Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI

Empresas, Marcas e Pessoas

O governo moçambicano e parceiros, com destaque para a Agência dos Estados Unidos da América para o Desenvolvimento Internacional (USAID), a Organização Mundial da Saúde (OMS), UNICEF, PATH e FHI360, celebraram, esta quarta-feira, na cidade da Matola, província de Maputo, os êxitos de uma parceria público-privada inovadora, destinada a integrar o desenvolvimento da primeira infância (DPI) na prestação de serviços de saúde e acção social, em Moçambique.

 

Falando na ocasião, Jennifer Adams, Directora da USAID, disse que esta era “uma base sólida para a saúde e aprendizagem, na primeira infância, que traz benefícios que duram até à idade adulta. É por isso que a parceria de Desenvolvimento da Primeira Infância é tão importante ”.

 

A dirigente adiantou que, em Moçambique, a taxa de mortalidade de menores de cinco anos tem vindo a diminuir nas últimas duas décadas. Enquanto, mais crianças sobrevivem, estima-se que quase 61 por cento delas com idade inferior a cinco anos correm o risco de ter um mau desenvolvimento e, portanto, não estão a crescer.

 

Com vista a colmatar esta lacuna crítica, ao abrigo desta parceria financiada pela USAID e pela Fundação Conrad N. Hilton, a PATH trabalhou com a Direcção Provincial de Saúde de Maputo e com os Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social (Serviços Distritais para Saúde, Mulheres e Acção Social) para projectar, testar e implementar uma nova abordagem para melhorar os resultados do desenvolvimento infantil em crianças dos zero aos três anos de idade.

 

Dado que o sistema de saúde é frequentemente o único meio de atingir de forma consistente crianças pequenas e seus cuidadores, a PATH concentrou-se na integração de medidas de desenvolvimento da primeira infância, nos serviços de saúde existentes, fornecidos pelo Governo de Moçambique e parceiros de saúde.

 

Através da integração de cuidados nutricionais, monitoria de marcos de desenvolvimento para crianças menores de três anos e sessões de jogos nas áreas de espera das unidades de saúde nas suas intervenções diárias, esta parceria público-privada está a proporcionar uma oportunidade para que crianças em Moçambique não só sobrevivam, mas também prosperem.

 

A PATH tem uma história de trabalho forte e bem sucedida com parceiros moçambicanos, visando melhorar a nutrição e os resultados de desenvolvimento nas crianças moçambicanas. Essa parceria permitiu à PATH e aos seus homólogos do governo aumentar a oferta de treinamento, orientação e supervisão de apoio para cuidar de cerca de 80 por cento de todos os estabelecimentos de saúde e 100 por cento dos agentes polivalentes elementares (agentes polivalentes de saúde comunitária) em toda a província de Maputo.

 

Ao abrigo desta parceria, a PATH também deu formação e apoio técnico aos parceiros nas províncias de Sofala e Zambézia sobre como integrar os cuidados nutricionais no aconselhamento para o desenvolvimento da primeira infância a partir de casa.

 

“Esta parceria produziu o primeiro programa em África, em que os cuidados para o DPI foram integrados numa rede de saúde, em toda a província, e alcançou um total de 407.871 profissionais de saúde e crianças menores de cinco anos”, disse Melanie Picolo, Directora de Projectos da PATH.

 

“Com este projecto, estamos a provar que abordagens simples e de baixo custo podem ser dimensionadas em todo o sistema de saúde, com o potencial de mudar a trajectória de saúde de toda uma geração”, acrescentou.

 

As inovações da parceria estão agora a ser introduzidas em todo o país. Por meio dos esforços de advocacia da PATH, o cuidado com o desenvolvimento da primeira infância foi integrado às principais estratégias nacionais de saúde e nutrição, curricula, normas e protocolos clínicos. Os indicadores de desenvolvimento na primeira infância também foram incluídos nos registos de saúde infantil que estão a ser implementados em Moçambique.

 

Além disso, lições aprendidas, materiais e abordagens desenvolvidas a partir dessa parceria alcançaram um público global. Como resultado, em parceria com a Organização Mundial da Saúde, países como Tanzânia, Quénia e Costa do Marfim estão a usar ferramentas e materiais desenvolvidos em Moçambique para adoptar abordagens semelhantes que ajudarão a garantir que as crianças desses países tenham a oportunidade de atingir o seu potencial de desenvolvimento.

