docente universitário.
O governo já assegurou alternativas ao grupo sul-africano Tongaat Hulett para manter em funcionamento as unidades produtoras de açúcar de Xinavane, na província de Maputo, e Mafambisse, em Sofala, garantiu terça-feira o ministro da Indústria e Comércio.
Ragendra de Sousa disse ainda ao matutino Notícias, de Maputo, que investidores interessados nas duas unidades visitaram no passado domingo a de Xinavane, tendo seguido segunda-feira para Mafambisse, a fim de avaliarem o estado das duas fábricas e campos de cana-de-açúcar.
“Temos a situação controlada”, afirmou de Sousa, que prestava declarações em Ricatla, distrito de Marracuene, onde decorre até domingo, 1 de Setembro, a 55ª edição da Feira Internacional de Maputo.
O ministro, que se escusou a divulgar o nome do investidor interessado nas duas fábricas, acrescentou ter agora de ser a administração do grupo sul-africano a dizer o que pretende fazer.
O grupo Tongaat Hulet controla 85% do capital social da unidade de Mafambisse e 88% da de Xinavane, sendo esta última a maior produtora de açúcar de Moçambique com uma capacidade instalada de 250 mil toneladas por ano e uma produção que excedeu 200 mil toneladas em 2018.
Em Junho foi anunciado ter o grupo sul-africano comunicado verbalmente aos trabalhadores da fábrica de açúcar de Mafambisse e ao governo de Moçambique que iria abandonar a actividade na região.
Esse abandono seria consequência dos problemas financeiros em que o grupo está envolvido no país de origem, onde apresenta uma dívida bancária de cerca de 11 mil milhões de rands (767 milhões de dólares). (Macauhub)
‘CIN PINTA PELA PAZ’ é o mote para uma acção que promete pintar Maputo e encher as ruas da capital com as cores da paz e do talento moçambicano. O desafio foi feito pelas Tintas CIN que, em colaboração com a agência de comunicação GROW, convidaram 10 artistas moçambicanos a pintar 10 quadros em 10 outdoors, localizados em diversos pontos da cidade.
Os artistas pintaram os seus quadros ao vivo durante os dias 26 e 27 de Agosto, estando previsto que as telas estejam em exibição nos outdoors até dia 25 de Setembro, transformando Maputo numa galeria de arte ao ar livre durante cerca de um mês.
A acção é apadrinhada pelo consagrado pintor moçambicano Celestino Mudaulane, que está a realizar a selecção, coordenação e direcção artística da exposição. Fazem parte desta acção os pintores Leodino Langa, Gumatsy, Orquídeo Marrengula, Bernardo Jamisse, Fiel, Djive, Jamal, Carmen, Saranga e Bias.
As telas foram pintadas com tintas e cores da CIN e estarão à venda durante o tempo de exibição, podendo ser compradas directamente aos artistas. Os contactos dos artistas estão visíveis nos próprios outdoors.
Para Celestino Mudaulane, director artístico da exposição, “esta é uma oportunidade única de levar a arte e o talento moçambicano a todos os cidadãos de Maputo convidando o País inteiro a unir-se por um bem tão colorido como é a Paz”.
José Souza Soares, Director Comercial das Tintas CIN Moçambique, explica que “com esta acção contribuímos com os nossos produtos para a criação de uma atmosfera artística e colorida, valorizando o talento dos artistas locais e enchendo as ruas da capital com as cores da paz, envolvendo toda a comunidade num projecto que passa, desta forma, a ser de todos”. (Carta)
Governo e seus parceiros, nomeadamente o Reino da Noruega, Banco Mundial, Banco Islâmico de Desenvolvimento, Banco Africano de Desenvolvimento, Fundo da Opec para o Desenvolvimento Internacional e o Banco de Desenvolvimento da África Austral assinam na tarde de hoje, em Maputo, acordos de financiamento de 550 milhões de USD assegurados para a construção da Linha de Transporte de Energia Maputo-Temane, província de Inhambane.
