A Activista Global dos Direitos Humanos, Fundadora e Presidente do Conselho de Administração da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade e Presidente da Graça Machel Trust, Graça Machel, foi galardoada ontem, no Brasil, pelo Troféu Raça Negra 2022, em virtude dos seus valiosos préstimos na luta em prol da igualdade, justiça e respeito a cidadãos negros.
A atribuição do troféu a Graça Machel é um acto de reconhecimento da Afrobras – Sociedade Afrobrasileira de Desenvolvimento Sócio Cultural e da Universidade Zumbi dos Palmares, sinalizando o respeito e reconhecimento internacional à Senhora Machel.
O troféu Raça Negra 2022 foi atribuído a 16 personalidades influentes a nível mundial, entre as quais se destacam duas moçambicanas com projecção internacional: Graça Machel e Paulina Chiziane. Integram ainda a lista de galardoados Dilma Roussef, antiga Presidente do Brasil; e Inês Maria dos Santos Coimbra de Almeida Prado, primeira negra a assumir a Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de São Paulo, entre outras.
A Afrobras e a Universidade Zumbi dos Palmares são dos mais importantes Organismos do Brasil voltados à inclusão, promoção e valorização do jovem negro na educação, ensino superior, cultura, mercado de trabalho, qualificação e empoderamento político e social.
Por ocasião desta efeméride, a FDC expressa o seu grande júbilo por mais este reconhecimento concedido à nossa estimada Mamã Graça Machel cuja luta pela igualdade, justiça e respeito tem sido uma verdadeira inspiração para, com actos concretos, abraçarmos a causa e inspirar todas as forças vivas em Moçambique a uma acção colectiva e consentânea com os valores que a Senhora Machel sempre advogou para a sua materialização. (Carta)
A UNIDO junta-se ao resto do continente para comemorar o Dia da Industrialização de África. O dia será celebrado sob o lema "Industrialização de África": Renovado compromisso para uma Industrialização Inclusiva e Sustentável e Diversificação
Económica", estabelecido pela Organização da União Africana
O Dia da Industrialização de África deste ano chega num período em que governos e organizações em vários países africanos consideram como acelerar a industrialização do continente, independentemente dos múltiplos desafios, incluindo conflitos armados, aumento da insegurança alimentar e energética, inflação e dívida em alta, redução do espaço fiscal e aumento das catástrofes climáticas.
Apesar destes desafios, África inclui algumas das economias de crescimento mais rápido do mundo com potencial para liderar a transição energética global. A economia Moçambicana, por exemplo, cresceu a uma taxa relativamente elevada, ou seja, a uma média anual superior a 7%. Tem assim crescido quase duas vezes mais depressa do que a média da África subsariana, e tem continuado a crescer rapidamente mesmo com a prolongada crise económica internacional que afectou as
economias mais desenvolvidas durante a última década. i
O crescimento exponencial não obstante, o fraco crescimento e diversificação das actividades industriais e dos produtos manufacturados; a falta de ligações interindustriais, incluindo com a agricultura, pescas e outros sectores relacionados; a fraca produtividade na agricultura tem sido citada como ameaça aos padrões de crescimento sustentável em Moçambique.
Assim, são necessárias parcerias público-privadas reforçadas e cooperação multilateral para promover o desenvolvimento industrial inclusivo, resistente e sustentável em África. Uma nova arquitectura financeira com maior acesso ao financiamento e menor custo do capital é fundamental para desbloquear investimentos à escala. Devemos trabalhar colectivamente para impulsionar o empreendedorismo, aproveitar o potencial das novas tecnologias, expandir as oportunidades para os
jovens, mulheres e raparigas, construir a resiliência climática, e fomentar a competitividade e o comércio. Temos também de trabalhar em conjunto para realizar os objectivos da Área de Comércio Livre Continental Africana, da Agenda 2063 da União Africana, e da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável de 2030. No Dia da Industrialização de África, unamos forças para construir um continente mais sustentável, pacífico, e próspero para todos. ii
i. Instituto de Estudos Sociais e Economicos (IESE)
ii. Mensagem do Secretário-Geral da ONU no dia da industrialização de África
Quatro pescadores, naturais e residentes na sede do posto administrativo de Mbau, distrito de Mocímboa da Praia, foram mortos na última quarta-feira, nas margens do rio Messalo, por homens armados supostamente integrantes de pequenos grupos de terroristas, que ainda circulam naquela região.