 

O apoio ao desenvolvimento na primeira infância para Moçambique continuará em Maputo e Nampula. A Fundação Conrad N. Hilton ficou muito satisfeita por integrar uma parceria formal com os governos de Moçambique e dos Estados Unidos, visando elevar a importância de incorporar intervenções para apoiar o desenvolvimento de crianças pequenas como parte dos serviços de saúde - algo novo, disse Lisa Bohmer, Oficial Sénior de Programa da Fundação Hilton. (Carta)

O Standard Bank e a ideiaLab desafiaram, recentemente, em Maputo, 36 jovens empreendedores, inscritos na quinta edição do #Ideate Bootcamp a saírem da sua zona de conforto, para acrescentar valor e inovação para os seus negócios.

 

Este apelo foi feito durante a abertura do evento, pelo director de canais de distribuição e da banca digital do banco, Arsénio Jorge, aos participantes do #Ideate Bootcamp, desafiando-os a quebrar o "status quo", contribuindo, por exemplo, para a criação de mais postos de trabalho através das suas ideias.

 

“Não podemos aceitar as coisas como elas são feitas hoje. Devemos, sempre, inovar, trazendo ou propondo soluções que acrescentem valor. Vejo pessoas com vontades pávidas de transformar e recriar a forma como fazemos as coisas hoje”, referiu Arsénio Jorge.

 

O #Ideate Bootcamp é um programa de imersão empresarial promovido pelo banco, através da sua Incubadora de Negócios, desenvolvido e implementado pela ideiaLab, com o objectivo de estimular a criação de negócios que resolvam os desafios que existem no país, de forma sustentável, através do uso de metodologias internacionais, como é o caso do Lean Startup  e Design Thinking.

 

A capacitação é composta por diferentes etapas, como a validação das ideias de negócio, partilha de desafios, criação de protótipos, construção de modelo de negócio, Pitch e a interacção com empreendedores já estabelecidos.

 

Através das ferramentas e da metodologia vivencial do #Ideate Bootcamp, os participantes tiveram a oportunidade de sair da sua zona de conforto, segundo realçou Adelina Nhanala, colaboradora da ideiaLab responsável pela gestão deste projecto: “Estamos muito felizes por ter tido participantes provenientes de diferentes áreas de negócio, os quais demonstraram durante os 3 dias um espírito de entreajuda e entrega muito grande, resultando na criação de muitas soluções inovadoras”, frisou Adelina Nhanala.

 

Judite Chivite, uma das participantes, disse ter tirado ilações que mudaram significativamente o conceito que tinha em relação ao empreendedorismo. “Aprendi a validar uma ideia e a envolver os clientes na análise sobre a sua viabilidade”.

 

“É de louvar esta iniciativa do Standard Bank, pois impulsiona e incentiva os jovens a serem independentes. É uma forma de ajudar os potenciais empreendedores a darem corpo às suas ideias”, salientou Judite Chivite.

 

O #Ideate Bootcamp afigura-se como uma alternativa ao mercado de emprego, considerou Agy Ussene, outro jovem participante da iniciativa. “Com as ferramentas que nos foram transmitidas durante o bootcamp, vamos depender menos do mercado de emprego. A partir de agora, só temos de fazer diferente e procurar parcerias para criarmos os nossos próprios negócios”.

 

Importa realçar que a Incubadora de Negócios do Standard Bank é um empreendimento concebido no âmbito da visão e estratégica do banco, cuja materialização passa pela implementação de incentivos que fomentam o empreendedorismo, que são os mentores do crescimento econômico do país. 

 

Para além do espaço físico, a incubadora oferece desde a formação até à interação com outras empresas e órgãos ou entidades governamentais, tendo em vista a criação de condições para o surgimento.(FDS)

“Aplicativo DIKA” para jovens terem mais acesso à informação sobre saúde reprodutiva é a designação da nova startup, lançada, na última sexta-feira (21 de Junho), pelo Fundo das Nações Unidas para População (UNFPA), em parceria com um grupo de jovens moçambicanos.

