Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI

Empresas, Marcas e Pessoas

O BCI patrocinou as primeiras Jornadas Científicas do Hospital Geral de Mavalane (HGM), realizadas nas instalações desta unidade de saúde, na cidade de Maputo, e que decorreram sob o lema “Promovendo a inclusão das comunidades na melhoria do acesso aos serviços de saúde”.

 

A iniciativa teve como objectivo partilhar as experiências e resultados de pesquisas realizadas na área de saúde pública, bem como criar ambiente de troca de experiências entre profissionais de saúde e parceiros, em benefício da comunidade. Foi, igualmente, uma oportunidade para a divulgação de resultados das pesquisas realizadas no hospital.

 

O evento contou com a presença das autoridades dos serviços de saúde da cidade de Maputo, de membros da direcção do Hospital de Mavalane, de profissionais de saúde, estudantes e público, em geral.

 

No acto da abertura do evento, o director do HGM, Mário Jacobe, enalteceu o apoio do BCI, tendo referido que este patrocínio tornou possível a realização do evento há muito esperado.

 

O apoio do Banco abrangeu, igualmente, a feira de saúde, que decorreu no mesmo recinto e que envolveu dezenas de pessoas, que puderam participar em diversas actividades como medição da tensão arterial, doação de sangue, entre outras.

 

Segundo uma nota do Banco “o BCI enaltece o valioso trabalho levado a cabo pelos profissionais de saúde, em defesa da vida, e reforça o seu compromisso de apoio ao sector de saúde”.

O Instituto Superior de Transportes e Comunicações (ISUTC) anuncia o lançamento do ISUTC Online. Este avanço pioneiro visa democratizar o acesso à educação de qualidade, oferecendo licenciaturas em Engenharia e Gestão através do ensino à distância.

 

Com mais de 23 anos de experiência no fornecimento de educação superior de excelência, o ISUTC está a desafiar os limites do ensino tradicional, permitindo que estudantes de todo o país tenham acesso a programas académicos reconhecidos nacional e internacionalmente, sem as limitações geográficas do ensino presencial. A instituição pretende liderar o caminho para o futuro do ensino superior em Moçambique, tornando-o mais acessível e flexível.

 

Este novo empreendimento vem em resposta à crescente demanda por alternativas de educação que permitam aos estudantes obterem uma licenciatura sem terem de estar presentes fisicamente no campus, em áreas antes impensáveis como a Engenharia. Além disso, o ISUTC Online destaca-se como pioneiro ao oferecer licenciaturas em engenharia totalmente à distância, preenchendo uma lacuna importante no sistema nacional de educação.

 

As licenciaturas disponíveis incluem Licenciatura em Engenharia e Ciência dos Computadores, Engenharia Mecânica e de Transportes, Engenharia Civil e de Transportes, Engenharia Electrotécnica, Engenharia Informática e de Telecomunicações,

 

Engenharia Electrónica e de Telecomunicações, Contabilidade e Auditoria, Gestão e Finanças, e Gestão Bancária e de Seguros. O ISUTC Online promete garantir a mesma qualidade de ensino reconhecida nacional e internacionalmente, com acreditação pelo Conselho Nacional de Avaliação da Qualidade do Ensino Superior (CNAQ) e pelo Instituto Nacional de Ensino a Distância (INED).

 

O Director Geral do ISUTC, Fernando Leite, afirmou que “esta nova modalidade de ensino mostra a capacidade da Instituição e dos seus docentes na utilização das novas tecnologias para levar a qualidade do ensino do ISUTC a todas as províncias de Moçambique, reforçando, assim, o compromisso com a educação de excelência no país”.

 

O Eng. Luís Almeida, Administrador Delegado da Transcom, refere que "a entrada do ISUTC nesta modalidade marca o início de uma jornada na expansão do acesso à educação superior em Moçambique”. “Estamos empenhados em manter os elevados padrões de qualidade do ensino presencial, agora aplicados aos cursos online, garantindo uma experiência académica consistente e de excelência",

 

O ISUTC Online representa o compromisso do ISUTC em proporcionar uma educação de excelência a todos os moçambicanos, independentemente da sua localização geográfica ou situação socioeconómica.

