A oitava edição do Lioness Lean in Breakfast que teve lugar, recentemente, na Incubadora de Negócios do Standard Bank, foi marcada pela apresentação do percurso e história da Minimal Living Box, uma startup moçambicana que se propõe a minimizar o problema de habitação em Moçambique.
De acordo com Marta Uetela, fundadora da startup de design e construção modular, a falta de habitação no País, principalmente para os jovens, e os altos preços praticados no mercado imobiliário constituíram motivos para a criação do seu estúdio de design e construção baseada em contentores.
Com este conceito, a jovem, estudante de engenharia mecânica, com uma curta passagem pelo curso de arquitectura, pretende trazer ao mercado nacional uma solução de habitação acessível, flexível, móvel e que esteja ao alcance da capacidade financeira dos jovens, que constituem a maioria da população.
Prova disso é o facto do preço do menor módulo (T1), feito a partir de um contentor de 20 pés revestido de isopor e gesso para absorção de calor, que comporta um dormitório, um espaço para lazer, uma banca de trabalho e casa de banho, estar estimado em 380 mil meticais.
“Trata-se da maior e melhor oportunidade de os jovens terem acesso à habitação e acredito que o mercado está sedento por uma solução do género”, considera Marta Uetela.
Para o Standard Bank, a estória de Uetela, que recentemente participou no #ideate Bootcamp, um programa de imersão empresarial promovido pela Incubadora de Negócios do banco, é uma demonstração clara do seu trabalho para impulsionar as pequenas e médias empresas e promover o empreendedorismo feminino.
“Acreditamos que a actividade económica é uma das formas de colocar em prática a paridade do género e de promover a inclusão financeira, por isso apoiamos a criação de condições para que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens e ocupem o seu lugar no mundo dos negócios”, referiu Mónica Macamo, representante do Standard Bank na oitava edição do Lioness Lean In Breakfast.
Comentando sobre a motivação do banco para organizar este evento, Mónica Macamo referiu que estas iniciativas (Lioness Lean in Breakfast e Young Lionesses) constituem uma plataforma de projecção nacional e internacional que visa dar visibilidade às mulheres e alargar o seu acesso ao mercado, daí terem sido convidadas oradoras que tiveram a coragem de empreender (e hoje são uma referência) para partilharem as suas experiências e melhores práticas.
Para além do Standard Bank, o Lioness Lean in Breakfast organizado pela Lionesses of Africa, conta com o apoio da Embaixada do Reino dos Países Baixos, e da Eni Rovuma Basin.
A oitava edição do evento de partilha de experiências e criação de uma rede de contactos esteve dividida em duas sessões. A primeira, destinada a empresárias já estabelecidas teve comooradoras Shaida Seni (Prativa), Lubaina Momade (Luza Microcrédito), Alieça Ferreira (Link) e Epifânia Gove (Pifa Gove Millinery); sendo que a segunda (Young Lionesses), com foco em jovens estudantes universitárias que pretendem abraçar o empreendedorismo, teve como oradoras Marta Taquidir (Muthiana Orera), Marta Uetela (Minimal Living Box) e Paula Matsinhe (Uzuri Creations).
Ao avaliar as duas sessões, Melanie Hawken, fundadora e directora executiva da Lionesses of Africa, mostrou-se impressionada com o crescimento da comunidade de empreendedoras moçambicanas criada a partir desta iniciativa, que se situa em torno de duas mil mulheres.
“Criou-se uma forte rede de negócios a partir do Lioness Lean in Breakfast e do Young Lionesses, que permite a interacção entre as mulheres. Hoje, os produtos e serviços estão a ganhar espaço no mercado externo, e isso é muito importante”, justificou Melanie Hawken.
A propósito, a fundadora e directora executiva na Lionesses of Africa, anunciou para breve o lançamento de uma fundação que se vai dedicar à divulgação de histórias de sucesso de empreendedoras de diversos países, incluindo Moçambique, o que vai facilitar o acesso a vários mercados europeus.
Tânia Manhiça, fundadora da Leap Consulting (consultoria em gestão), foi uma das participantes do Lioness Lean in Breakfast e disse ter sido uma sessão de inspiração pois pôde ouvir histórias de sucesso e saber mais do percurso de diferentes mulheres.
“Percebi que do nada é possível criar algo notável. Muitas vezes o que nos trava é a nossa mentalidade. Enfrentamos muitas barreiras criadas por nós mesmas e que podemos ultrapassá-las facilmente e esta iniciativa ajuda as mulheres a ganharem coragem para empreender”, enfatizou Tânia Manhiça. (FDS)
A Anadarko e os seus parceiros no Pojecto Mozambique LNG comprometeram se a doar 250 Mil USD para apoiar as vítimas do ciclone Kenneth na província de Cabo Delgado. A doação vai ser canalizada através da Cruz Vermelha. Recentemente, o Projecto Mozambique LNG doou 200 mil USD para apoiar as vítimas das calamidades naturais que afectaram a região Centro de Moçambique.