 

Segundo a representante da UNFPA, Andrea Wojnar, a finalidade da iniciativa, entre outras, é corrigir a desinformação sobre os serviços de saúde sexual e reprodutiva para adolescentes e jovens, para melhor tomada de decisão sobre o seu futuro.

 

Por outro lado, Wojnar explicou que, com o lançamento desta startup, dá-se um passo importante para o alcance das metas do plano de acção da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), ocorrida, há 25 anos, no Cairo, capital egípcia, e que versava sobre direitos reprodutivos.

 

“DIKA” é um aplicativo que vem reforçar os demais serviços amigos do jovem, já existentes no país, como é o caso do SAAJ, SMS Biz e Rapariga Biz. Entretanto, este é lançado na busca de melhores soluções de forma rápida para jovens e adolescentes no combate a várias doenças de transmissão sexual.

 

De acordo com a vice-Ministra da Juventude e Desportos, Ana Flávia de Azinheira, com o lançamento deste aplicativo espera-se que a informação sobre saúde sexual e reprodutiva esteja na palma da mão dos adolescentes e jovens, através de um telemóvel, em qualquer canto, onde quer que eles estejam, com vista a garantir uma resposta eficiente para os jovens com enfoque nas raparigas, tendo em conta que estas são o extracto social mais exposto.

 

Para o co-fundador da startup, Jofre Bamo, o “aplicativo DIKA” pode ser instalado, através do Play Store e oferece aos jovens oportunidade de identificar clínicas, farmácias, advogados que lhes possam apoiar em assuntos ligados à saúde sexual e reprodutiva. (Carta)

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) aprovou, recentemente, cerca de 48 milhões de USD para a reconstrução pós-clones Idai e Kenneth. O valor destina-se à recuperação económica das regiões afectadas pelos dois ciclones, em especial para o sector de infra-estruturas.

 

Falando, na última sexta-feira (21), na cidade da Matola, à margem das XI Jornadas Científicas do Banco de Moçambique, o vice-presidente dos Serviços Institucionais e Recursos Humanos do BAD, Mateus Magala, explicou que o donativo, a Moçambique, faz parte dos 100 milhões de USD que a instituição prometeu oferecer para a reconstrução pós-ciclones dos três países afectados na região Austral, nomeadamente Moçambique, Zimbabwe e Malawi.

 

“O BAD prometeu oferecer 100 milhões de USD para três países da África Austral assolados pelas calamidades. Do valor, quase 48 milhões vão para Moçambique, 27 milhões destinam-se ao Zimbabwe e o restante para Malawi”, afirmou Magala.

 

Na mesma ocasião, o Director Nacional do Tesouro, no Ministério da Economia e Finanças, Adriano Ubisse, revelou que, esta semana, o Governo e aquela instituição financeira irão proceder à assinatura do acordo que permitirá o nosso país receber o valor, a partir do próximo mês do Julho.

 

Refira-se que os cerca de 48 milhões que o BAD vai desembolsar juntam-se aos cerca de dois milhões para apoio à emergência, que a instituição disponibilizou logo após a ocorrência das intempéries. (Evaristo Chilingue)

Os produtores de bananas à volta do rio Umbeluzi, na província de Maputo, melhoraram as expectativas de produção daquela fruta, dado o incremento de água para irrigar cerca de três mil hectares das suas plantações.

 

Em concreto, os agricultores à volta daquele rio, que nasce no vizinho Reino de eSwatine, recebem, neste momento, 0.30 metros cúbicos de água por segundo, contra os anteriores 0.15, que eram abastecidos por causa da seca, que afecta a zona sul há cinco anos. Tecnicamente, o incremento significa satisfazer as necessidades dos agricultores em 30 por cento em relação aos anteriores 15 por cento por causa das restrições.

 

A maior disponibilidade de água aos agricultores à volta do Umbeluzi resulta do aumento da capacidade de armazenamento daquele líquido, na Barragem dos Pequenos Libombos, no distrito de Boane, estimada, neste momento, em cerca de 120 milhões de metros cúbicos, tendo 18 milhões vindo de eSwatine em Março passado.

 

“Quanto mais água tivermos, melhor será a produção e qualidade da banana”, disse, esta quinta-feira (20) à “Carta”, o Presidente do Conselho Directivo da Associação dos Produtores de Banana de Moçambique, Arnaldo Ribeiro.

