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Actualizado de Segunda a Sexta

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Empresas, Marcas e Pessoas

A TotalEnergies SE anunciou segunda-feira a aquisição da rede de retalho, negócio grossista de combustíveis e activos logísticos da BP PLC em Moçambique. A transação abrange uma rede de 26 postos de serviço, uma carteira de clientes empresariais e 50% na Samcol , empresa de logística anteriormente detida conjuntamente pela TotalEnergies e pela BP, que opera os terminais de importação de combustíveis da Matola, Beira e Nacala.

Os detalhes financeiros da aquisição não foram divulgados.

 

Com esta aquisição, “a TotalEnergies reforça a sua posição como o principal retalhista de produtos petrolíferos no país", afirma a empresa. A TotalEnergies opera nos segmentos de Exploração & Produção e Marketing & Serviços em Moçambique, tendo no mercado uma rede nacional de postos, clientes industriais e de mineração, lubrificantes e logística.

 

Antes da aquisição dos activos da BP, a TotalEnergies Marketing Moçambique tinha uma quota de mercado estimada em cerca de 14% no retalho de produtos petrolíferos para mobilidade. (Carta)

segunda-feira, 31 janeiro 2022 07:55

Revista Índico novamente em papel

A revista de bordo da LAM (Linhas Aéreas de Moçambique), a Índico, considerada a melhor revista de bordo do continente africano nos anos 2020 e 2021, pela Organização Mundial do Turismo, voltou a ser produzida em papel, neste mês de Janeiro, mantendo, contudo, a sua veiculação online pelas redes sociais.

 

Interrompida há mais de um ano, devido à pandemia Covid-19, o regresso à impressão em papel daquela publicação, explica a Executive Moçambique, editora da revista, decorre, sobretudo, da enorme pressão feita pelos leitores.

 

Assim, a Executive Moçambique, em parceria com a LAM, entendeu que o esforço devia ser feito também em resultado dos feitos alcançados pela Índico nos últimos anos, honrando, dessa forma, a publicação.

 

Em comunicado de imprensa, a Executive Moçambique defende que o regresso da revista Índico em papel será valorizado por marcas e produtos que encontrarão, na publicação, a melhor forma de se divulgar, permitindo aumentar a sua notoriedade, vendas e contribuir para o reforço da economia nacional. (Carta)

sexta-feira, 28 janeiro 2022 09:10

A "mão dura" do Almirante Joaquim Mangrasse

Foi empossado, em Março de 2021, como Chefe do Estado Maior-General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) em substituição do falecido General Eugénio Mussa, que perdeu a vida três semanas após ter sido nomeado para o cargo. Chama-se Joaquim Rivas Mangrasse, o homem que está a lavar toda a roupa suja que encontra nas FADM. E entre as mudanças por ele introduzidas, inclui-se as visitas relâmpagos a quartéis e instituições militares sem escolta.

 

No passado dia 18 de Janeiro, através de uma circular com número 01/GAB/CEMG/2022 directamente emitida do Estado-Maior General, assinada pelo Almirante e suportando-se na alínea h do nº 3 do Artigo 8 da estrutura orgânica das FADM aprovada através do Decreto nº 71/2021 de 30 de Dezembro, o Almirante Joaquim Rivas Mangrasse determinou "a proibição do envolvimento dos sectores de finanças das FADM da retenção de parte do salário para amortização das prestações de empréstimos bancários contraídos pelos militares".

 

Segundo consta na circular, a razão desta medida prende-se com o facto de os empréstimos bancários feitos por membros das FADM se enquadrarem na relação singular do cliente com a instituição credora, onde o militar, como qualquer cliente, responde unilateralmente para contracção e amortização da dívida.

 

Um outro facto, segundo fontes da "Carta", introduzido pelo Almirante Mangrasse logo que chegou à chefia das FADM, foi "desmontar" todos os quadros que há décadas estavam em posições estratégicas dentro da logística, informação, enquadramento militar e outras, havendo alguns que receberam férias prolongadas e outros que foram transferidos para sectores de pouca intervenção.

