O Standard Bank abriu, na terça-feira, 18 de Junho, uma agência no povoado de Mangungumete, no distrito de Inhassoro, província de Inhambane, tornando-se, assim, no primeiro banco a instalar-se naquela comunidade.
A agência, construída de raíz, de entre vários benefícios vai atender às necessidades da indústria do gás explorado pela Sasol, do turismo, bem como da população local, que se dedica, essencialmente, à agricultura.
A agência de Mangungumente confere maior conforto e comodidade aos clientes e está dotada da mais recente tecnologia existente no mercado, no que ao sector bancário diz respeito.
O espaço possui caixas de atendimento ao público, ATM’s para depósitos e levantamento disponíveis 24 horas por dia.
Para além de ser o primeiro banco a instalar-se em Mangungumete, o Standard Bank é o único com uma agência moderna em todo o distrito de Inhassoro, localizado no extremo norte da província de Inhambane. (FDS)
O vice-ministro do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Oswaldo Petersburgo, instou, recentemente, aos centros de formação profissional públicos e privados a apostarem continuamente na qualidade, para que estejam alinhados às necessidades do mercado.
Para Oswaldo Petersburgo, os centros de formação profissional devem assegurar, também, que os formandos estejam capacitados e habilitados para tirar proveito das oportunidades de trabalho e emprego, contribuindo, assim, nos esforços para a melhoria da produção e produtividade.
“A busca pela qualidade é um exercício permanente, e, por isso, exige de nós a capacidade de nos reiventarmos para encontrarmos as abordagens mais apropriadas e tornar a formação profissional cada vez mais relevante”, disse o vice-ministro, que falava na cerimónia de abertura do II Conselho Pedagógico e Consultivo do Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo (IFPELAC), na cidade de Maputo.
Na ocasião, Oswaldo Petersburgo referiu que, no âmbito das iniciativas do Governo com vista à promoção do emprego, através da abertura de centros de formação em diferentes províncias, complementadas com os esforços do sector privado, o País formou, de 2015 até Março do presente ano, mais de 650 mil cidadãos, maioritariamente jovens, “que vão sendo absorvidos pelo mercado de trabalho, como trabalhadores por conta própria ou de outrem”.
No mesmo período, foram realizados aproximadamente 23 mil estágios pré-profissionais, e abertos novos centros de formação profissional em Quelimane (Zambézia), Chongoene (Gaza), Pemba e Balama (Cabo Delgado), estando prevista para este ano a entrada em funcionamento dos centros de Cuamba (Niassa) e Catembe (Cidade de Maputo) Namanhumbir (Cabo Delgado).
Através destas acções, acrescentou Oswaldo Petersburgo, “queremos que os nossos formandos sejam os mais procurados pelo sector privado. Aliás, temos estado a testemunhar, com agrado, o facto de as multinacionais que operam no nosso País estarem, insistentemente, a procurar os nossos centros de formação profissional nas diversas províncias, com destaque para Cabo Delgado, Tete e Maputo”.
Por seu turno, o director-geral do IFPELAC, Anastácio Chembeze, revelou que, até o primeiro trimestre do ano em curso, a instituição que dirige já tinha cumprido 94% das metas definidas para o presente quinquénio, no que à formação profissional diz respeito. “Temos fé e acreditamos que vamos conseguir ultrapassar aquilo que foi definido”. (FDS)
A AGRA (Aliança para Revolução Verde em África) e a Gapi lançaram, no passado dia 13 de Junho corrente, em Quelimane, um projecto que visa o relançamento da cadeia de valor do arroz, através do fortalecimento da produção e das ligações com o mercado, numa acção que, durante os três anos, envolverá mais de 100 mil pequenos produtores, de cinco distritos da província da Zambézia.
Este projecto, denominado Moz-Arroz, insere-se na estratégia de apoio ao desenvolvimento rural e modernização da agricultura que a Gapi vem implementando ao longo de todo o país.
Além da participação da Gapi, o projecto é co-financiado pela Agra, que mobilizou fundos da Fundação Bill e Melinda Gates. A sua implementação é feita por um consórcio que envolve a Direcção Provincial da Agricultura e Segurança Alimentar da Zambézia e duas empresas ligadas ao ramo, nomeadamente a Agro Comercial Olinda Fondo (ACOF) e African Fertilizer and Agribusiness Partnership (AFAP).
O Moz-Arroz propõe-se a contribuir para o aumento da segurança alimentar e rendimento dos produtores de arroz na Zambézia, através de intervenções que facilitem o acesso a sementes de variedades melhoradas, fertilizantes, tecnologias de gestão de água e mercado, bem como sistemas de produção por contrato.