 

Mesmo sem avançar números do impacto da maior disponibilidade de água, aliado ao impacto da seca, que reduziu rendimento da classe em 30 por cento, Ribeiro afirmou que aquele líquido vai ajudar muito neste inverno.

 

“Mas, em Setembro e Outubro, vamos precisar de muito mais, por causa da evapotranspiração que é maior por causa do calor. E gostaríamos de ver pelo menos 50 por cento das nossas necessidades satisfeitas, até à próxima época chuvosa”, afirmou a fonte.

 

Segundo Ribeiro, em três mil hectares, as 13 firmas que operam naquela região, produzem, por ano, entre 120 a 130 mil toneladas e exportam, para a vizinha África do Sul, 90 a 110 toneladas em cada ano.

 

Dados fornecidos por Ribeiro, que além de presidente é sócio de uma das firmas que produzem banana à volta do Umbeluzi, indicam que, em 2018, a exportação da banana rendeu ao Estado moçambicano 35 milhões de USD. (Evaristo Chilingue)

O Moza Banco foi distinguido pela revista “The Banker” – uma prestigiada publicação internacional de especialidade na área financeira, do grupo Financial Times, com o Award “Deal of the Year 2019 for restructuring in Africa”, ou seja, melhor Operação de Restruturação Financeira do Ano 2019, a nível de África.

 

Este é o reconhecimento do sucesso da operação estruturada de aumento de capital que culminou com a entrada de um novo investidor na estrutura accionista, a ARISE, e a aquisição da totalidade do Banco Terra de Moçambique (BTM) pelo Moza Banco.

 

 “Na avaliação para distinguir o Moza Banco com o nosso prémio do Ano pela Operação financeira de reestruturação em África, o nosso painel de júris composto por experts em economia, Banca e Finanças, analisou o complexo e bem-sucedido programa de reorganização e reestruturação financeira implementado pelo Banco que, após a intervenção do Banco Central, tem observado uma assinalável recuperação, saindo de uma situação de um iminente colapso, para voltar a estar entre os 5 maiores Bancos do país, operando num patamar muito mais estável”, destacou John Everington, Editor para África e Médio Oriente da Revista “The Banker”.

 

A entrega da referida distinção ocorreu durante a cerimónia, bastante concorrida, de inauguração da Sede do Moza Banco, na última Quinta-feira, 13 de Junho, em Maputo, tendo na ocasião o Presidente do Conselho de Administração do Moza, João Figueiredo, agradecido pelo prémio, afirmando que o mesmo é fruto do esforço de todos os colaboradores do Banco. “É nosso”, assim referiu o PCA do MOZA.

 

Este prémio representa o sucesso da estratégia de negócio em curso suportada pelos accionistas e que visa recolocar o Moza como um Banco de referência nacional, um Banco com ambição de crescimento, um Banco sólido, à altura dos desafios do presente e do futuro. Dedicamos este prémio aos nossos Clientes e a sociedade em geral, cuja confiança que depositam na nossa instituição tem contribuído para a consolidação, crescimento e afirmação do Moza”, referiu.

 

O Presidente da República, Filipe Nyusi, reconheceu a capacidade de resiliência demonstrada pelo Moza e congratulou a Direcção do Banco e colaboradores pela visão e trabalho desenvolvido.

 

A história mostra que com mestria o Moza conseguiu passar por cima dos pequenos incidentes (…) Hoje o Moza está aqui firme e em franco crescimento. Neste contexto, gostaria de felicitar a Direcção do Moza que se apercebeu que no lugar de cruzar os braços, devia arregaçar as mangas e trabalhar para hoje tornar-se num banco forte e incontornável no mercado financeiro nacional e internacional, disse Filipe Nyusi acrescentando que “Estes resultados só podem ser alcançados com uma equipa dinâmica, com muito trabalho e uma visão empresarial estratégica.”

 

A “The Banker é uma das maiores e mais prestigiadas publicações sobre o sector financeiro mundial, com mais de 91 anos de existência cobrindo as regiões de África, Ásia-Pacífico, América, Europa e o Médio Oriente. (Carta)