As vítimas tinham-se deslocado ao rio Messalo para pescar, convencidas que a situação de segurança estava totalmente controlada, uma vez que as pessoas foram autorizadas a regressar às suas aldeias, abandonando assim os locais de acolhimento na vila de Mocímboa da Praia.
Fontes disseram à "Carta" que no total eram Cinco pescadores que, recentemente, regressaram à sede posto administrativo de Mbau, no âmbito do retorno das famílias deslocadas devido aos ataques terroristas. Os cinco caíram nas mãos dos atacantes, mas um foi liberto para dar a conhecer sobre a existência daquele grupo, enquanto os outros quatro foram atingidos mortalmente. Refira-se que, em menos de dois meses, dois esconderijos de armas pertencentes aos terroristas foram descobertos pelas forças moçambicanas e do Ruanda no posto administrativo de Mbau. (Carta)
A Galp Moçambique assinalou no dia 17 de Novembro os seus 65 anos de actividade no País, num trajecto histórico de investimentos em infraestruturas que, de algum modo, se confundem e identificam com a história do próprio sector energético do País, e que aceleraram nos últimos 20 anos. Nas duas últimas décadas, a Galp contabiliza um investimento próximo de $1000 milhões em Moçambique.
Embora o grosso do investimento se tenha centrado no desenvolvimento dos projectos de gás natural da Bacia do Rovuma, enquanto parceiro da Área 4, no último par de anos, a Galp renovou grande parte da sua infraestrutura logística e de armazenagem de combustíveis, garantindo a segurança de abastecimento de um bem vital ao conforto das populações e ao desenvolvimento da economia.
Em materialização deste posicionamento, a Galp Moçambique construiu um novo terminal na Matola (GIMTL), outro na Beira (GIBTL), e duplicou a capacidade de enchimento de garrafas de gás doméstico com a construção de uma nova linha completamente automatizada e com um sistema digital de controlo que assegura a correta calibragem, volumes e número de garrafas.
“Ao longo dos últimos 65 anos, a Galp desempenhou sempre de forma activa e consistente um papel dinamizador do setor energético moçambicano, contribuindo para melhorar as condições de vida das famílias e a competitividade das empresas do País,” afirma Paulo Varela, o CEO da Galp Moçambique. “No momento histórico em que o Moçambique se estreia como exportador de GNL, com a expedição da primeira carga do Coral Sul FLNG, em que a Galp também participa, voltamos a estar presentes.”
Dedicando-se a exploração e produção de petróleo e gás natural, refinação e logística de produtos petrolíferos, onde se estende ainda a comercialização de produtos e serviços para clientes e empresas, a Galp é um dos poucos operadores que atuam de forma totalmente integrada em toda a cadeia de valor dos combustíveis em Moçambique.
A nível global, a Galp assumiu o compromisso de dedicar metade do seu investimento anual a novas energias e negócios de baixo carbono, incluindo em energias renováveis, ambicionando tornar-se numa empresa de zero emissões líquidas até 2050, promovendo soluções que visam melhorar a qualidade de vida das pessoas através do fornecimento de energia fiáveis, limpas, acessíveis e inovadoras.