Durante a cerimónia de lançamento, o director da AGRA em Moçambique, Paulo Mole, considerou que a intervenção da sua organização visa apoiar o fortalecimento e eficiência do sector através da melhoria da coordenação: “Este projecto vai de encontro a alguns dos principais objectivos que nos norteiam, nomeadamente, a necessidade de se fortalecer o acesso estruturado aos mercados; aumentar a disponibilidade e distribuição de insumos; e desenvolver uma plataforma de mercados agrícolas”.
Este projecto tem como base o trabalho anteriormente feito pela Gapi e financiado pelo Reino dos Países Baixos, que permitiu a revitalização da fábrica de processamento de arroz de Nicoadala, na província da Zarnbézia. A empresa IMPERE, criada pela Gapi para sanear e relançar a fábrica de processamento de arroz de Nicoadala. que já beneficia organizações de agricultores familiares, será um operador chave para assegurar o processamento e comercialização da produção local.
Para Fidel João, coordenador deste projecto ao nível da Gapi, “tal como em muitos outros projectos, o envolvimento da Gapi prende-se com o seu alinhamento com a agenda de desenvolvimento do Governo, sendo que, neste caso, visa responder à Estratégia Nacional de Desenvolvimento do Arroz de Moçambique, que prevê urn sector competitivo no sistema produtivo de pequenos agricultores integrado no sector comercial e capaz de satisfazer cada vez mais a procura interna e gerar excedentes".(FDS)
O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) está a preparar um seguro contra as catástrofes naturais para ajudar Moçambique a lidar com fenómenos como as cheias e os ciclones, desembolsando ajuda mais depressa e contabilizando melhor os danos.
"Estamos a preparar, juntamente com outros parceiros com o Banco Mundial, uma infraestrutura financeira para melhor gestão dos desastres naturais e estudar a possibilidade de um seguro climático que pode ser ligado ao fundo de gestão de calamidades e ver que tipo de sistema podemos usar para a identificação das vítimas na altura do reembolso pelos danos”, disse Pietro Toigo em entrevista à margem dos Encontros Anuais do BAD, que terminaram sexta-feira em Malabo.
“O chefe de Estado [Filipe Nyusi] está muito interessado, foi ele mesmo que começou a conversa neste sentido”, apontou o representante do BAD em Moçambique, explicando que a ideia é utilizar a Capacidade de Risco Africana (African Risk Capacity - CRA), uma agência pública que funciona no âmbito da União Africana que serve como seguradora para mais de 30 Estados africanos.
Segundo o responsável, “a ideia é que quanto mais países aderirem, mais barato se torna; já existe um seguro bastante avançado contra as secas", estando agora a ser desenvolvido um seguro para cheias e ciclone.
Toigo acrescentou que uma das grandes vantagens é a rapidez no desembolso das verbas para ajudar as populações afetadas, que recebem o reembolso em cerca de seis semanas, através de um modelo científico que permite a contabilização prévia dos estragos materiais e das pessoas afetadas.
“Temos uma avaliação paramétrica, nesta região temos um determinado número de culturas, de pessoas, de agricultores e de fábricas; uma cheia de x milímetros de chuva num dia significa y danos, e a vantagem é que não vamos avaliar no terreno, usamos o modelo que nos diz que para x chuva, pagamos y, o que demora seis semanas após o acontecimento, portanto o objetivo é ter o dinheiro muito rapidamente reembolsado para os países”, desde que a contabilização da situação em cada região seja feita previamente ao desastre natural, detalhou Pietro Toigo.
“O trabalho que estamos a fazer agora é a avaliação dos riscos climáticos e a parametrização dos custos das catástrofes naturais”, afirmou.
A CRA é uma agência, uma associação de países africanos que funciona como uma seguradora privada e financia-se com os pagamentos feitos pelos Estados, que têm de escolher a cobertura que querem, usando a avaliação paramétrica de contabilização dos custos das catástrofes naturais, concluiu o responsável.
De acordo com informação disponível no site desta agência, a CRA, de que Moçambique é um membro fundador desde 2012, já desembolsou 36,8 milhões de dólares (cerca de 32,7 milhões de euros) para ajudar 2,1 milhões de pessoas afetadas por secas que põem em causa a segurança alimentar, estando em preparação um programa sobre as inundações fluviais e ciclones tropicais.
