Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI

Empresas, Marcas e Pessoas

A New African, uma revista africana, divulgou no seu número de Dezembro a lista das cem personalidades africanas mais influentes de 2022, em diversos domínios de actividade. O moçambicano e activista da Sociedade Civil Adriano Nuvunga é uma das pessoas consideradas pela publicação como guerreiro infatigável contra a corrupção.

 

A lista divulgada este ano pela New African está dividida em várias categorias, entre as quais, política, negócios, sociedade civil, imprensa, religião e tradição, ambiente, entre outras. 

 

A revista refere que, como activista da sociedade civil, Adriano Nuvunga luta corajosamente contra a corrupção em Moçambique. "Como director do Centro para a Democracia e

 

Desenvolvimento (CDD), Nuvunga lidera uma organização que incide sobre a democracia, a juventude, liderança e desenvolvimento, buscando mudança e transformação". 

No passado, ele dirigiu o Centro de Integridade Pública (CIP), organização da sociedade civil que luta contra a corrupção e pela transparência nas Eleições e na Governação. Nuvunga é docente de Ciência Política na Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo. 

Publicou artigos que destacam a necessidade de prestação de contas na governação. Embora seja a face visível da crítica contra a corrupção e não obstante os perigos que essa exposição representa, ele continua a ser um apaixonado pela defesa da integridade e dos Direitos Humanos.

De acordo com a Revista New African, entre as personalidades africanas mais influentes de 2022 estão:

 

1. William Ruto

 

2.Lupita Nyong'o

 

3. Burna Boy

 

4. Benedict Oramah

 

5. Paul Kagame

 

6. Oulimata Sarr

 

7. Peter Obi

 

8. Akinwumi Adesina

 

9. Julius Bio

 

10. Samba Bathlly

 

Associando nomes célebres com os de personalidades menos conhecidas, a revista indica que, ao elaborar a lista, teve em conta as contribuições de algumas pessoas na nova estratégia de desenvolvimento de África. Durante mais de quatro décadas, a New African foi a revista pan-africanista de expressão inglesa mais lida. (Carta)

Maputo recebeu, no sábado, dia 3 de Dezembro, uma prova piloto de golfe designada ‘THE GOLF CUP MILLENNIUM BIM CFAO’. O torneio, que teve lugar no Campo de Golfe da Polana, teve uma grande adesão de participantes revelando-se um enorme sucesso.

 

Por serem os patrocinadores da competição, o Millennium bim e a CFAO deram o nome a este torneio que se espera que venha a ser de referência em Moçambique, sendo este primeiro piloto um ensaio para a realização de um campeonato de golfe em 2023, à semelhança do que já acontece em Angola.

 

Ao todo participaram 40 equipas (80 jogadores) de mais de 30 empresas e instituições de diferentes áreas, desde tecnológicas, Oil&Gas, bebidas (água e cerveja), empresas de distribuição alimentar, operadoras móveis e seguradoras, entre outras.

 

Subiram ao pódio a equipa do Millennium bim que conquistou o 1º lugar; a equipa da Quiz que chegou ao 2º lugar; e a equipa da Heineken que conseguiu o 3º lugar.

 

A prova teve como foco as empresas, marcas e empresários, utilizando a competição de golfe como um espaço de network e palco privilegiado para o desenvolvimento de relações e troca de conhecimento. Cada empresa ou organização teve a oportunidade de inscrever mais de uma equipa, constituída por dois jogadores amadores, com handicap devidamente aferido pela organização ou outro órgão perfeitamente reconhecido e ligado ao golfe.

 

A organização esteve a cargo da Adigeste, empresa com uma vasta experiência nesta área e que, em Angola, promove a realização de eventos de golfe desde 2014, sendo reconhecida pela aposta na qualidade.

 

O torneio, com saídas de duas equipas de dois jogadores, de 10 em 10 minutos, todas do tee 1, foi jogado em 18 buracos, e de acordo com as Regras de Golfe aprovadas pela R&A Limited e ainda as Local Rules, definidas pela Comissão Técnica do torneio.

Foi lançada nesta segunda-feira (5), em Maputo, a identidade corporativa da Sociedade Nacional de Transporte de Energia, SA (STE), que vai permitir cerca de um milhão e meio de novas ligações de Tete a Maputo.