A informação foi avançada, ontem, pelo Ministério dos Recursos Minerais e Energia, em uma nota de imprensa. De acordo com a referida fonte, a Linha Temane-Maputo, cujo nível de tensão é de 400 kV, comporta 563 Km, com três subestações, sendo uma no distrito de Vilankulo, outra no Chibuto e a terceira em Matalane, no distrito de Marracuene.
A linha de transmissão de energia entre Maputo e Temane é uma iniciativa do Governo de Moçambique e empresa Electricidade de Moçambique, que visa permitir maior segurança e disponibilidade de energia para vários projectos sócio-económicos nas províncias de Inhambane, Gaza e Maputo, para além de viabilizar novas ligações a novos clientes. (Carta)
O transporte de carvão conheceu uma redução em 12 por cento, durante o primeiro semestre deste ano, no Corredor de Nacala, ao serem transportadas 4.683 mil toneladas contra 5.311 mil toneladas transportadas de Janeiro a Junho de 2018.
A informação foi revelada esta terça-feira pelas empresas do Corredor de Nacala (CDN e CLN), durante a apresentação, em conferência de imprensa, dos resultados operacionais e financeiros do primeiro semestre do ano em curso e as actividades de desenvolvimento local.
Segundo Welington Soares, Presidente do Conselho de Administração das Empresas do Corredor de Nacala, a redução no transporte do carvão deveu-se à menor oferta do produto para carregar/transportar por parte das mineradoras que exploram aquele recurso mineral na província de Tete.
Segundo aquelas empresas, ainda de Janeiro a Junho houve registo negativo no concernente ao embarque, ao descer 9 por cento, ao ter-se embarcado 4.470 mil toneladas contra 4.914 mil toneladas de igual período de 2018.
Entretanto, de acordo com o comunicado de imprensa, partilhado pelas empresas, na tarde desta terça-feira, o Porto de Nacala manuseou, durante o primeiro semestre, 1.020 mil toneladas contra 881 mil toneladas de 2018, o que representa uma evolução de 16 por cento. Na ferrovia foram transportados durante o mesmo período um total de 240 mil toneladas contra cerca de 224 mil toneladas do primeiro semestre de 2018, uma evolução de 7 por cento.
“A evolução da carga geral deveu-se aos investimentos feitos ao longo da linha ferroviária e em equipamentos no Porto de Nacala”, disse Welington Soares, Presidente do Conselho de Administração das Empresas do Corredor de Nacala.
No transporte de passageiros, foram movimentadas 256 mil pessoas contra 234 mil de 2018, uma evolução de 9 por cento, impulsionada pelas melhorias contínuas nas carruagens e investimentos contínuos de reabilitação de trechos da linha Cuamba-Lichinga.
Resultados Financeiros das empresas do Corredor (CDN e CLN)
Em relação à receita da logística de carga geral e carvão, no primeiro semestre, as duas empresas fecharam com um aumento de 9 por cento se comparado com o mesmo período de 2018. Concretamente, a produção do Corredor originou a receita de 307,1 milhões de USD contra 281,3 milhões de USD de igual período de 2018. Em relação às contribuições para o Estado, nomeadamente, taxas de concessão de carvão e carga geral, INSS, IRPC e IRPS, o montante cifrou-se em 42.704 mil US D. (Carta)
Os voos da empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), companhia aérea de bandeira, já dispõem de serviço de entretenimento a abordo Wi-Fi. O serviço consiste na distribuição de sinal Wi-Fi a bordo para os passageiros acederem a conteúdos de entretenimento através dos seus aparelhos electrónicos, como telemóveis e tablets.
De acordo com o anúncio publicitário da companhia, os conteúdos estarão disponíveis no site flylam.everhub.aero, que pode ser acedido através de qualquer navegador de internet. A LAM explica, porém, que em alguns aparelhos Android os usuários serão solicitados a baixar o aplicativo “Player de Entretenimento”, de modo a acederem aos conteúdos publicados.
Numa primeira fase, garante a companhia, estão disponíveis séries televisivas em português e inglês nas categorias de drama, comédia e infantil. A posterior, serão adicionais jornais electrónicos, revistas e outros tipos de conteúdos televisivos.
A LAM avança ainda que o sistema já se encontra disponível em duas aeronaves do tipo Boeing 737-700 NG. (Carta)