As origens da Galp em Moçambique remontam a 1957, ano em que se estabeleceu uma parceria entre as empresas SACOR e a SONAPMOC, entidades que se dedicavam a distribuição e comercialização de combustíveis e Gás de Petróleo Liquefeito, respetivamente. O evoluir do tempo e das empresas culminou, já no final do século XX, em 1998, com a inauguração do primeiro posto de abastecimento com imagem Galp da Petrogal Moçambique.
A Ernst & Young (EY) realizou, no dia 16 de Novembro, uma palestra alusiva ao empoderamento feminino, na Universidade Pedagógica de Maputo (UPM), na cidade de Maputo. A sessão, que aconteceu no âmbito do Dia Internacional do Estudante, contou com a presença de um grupo de cerca de 50 estudantes, das áreas de Economia, Gestão, Tecnologia e Engenharia.
Esta acção, que se iniciou com uma breve apresentação da EY, uma das maiores consultoras de prestação de serviços no mercado nacional, teve como principal objectivo debater o tema do empoderamento feminino e da igualdade de género. Com o propósito de inspirar e consciencializar as camadas mais jovens para uma mudança de paradigma, a EY apresentou os princípios chave que as empresas e organizações poderão adoptar para combater a desigualdade de género.
Estiveram presentes na sessão várias colaboradoras da Consultora que abordaram conceitos básicos sobre o empoderamento feminino e partilharam um pouco sobre as suas experiências pessoais. Para Sylla Dulobo, responsável pelo departamento administrativo da EY, “o empoderamento feminino é dar poder à mulher para que possa decidir a sua vida, tomando as suas próprias decisões”. “A mulher pode ser tudo aquilo que ela quiser. Pode ser uma profissional de sucesso e em simultâneo ser uma boa esposa e uma boa mãe”, sustentou. “Apesar de considerar que as mulheres ainda têm um longo caminho a percorrer para conseguirem superar preconceitos sociais, acredito que é possível lutar por uma sociedade mais igualitária”, reiterou ainda Sylla Dulobo.
Ao longo da sessão muitos foram os estudantes que participaram no debate, mostrando vontade de quebrar barreiras sociais e de se tornarem agentes de mudança na sociedade moçambicana. “Infelizmente por questões culturais muitos jovens ainda acreditam que certos cursos não devem ser frequentados por mulheres. De alguma forma acredito que esta palestra irá fazer com que muitos colegas analisem e reflitam sobre este tema”, afirmou Suleina Manafe, estudante de Engenharia Eletrónica da Universidade Pedagógica de Maputo.
Para Eugénio Gazite, presidente da Associação dos Estudantes da UPM, o tema do empoderamento feminino é de elevada importância no meio académico porque os jovens desempenham um papel importante na comunidade e são o futuro do país. “Esta iniciativa promovida pela EY foi muito positiva porque veio frisar a importância de haver uma mudança comportamental na sociedade, para que no futuro hajam cada vez mais mulheres empoderadas e um mundo onde existe equidade de género”, reforçou o Presidente da Associação de Estudantes.
Ao longo dos anos a EY tem vindo a desenvolver diversos programas de empoderamento feminino como é o caso do ‘EY NextGen Women’, um projecto a nível global que estimula a ascensão da mulher e que permite que tenham uma carreira de sucesso nas áreas de estratégia e transações.
Esta iniciativa reflete o compromisso que a Ernst & Young tem com o empoderamento feminino, mostrando-se uma empresa que respeita a igualdade de género e que promove a diversidade.
O Instituto Industrial e Comercial de Pemba (IICP) e a TotalEnergies EP Mozambique Area 1 Limitada, na sua qualidade de operadora do projecto Mozambique LNG, assinaram hoje, em Pemba, um memorando de entendimento que visa estabelecer as bases para operacionalizar a formação técnico-profissional de 390 jovens em Cabo Delgado. Para a materialização deste memorando, o projecto Mozambique LNG, no âmbito da sua iniciativa CapacitaMoz, vai investir, no primeiro ano de vigência do memorando, cerca de 250 mil dólares americanos.