 

Entretanto, contam as fontes, a decisão deixou alguns "influentes quadros superiores" com os nervos à flor da pele e outros começaram a descobrir que padeciam de certas doenças de que durante décadas não sofriam.

 

De acordo com as fontes, em relação aos militares presentes em zonas de conflito como Cabo Delgado, foram proibidos de usar telemóveis ou tirar fotografias de militares aprumados em locais de combate.

 

Foram igualmente proibidos de fazer filmagens e partilhas em grupos de redes sociais, como grupos de whatsapp de militares, onde se partilha vídeos e fotos que às vezes vazavam, colocando em choque as lideranças das FADM e as organizações da sociedade civil, à semelhança do polémico vídeo duma mulher regada por balas e que as autoridades negaram qualquer relação com as FADM.

 

De referir que quando em 2015 foi nomeado como Comandante da Casa Militar, foi fortemente contestado nos momentos iniciais por ter alterado a ementa. Antes da sua chegada, um frango era servido a quatro pessoas, mas ele decidiu que fosse para 12, assunto que mais tarde viria a ser resolvido. Já em 2019, o Almirante Mangrasse exigiu que houvesse aumento salarial, melhoria de condições e aumento do efectivo na Casa Militar, uma exigência satisfeita pelo governo (OOmar)     

Milhares de jornalistas de todos os estados do México manifestaram-se terça-feira para exigir justiça e o fim da violência contra profissionais da comunicação social após os mais recentes assassínios de repórteres.

 

O protesto nacional surgiu em resposta ao mais recente homicídio da jornalista Lourdes Maldonado, baleada à porta de casa na cidade de Tijuana, apesar de beneficiar do programa de Proteção dos Jornalistas da Baja California, na sequência de uma disputa legal com o antigo governador Jaime Bonilla, membro do Movimento de Regeneração Nacional.

 

As mobilizações tiveram lugar em 47 cidades de todo o país contra a violência sobre os jornalistas, que continua a aumentar desde a tomada de posse do Presidente, López Obrador.

 

A manifestação na Cidade do México foi uma das maiores, com centenas de jornalistas a protestar em uníssono num evento sem precedentes no México, em frente ao edifício do Ministério do Interior.

 

Segundo a organização não-governamental (ONG) Artigo 19, pelo menos 143 jornalistas foram assassinados no país desde 2000, 28 dos quais desde que o Presidente tomou posse em dezembro de 2018.

 

"A violência contra a imprensa é um dos problemas históricos que a sociedade enfrentou e infelizmente está a aumentar", disse o responsável pela comunicação da ONG de direitos humanos fundada no Reino Unido.

 

"As ações do Estado não são suficientes, a boa vontade não é suficiente", acrescentou Juan Vázquez.

 

Tanto o sistema federal como os programas estatais são confrontados com agressões, homicídios e violência contínua a que muitos dos jornalistas do país estão sujeitos, com o Artigo 19 a denunciar que se regista um ataque à imprensa a cada 12 horas no México.

 

Na terça-feira, o gabinete de segurança do Governo mexicano anunciou que, sob "instruções presidenciais", tinha enviado uma equipa especializada para a cidade de Tijuana, no estado da Baixa Califórnia, para apoiar as investigações sobre o assassínio de dois jornalistas na semana passada.

 

Para além destes, a 10 de janeiro, José Luis Gamboa Arenas, diretor dos meios digitais Inforegio, foi assassinado em Veracruz, um estado do leste do México.

 

A mobilização histórica para protestar contra a violência contra jornalistas, liderada por milhares de jornalistas mexicanos, teve lugar em praticamente todos os 32 estados do país para exigir justiça para os seus três colegas recentemente assassinados, mas também para aqueles que foram mortos em anos anteriores.

 

Segundo os Repórteres sem Fronteiras (RSF), pelo menos sete jornalistas foram mortos no México em 2021, o que o torna "o país mais mortífero do mundo para a imprensa".