 

Orçada em cerca de 400 milhões de USD, financiados por vários parceiros como o Banco Mundial, que será o maior contribuinte com 300 milhões de USD, o Banco Africano de Desenvolvimento, a Electricidade de Moçambique, entre outros, a empresa é detida em cem por cento pela Electricidade de Moçambique, E.P. ao abrigo da Estratégia Nacional de Energia, para o desenvolvimento do Projecto de Espinha Dorsal, através da construção de cerca de 1400 km de linha de transporte de energia eléctrica, a partir de Tete até Maputo, atravessando as províncias de Sofala, Inhambane e Gaza.

 

Segundo o Administrador Executivo da EDM, Francisco Inroga, espera-se que o projecto entre em funcionamento em Maio de 2024. Entretanto, o mesmo vai afectar cerca de 3.572 infra-estruturas e criar 4.258 novos postos de trabalho.

 

"Com o projecto STE, pretendemos fornecer energia com segurança e qualidade, reduzindo assim os níveis de perdas de energia no Sistema de Transporte", garantiu Inroga.

 

Para o Director Executivo do STE, Adriano Jonas, com este projecto será reforçado todo o sistema de abastecimento de energia por onde as linhas vão passar.

 

"Este projecto vai fornecer a alternativa mais competitiva de energia porque o preço de energia na boca do gerador vai estar abaixo dos seis cêntimos de USD e este é um preço imbatível neste momento", garantiu Jonas. (Marta Afonso)

O Conselho Municipal da Cidade de Maputo distinguiu recentemente a HEINEKEN Moçambique pela sua contribuição no empoderamento da Juventude. De acordo com o CMCM, a empresa apoia diversos projectos que visam a massificação de oportunidades e reconhecimento de jovens destacados.

 

De acordo com o Director Geral da HEINEKEN Moçambique, Roelof Segers, as iniciativas da empresa, consolidando o seu pilar de sustentabilidade, que tem como pilar, o desenvolvimento da comunidade onde o grupo está implantado. Uma das acções de que a empresa toma como desafio, são as de consciencialização da juventude para o consumo responsável do álcool.

 

Lançamos um projecto denominado “"KWALÉ a Ideia”, onde promovemos sentadas com jovens, que é o público que mais consome os nossos produtos, e entender quais são as suas sensibilidades e como percebem sua relação com o álcool. Como uma das maiores produtoras de cerveja do mundo, temos a responsabilidade de sensibilizar as pessoas sobre como consumir as nossas bebidas, e sobre os possíveis danos como consequência da ingestão descontrolada de álcool” Disse Segers.

 

O desenvolvimento do projecto KWALÉ a ideia, mereceu uma distinção da HEINEKEN pela Associação Internacional de Estudantes em Ciências Económicas e Empresariais - AIESEC, que também foi parceira de execução do projecto que atribuiu cerca de cento e cinquenta mil meticais aos vencedores do desafio proposto.

 

O projecto decorreu numa altura em que empresa acaba de lançar no mercado nacional, a cerveja Heineken 0.0, sem álcool na sua composição, com objectivo de oferecer uma bebida que pode ser consumida em todas ocasiões e cultura.

 

Porque estamos comprometidos com a saúde e bem-estar da juventude e da sociedade no seu todo, apoiamos a realização da corrida das Acácias denominada “FNB Maputo 10K” que juntou mais de 3000 participantes. O nosso apoio significa um incentivo a pratica do desporto para uma vida saudável.”

O Access Bank Mozambique acaba de lançar o Access Africa. Trata-se de uma plataforma de transferências internacionais que, a partir dos balcões do Banco em Moçambique, permite aos clientes e não clientes da instituição enviar e receber dinheiro de e para todas as subsidiárias do Grupo, no continente africano. A plataforma permite também o envio de fundos para a Europa e a China, onde o Access Bank detém fortes parcerias.

 

Este novo serviço foi criado com o objectivo de facilitar o pagamento de bens e serviços entre as subsidiárias do Access Bank, limitando o risco associado às transacções transfronteiriças com base em dinheiro. Visa também manter os laços sociais, proporcionando aos turistas, expatriados e profissionais um mecanismo de conexão financeira com os seus ente-queridos.