Neste primeiro ciclo de formação, a capacitação dos 390 jovens moçambicanos vai abranger as áreas de processamento de petróleo e gás, electricidade industrial, mecânica geral e hotelaria e turismo.
Na cerimónia de assinatura deste memorando, que prevê, igualmente, o desenvolvimento de um programa de formação de formadores com enfoque no uso de equipamento relacionado à formação em processamento de petróleo e gás, bem como o apoio na construção duma oficina de mecânica-auto, Acissa Carimo, secretária permanente da Secretaria de Estado do Ensino Técnico-Profissional, afirmou que “a oferta de um ensino técnico-profissional de qualidade e relevante para o mercado de trabalho só se materializa se houver um forte envolvimento do tecido empresarial na vida dos institutos de formação. Neste contexto, queremos saudar a iniciativa da TotalEnergies de se aproximar ao IICP de Pemba, com o intuito de estabelecer uma parceria, visando o melhoramento da oferta formativa e da qualidade dos graduados a serem produzidos.”
Para o director do IICP, Gustavo Barrote, “esta parceria com a TotalEnergies é bemvinda porque vai alavancar as nossas qualificações em termos profissionais e vamos ajudar a colocar os nossos formandos num nível de aulas práticas que coloca os 2 nossos estudantes em pé de igualdade com qualquer instituição de formação técnicoprofissional. Esta verba será canalizada preferencialmente para as qualificações de petróleo e gás, hotelaria e turismo, electricidade industrial e mecânica geral. O país está a crescer, o mercado também está a crescer e acredito que nos próximos anos vamos ter empresas e instituições que possam absorver esta mão-de-obra qualificada.”
Por sua vez, Stephane Le-Galles, director do projecto Mozambique LNG, afirmou: “Apesar de continuarmos em força maior e, portanto, com as nossas operações suspensas, continuamos comprometidos com o desenvolvimento do país e de Cabo Delgado, em particular. O investimento no conteúdo local é parte desse desiderato e um compromisso forte do projecto Mozambique LNG, operado pela TotalEnergies”.
Le-Galles acrescentou que” com a assinatura deste memorando, damos mais um passo na implementação do compromisso assumido ao abrigo do Memorando de Entendimento, assinado com o Governo de Moçambique, em Janeiro passado, relativo à implementação de iniciativas de formação que visam apoiar o desenvolvimento e operação do Projecto Mozambique LNG. Adicionalmente, este acto segue as recomendações do Estudo de Mercado de Cabo Delgado que recentemente realizámos, constituindo, assim, mais um passo importante na implementação da nossa Estratégia de Conteúdo Local, que está em linha com o Programa Único de Conteúdo Local estabelecido pelo Governo. Com efeito, os 390 jovens que vão ser formados vêm juntar-se aos 2500 jovens que vão ser formados num período de 5 anos em Cabo Delgado, numa parceria já em curso entre a TotalEnergies e o IFPELAC, no âmbito da nossa iniciativa CapacitaMoz.”
Le-Galles acrescentou que” com a assinatura deste memorando, damos mais um passo na implementação do compromisso assumido ao abrigo do Memorando de Entendimento, assinado com o Governo de Moçambique, em Janeiro passado, relativo à implementação de iniciativas de formação que visam apoiar o desenvolvimento e operação do Projecto Mozambique LNG. Adicionalmente, este acto segue as recomendações do Estudo de Mercado de Cabo Delgado que recentemente realizámos, constituindo, assim, mais um passo importante na implementação da nossa Estratégia de Conteúdo Local, que está em linha com o Programa Único de Conteúdo Local estabelecido pelo Governo. Com efeito, os 390 jovens que vão ser formados vêm juntar-se aos 2500 jovens que vão ser formados num período de 5 anos em Cabo Delgado, numa parceria já em curso entre a TotalEnergies e o IFPELAC, no âmbito da nossa iniciativa CapacitaMoz.”