Steve Wilson, Vice-Presidente e Director-Geral da Anadarko em Moçambique, afirmou: “Num curto espaço de tempo, condições climatéricas adversas voltaram a afectar severamente o país. Estamos profundamente entristecidos com esta trágica situação. Como amigos e parceiros de Moçambique, estamos comprometidos em desempenhar o nosso papel na resposta a esta emergência que afecta a província de Cabo Delgado, onde estamos a implementar o nosso projecto. Queremos prestar a nossa solidariedade às pessoas, famílias e comunidades directamente afectadas pelo ciclone Kenneth. Juntamo-nos, assim, aos esforços do Governo de Moçambique, e esperamos que a nossa contribuição possa trazer algum nível de alívio às famílias afectadas.”
(Carta)
A Moçambique Telecom, SA (Tmcel) recebeu, na terça-feira, 30 de Abril, em Maputo, a Licença Unificada de Telecomunicações, no âmbito da Lei das Telecomunicações, através da qual a operadora pública pode flexibilizar a gestão da rede e do espectro, bem como a operacionalização de várias tecnologias, sem restrições de banda.
Intervindo na cerimónia de outorga da referida licença, o presidente do Conselho de Administração da Tmcel, Mohamed Rafique Jusob, disse sentir-se honrado por receber a licença, sobretudo por aquilo que ela significa: “Estamos habilitados a trabalhar legalmente. Já não somos um pária, mas sim um par das outras operadoras que já têm a licença. Quer dizer que estamos habilitados a concorrer e acima de tudo a melhor servir o país”, destacou.
Acrescentou que a operadora está a trabalhar para um propósito que é a de restituir a dignidade à empresa e o seu direito de voltar a ser uma grande empresa líder no mercado.
“Já assumimos o compromisso de, dentro dos próximos quatro anos, sermos a maior e a melhor empresa de telecomunicações em Moçambique, no quadro da política do Governo, que visa dar acesso às novas tecnologias a todos os cidadãos”, enfatizou.
Por sua vez, a presidente do Conselho de Administração (PCA) da Autoridade Reguladora das Comunicações (ARECOM), Ema Chicoco, indicou que a partir de hoje, através de uma licença unificada a Tmcel poderá explorar quaisquer serviços de telecomunicações.
“A ARECOM em todo este serviço regulatório sempre se fará pautar pelos princípios de imparcialidade, transparência e não discricionariedade. Todos os operadores estão ao mesmo nível”, afirmou, desejando à Tmcel sucesso nos seus objectivos de modernizar e expandir a rede e os serviços, sem descurar os consumidores e a qualidade.
Importa realçar que, com este instrumento outorgado pela ARECOM, a Tmcel vai prestar serviços de telecomunicações sem necessidade de obtenção de frequências do espectro ou de numeração e das demais regras aplicáveis. (FDS)
A celebração do Dia Mundial da Europa, que se assinala no próximo dia 09 de Maio, será marcada por diversas actividades culturais que serão realizadas de 30 de Abril a 31 de Maio, na capital moçambicana. A celebração será também marcada por debates sobre vários assuntos, com destaque para cooperação, comércio, direitos humanos, valores da União Europeia (EU) e outros temas relacionados com as actividades da organização em Moçambique.
De acordo com um comunicado enviado à nossa Redacção, o pontapé de saída do ciclo de actividades da “Semana da Europa” será dado com um evento académico na Universidade Joaquim Chissano (UJC), antigo Instituto Superior de Relações Internacionais, na próxima terça-feira, intitulado: “Moçambique e a União Europeia: Novas dinâmicas numa parceria consolidada”. A partir do dia 02 de Maio, revela a nota, irá decorrer, na Fundação Fernando Leite Couto, uma exposição fotográfica denominada: “Europa em Perspectiva”, com trabalhos de quatro fotógrafos moçambicanos, que irão apresentar a sua visão da realidade europeia.
No dia 06 de Abril, terá lugar uma mesa redonda com o título “EU-Moçambique, uma nova parceria para o investimento e o emprego sustentável”, em cooperação com o Ministério da Indústria e Comércio, a EuroCam e a Revista Exame. O maior destaque destas comemorações será o concerto que terá lugar no dia 10 de Maio, no Centro Cultural Franco Moçambicano (CCFM), com a presença de dois artistas de renome internacional: Dino d’Santiago e Branko (Ex-Buraka Som Sistema). Ainda no âmbito da Semana Europeia, está a decorrer, desde o dia 24 de Abril, a 18ª Edição do Ciclo de Cinema Europeu no Centro Cultural Franco-Moçambicano. O evento termina no próximo dia 09 de Maio. (Marta Afonso)
O País registou, entre 2015 e 2018, um total de 2.044 acidentes de trabalho, que resultaram em 42 mortes, sendo que 26 trabalhadores ficaram permanentemente incapacitados, 201 parcialmente e 1.775 temporariamente incapacitados para trabalhar.