 

Constituem corredores de envio e recebimento países como o Gana, Nigéria, Gâmbia, Serra Leoa, República Democrática do Congo, Ruanda, Zâmbia, e outras nações em África, Europa e Ásia.

 

Alberto Júnior, Director de Retalho no Access Bank Mozambique, refere que esta plataforma “foi totalmente pensada para facilitar a vida, não só dos clientes do Banco, como do público em geral, sendo que as pessoas não precisam ter uma conta no Access para efectuarem as transferências ou receberem dividendos, desde que cumpram com os requisitos previstos no regulamento da lei cambial”, explicou.

 

Para aceder ao serviço, os clientes devem preencher um formulário atribuído pelo Banco, podendo enviar e receber até o equivalente a 300 mil meticais.

 

Com mais este serviço inovador, o Access Bank Mozambique mantém nítida a sua visão de ser o Banco Africano mais respeitado do mundo, movimentando-se com o intuito de acrescentar valor aos seus clientes e fornecer soluções inovadoras para os mercados e as comunidades onde o Banco opera.

Publicada originalmente, em 1964, a obra “Nós Matámos o Cão Tinhoso”, de Luís Bernardo Honwana, constitui, hoje, um dos marcos fundadores e fundamentais da moderna narrativa de ficção moçambicana. Contos breves, à excepção do primeiro, que dá título ao conjunto das sete histórias, revelam um escritor prodigioso, com apenas 22 anos, e um poder de observação e uma capacidade narrativa exemplares, irrompe nas letras nacionais. O livro, com ilustrações de Bertina Lopes, faz um inteligente escrutínio da realidade social e denuncia uma sociedade colonial injusta e profundamente desigual.

 

Luís Bernardo Honwana começou a publicar histórias na página “Despertar” do matutino “Notícias”. Colaborou em diversos jornais (“Notícias”, “Voz de Moçambique”, “Tribuna”, “Diário de Moçambique” e “A Voz Africana”, na Beira), fez desenhos à pena, participou em exposições de artes plásticas, viu filmes e escreveu sobre o cinema, dedicou-se à fotografia, participou com jornalistas, poetas e pintores na efervescente vida cultural dos anos 60. Para além disso, praticou desporto e foi um activista político contra o regime. Aliás, conheceu, por essa razão, com 22 anos, em finais de 1964, a prisão pela PIDE. Esteve três anos e meio na cadeia, na mesma altura que José Craveirinha, Rui Nogar, Malangatana Valente, entre outros importantes nacionalistas moçambicanos.

 

O livro  “Nós Matámos o Cão Tinhoso” conheceu, ao longo dos anos, edições sucessivas em Moçambique, sobretudo no período pós-independência, bem como diversas traduções, entre as quais “We Killed Mangy Dog and Other Stories”, publicada pela Hinneman, na mítica “African Writers Series”, dirigida pelo escritor nigeriano Chinua Achebe e que incluiu obras de autores africanos emblemáticos como Ngugi Wa Thiong ´o, Sembene Ousmane, Naguib Mahfouz, Wole Soyinka ou Nadine Gordimer, os três últimos laureados com o Prémio Nobel da Literatura. O livro teve múltiplas edições em Portugal e no Brasil.

 

Luís Bernardo Honwana foi jornalista e nacionalista, preso político, combatente pela liberdade, após a Independência de Moçambique desempenhou o cargo de director do gabinete do Presidente da República, foi, sucessivamente,  Secretário de Estado e Ministro da Cultura, fundador da Associação dos Escritores e de outras agremiações como a dos Fotógrafos, estabeleceu e foi primeiro Presidente do Fundo Bibliográfico, membro do Conselho Consultivo da UNESCO, seu representante na África Austral, é, hoje, Director Executivo da Fundação para a Conservação da Biodiversidade – BIOFUND.

 

Em 2017, Luís Bernardo Honwana publicou, 53 anos depois de “Nós Matámos o Cão Tinhoso”, a obra de ensaios “A Velha Casa de Madeira e Zinco”.

 

A editora Marimbique lança, esta segunda-feira, dia 5, em Maputo, uma edição fac-similada da primeira edição desta importante e decisiva obra, numa tiragem limitada, em homenagem ao autor, que celebrou, no dia 12 de Novembro, 80 anos de idade. O livro não terá circulação comercial, destina-se apenas a assinalar o jubiloso aniversário do escritor.