 

O México ocupa o 143.º lugar entre 180 países no Índice Mundial de Liberdade de Imprensa de 2021 da RSF. (Lusa)

Vinte e sete mortos e quatro feridos, dos quais três em estado grave, é o balanço do acidente de viação ocorrido no sábado (22) ao longo da Estrada Nacional Número um (EN1) no troço de Mirrongane, na localidade de Lualua, distrito de Mopeia, na província da Zambézia. 

 

O sinistro aconteceu quando um camião de grande tonelagem colidiu com um transporte semi- colectivo de passageiros que fazia o trajecto cidade de Quelimane/Mopeia. Dos 27 mortos, 23 vinham no mini-bus e os restantes no camião pesado.

 

Entretanto, dados colhidos pela nossa reportagem indicam que o mini-bus estava superlotado, para além de que não tinha a lista de passageiros na saída do parque, alegadamente porque pertencia a um agente de trânsito. Na altura do acidente, o mini-bus estava a fazer a segunda viagem.

 

O Governo provincial da Zambézia criou uma comissão de trabalho multi-sectorial, composta pela Polícia de Trânsito, INATRO, Associação dos Transportadores e outras entidades, para apurar as reais causas do acidente e produzir o relatório num prazo de quinze dias.

 

Segundo Jabula Zibia, porta-voz dos Serviços de Representação de Estado na Zambézia, à saída do mini-bus do parque levava 23 passageiros, incluindo três menores que estavam na companhia dos seus parentes. Do local do acidente, três corpos foram levados para o distrito de Mopeia e os restantes à morgue do Hospital Central de Quelimane.

 

Reagindo ao acidente, o Presidente do Conselho Autárquico de Quelimane, Manuel de Araújo, descreveu o sinistro como brutal, acrescentando que recebeu a informação com profundo pesar. Entre as vítimas, está o filho do primeiro secretário do Comité Distrital de Mopeia, que em vida respondia pelo nome de Tosé Francisco Magiga.

 

O Partido Frelimo exortou a todos os automobilistas a pautarem por um espírito de solidariedade e ponderação ao se fazerem às estradas durante esta época chuvosa, conduzindo com prudência e responsabilidade. (OOmar)

sexta-feira, 21 janeiro 2022 13:06

Jeremias Langa deixa a STV

O jornalista Jeremias Langa anunciou hoje o seu desligamento do Grupo Soico, que detém a STV e edita o jornal ”O País", onde ele já foi Diretor editorial. Num breve contacto com “Carta”, há poucos minutos, Langa disse que deixava o grupo Soico de forma amigável. Na altura de contacto, ele disse que se encontrava a almoçar com algumas figuras-chave do Grupo Soico. No final da manhã de hoje, Jeremias Langa colocou a circular uma nota dando conta da sua saída da estação criada e dirigida por Daniel David. Eis o texto, na íntegra:

 

Caros amigos

 

Deixei de fazer parte do Grupo SOICO, formalmente, a partir de hoje. Decidi encerrar este ciclo e desafiar-me noutras direcções. Foram praticamente 22 anos excitantes em que contribuí, activamente, para erguer, mais do que um grupo de média, uma plataforma que ajudou a aprofundar o espaço do debate e das liberdades democráticas no país. Estou profundamente orgulhoso pelo percurso trilhado, pelo que representa hoje o Grupo SOICO no espaço mediático nacional e quiçá internacional e, sobretudo, pelo papel tutelar no “boom” de média que hoje se assiste no país. Ao longo destes cerca de 22 anos, recebi apoio, elogios e críticas de pessoas dos mais diversos quadrantes. Agradeço a todos, pois cada palavra dessas pessoas me ajudou a melhorar e a crescer como pessoa e como profissional da comunicação social. Como sói dizer-se, a obra é sempre mais importante e valiosa que os protagonistas. Estes passam, mas aquela permanece. Por isso, faço votos para que os que ficaram, continuem esta jornada. Um abraço.

 

Jeremias Langa

(Carta)