Esta informação foi dada a conhecer, na sexta-feira, 26 de Abril, em Maputo, pela ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, no decurso da conferência nacional alusiva à celebração do Dia Mundial de Segurança e Saúde no trabalho, sob o lema “Promovendo a Higiene e Segurança para Preservar a Saúde no Trabalho”.
Vitória Diogo explicou que o registo de situações de sinistralidade, no sector produtivo, não constitui um fenómeno exclusivo de Moçambique, pois no mundo, em geral, são registados 2,3 milhões de acidentes de trabalho por ano.
Em relação às estatísticas nacionais, a governante disse estar ciente que estão muito longe de retratar a realidade, pois, “estamos num cenário em que muitas entidades empregadoras, infelizmente, não comunicam os acidentes ocorridos às autoridades, talvez por desleixo, ignorância, ou mesmo por mero receio de eventuais penalizações. Gostaria de reiterar que é de lei comunicar. Não comunicar às autoridades é que constitui uma transgressão à lei”.
A ministra sustentou que os trabalhadores têm também responsabilidade por assumir neste contexto: “Para além de terem que cumprir, escrupulosamente, com as regras de higiene e segurança no trabalho estabelecidas na empresa, devem participar activamente na identificação dos riscos profissionais e nas campanhas de sensibilização e de prevenção de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais”, frisou.
A conferência nacional sobre segurança e saúde no trabalho abordou temas actuais e pertinentes, dos quais se destaca o rastreio de doenças pulmonares mineiras e acompanhamento do trabalhador que contraiu a doença, a contribuição do sector privado/agente económico, para a melhoria da nutrição no local de trabalho e a Norma ISO 45001, guia orientador para a prevenção primária dos acidentes e doenças profissionais.
No decurso do evento, foram, igualmente, divulgados os trabalhos considerados perigosos para as crianças, nas actividades extractivas, mineiras e construção civil, com o objectivo de contribuir para a criação de um ambiente são e saudável nas instituições.
Pretende-se, ao celebrar o Dia Mundial de Segurança e Saúde no trabalho, não só reflectir profundamente sobre a situação de segurança e saúde ocupacionais, mas simultaneamente prestar homenagem a todos aqueles que foram e são vítimas de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais.
Importa realçar que, no âmbito da celebração, realizou-se uma exposição, envolvendo diversificadas empresas, sobre boas práticas, no domínio da higiene, segurança e saúde ocupacional. Tratou-se de uma partilha de experiências, a nível nacional, sobre os avanços registados no sector. (FDS)
A Tmcel (Moçambique Telecom, SA) acaba de assinar com o consórcio Elitis International um contrato para a reparação do cabo submarino Maputo- Beira, com vista a garantir redundância da ligação Sul-Centro da espinha dorsal da rede de transmissão da empresa.
No valor aproximado a 2.5 milhões de dólares americanos, este contrato resulta do concurso lançado em Junho de 2018, tendo sido seleccionado o consórcio Elitis International por ter apresentado melhor proposta e demonstrado experiência na reparação de cabos submarinos, na zona sul de África, tanto do lado do Oceano Índico como do Oceano Atlântico.
A reparação deste cabo submarino irá garantir a redundância do backbone em fibra óptica, melhorando assim a qualidade de serviços para os clientes nacionais, bem como os serviços de interligação dos países do Interland, de entre os quais Zimbabwe e Malawi.
Equipamento com tecnologia 4G/5G ready” a caminho
Entretanto, no âmbito da visita oficial do Chefe do Estado Moçambicano, Filipe Nyusi, à República Popular da China, o presidente do Conselho de Administração da Tmcel, Mahomed Rafique Jusob, celebrou, no passado dia 23 de Abril, em Pequim, um contrato para a modernização e expansão da rede com a empresa Huawei Technologies, no valor de 23 milhões de dólares americanos.
Visando o fornecimento de equipamento de tecnologia de ponta 4G/5G "ready”, para a melhoria e expansão da rede móvel da empresa, o contrato será executado ao longo do presente ano, numa primeira fase para as regiões de Maputo e Matola. De referir que o valor a ser investido pela Tmcel é proveniente de recursos próprios, resultantes da venda de activos não essenciais para o negócio da empresa. (Carta)