O ciclone Kenneth, de categoria quatro (numa escala de um a cinco, o mais forte), matou 45 pessoas e afetou mais de 160 mil pessoas. Moçambique foi pela primeira vez atingido por dois ciclones na mesma época chuvosa (de novembro a abril), depois de em março o ciclone Idai, de categoria três, ter provocado 603 mortos. (Lusa)
Cerca de 425 pessoas morreram e cerca de 3.818,391 casos de Malária foram registados, no período que varia entre o dia 1 de Janeiro a 10 de Junho, deste ano, em algumas províncias moçambicanas, disse o Ministério da Saúde (MISAU), esta quinta-feira (13 de Junho).
Em igual período do ano passado, as autoridades de saúde registaram 545 óbitos e 3.694,873 casos, o que representa uma redução acentuada no número de mortes por esta doença.
Segundo a Chefe do Departamento de Epidemiologia, Lorna Gujnal, a situação da malária, no presente ano, sofreu algumas alterações, devido às intensas chuvas registadas nas províncias de Sofala e Cabo Delgado, o que apresentou um ligeiro aumento do número de casos nestes pontos do país, devido à acumulação de água.
Além das províncias acima referenciadas, Manica, Zambézia, Tete e Nampula também apresentaram aumento significativo nos casos de malária, sendo que Cabo Delgado atingiu mais de 20 mil novos casos e Sofala mais de 30 mil.
Relativamente às diarreias, o país notificou, no mesmo período, um cumulativo de 262.372 casos, com 192 óbitos contra 269.911 casos e 200 óbitos.
Gujnal disse ainda que o país registou casos de cólera na província de Sofala (6.773 casos e oito óbitos) e Cabo Delgado (268 casos e sem nenhum óbito). Alertou ainda que, devido à ocorrência dos dois ciclones, que afectaram parte do país, houve uma mudança no perfil epidemiológico, por causa das condições do saneamento do meio, que ficaram seriamente degradadas.
A fonte explicou ainda que, na província de Sofala, a situação está controlada e, em Cabo Delgado, continua a vigilância activa, embora não estejam a registar mais casos. (Marta Afonso)
Para garantir água potável a 19 mil famílias, a empresa Águas da Região de Maputo (AdeM) está, desde finais do ano passado, a executar 11 projectos para melhorar o abastecimento do precioso líquido na Cidade e província de Maputo.
Dados fornecidos à “Carta”, ontem pelo PCA da empresa, Elias Machava, indicam que as obras estão orçadas em pouco mais de 16 milhões de Mts. Questionado sobre as receitas esperadas com o investimento, Machava disse não haver espectativa de lucro, alegadamente, porque o objectivo principal é estabilizar o consumo de água às famílias afectadas.
“Não há espectativa do lucro. O principal ganho é mesmo a estabilização do serviço, mais disponibilidade de água às pessoas”, afirmou a fonte. Em relação à execução das obras, o PCA da AdeM já avançara, há dias, em conferência de imprensa, em Maputo, que ronda nos 60 por cento.
Na mesma ocasião, Machava afirmou que o término das obras em curso está previsto para finais de Junho corrente. O PCA da AdeM disse também que, findas as obras, as famílias poderão beneficiar-se de mais água que a Barragem dos Pequenos Libombos, a principal fonte de abastecimento de água ao Grande Maputo, tem (neste momento a quantidade é estimada em cerca de 120 milhões de metros cúbicos), até à próxima época chuvosa, Outubro.
Das obras concluídas, destaque vai para o projecto de instalação de cerca de dois quilómetros de conduta de água de reforço ao bairro de Maxaquene B, bem como a instalação da Estação Elevatória e construção de infra-estruturas complementares, ambos orçados em seis milhões de Mts.
Está, igualmente, concluído o projecto de instalação de tubagem de reforço ao bairro de Campoane, tendo custado à empresa 478 mil Mts. Ainda em execução estão os projectos de instalação de tubagem de reforço no bairro de Sommerchield II (Rua Beijo da Mulata), que vai custar à empresa pouco mais de 702 mil Mts. Em curso está também o projecto de abertura de dois furos de água no distrito municipal KaTembe, orçado em 3.5 milhões de Mts.
Segundo o PCA da AdeM, decorrem também obras para melhorar o fornecimento nos bairros localizados nas extremidades da rede de distribuição, sendo, por isso, as mais afectadas. Trata-se de Juba, Jonasse, Campoane, Tchumene, Mulotane, George Dimitrov, 25 de Junho, Mapulene e Chiango, em que findas as obras 14 mil famílias terão acesso à água potável. A AdeM conta, neste momento, com cerca de 250 mil clientes, dos quais 95 por cento são domésticos e o restante é industrial. (Evaristo Chilingue)