 

Com inscrições abertas até ao dia 31 de Maio, o ISUTC abre, com esta nova modalidade, novas portas para o sucesso educacional, capacitando os estudantes a atingirem os seus objectivos pessoais e profissionais.

 

terça-feira, 23 abril 2024 13:16

“Deixaram-te só”, Baptista Panguana!

Estou aqui, aturdido, a pensar nas exigências que a vida tem feito. Estou sem chão, a fingir contemplar o universo enquanto a mente desdobra-se em encontrar soluções.

 

É agosto e, em Maputo, o frio relembra a solidão. As casas perdem o brilho na humidade da noite. As árvores arrancam ferozmente as folhas. O pó da terra reluz, em cada passo, sacudido, das crianças. É frio, escuro, cheio de cacimba. Ninguém resiste. Nem os cães vadios; a época coincide com o aparecimento dos primeiros feijões. É tempo de produção. Às vezes, todos saem, sorrateiros, à procura de fêmeas. É o ápice sexual – outro lado do romantismo.

 

A velocidade é excessiva, mas o chiar do carro perde-se nos acordes que ecoam das simples colunas. A voz é grave, triste, sonhadora, serena, triunfal. O homem ama, sente-se em cada palavra, forte e firme num ronga puro e melancólico.

 

Ele chora por amor e de amor. Talvez porque soubesse o que é. Já se diz muito sobre o amor: só ama quem sabe amar, sabe o significado do amor, sabe que amar é chorar suaves lágrimas perante o espetáculo de uma gota de orvalho numa manhã de junho.

 

O tempo quase que congela e o asfalto é uma infinidade. Os sonhos conflituam com a razão. Os Dissabores renascem. É a solidão. O “mix” não pára e as lágrimas voltam a encharcar os acordes.

 

É um vale. É um calvário consentido. “A fambilé”, diz repetidas vezes, de novo, a tocar na ferida. A vontade é parar, desligar tudo e escutar a união melódica dos pneus e o asfalto. Mas não: embora seja dito tudo na crueldade, ele tem razão. Baptista não mente.

 

Baptista Panguana realenta, à força, a vida. Transcende vontades. É daqueles tipos que, do nada, te colocam a conflituar com o teu próprio passado. A rejeitar o tempo. A negar o amor ou a evitá-lo como forma de preservar o estado emocional. Chora, desmoraliza, ofende, propondo aos ouvintes uma experiência sonora única. Uma atitude!

 

E o misticismo continua em grande escala no refrão. “A fambilé”, diz repetidas vezes. “Foi”, sugerindo a dor do abandono por um cônjuge. “O que adianta viver em prantos, a castigar o coração?”, reprime, questiona, contesta, tudo para criar um cenário propício para as mensagens espirituais dele, que faz questão de se auto referenciar.

 

Em toda a música, a voz está segura e confiante; o som invade o cenário e casa-se com a melodia até tudo explodir num refrão que, mesmo a atiçar o fogo da crueldade do abandono, alivia a tensão e resolve a harmonia com inteligência e bom gosto. “Deixaram-te só”… “Deixaram-te só”…

 

E não termina por aqui. Aos poucos, a música ganha outro sentido, mostrando que tem estrutura própria que se confunde com a metáfora da vida – essa ideia de nascer, crescer, reproduzir-se e, por fim, morrer.

 

A letra transborda ansiedade. É ousada, expositora, direta, com a instrumental a condizer com a voz serena, calma de Panguana. É simplesmente uma deliciosa e irónica correria melódica que traduz ritmicamente a vida dos casais. É intenso, e de um jeito bem original.

 

Já o sol vai raiar e o destino na próxima curva, mas a “pioneer” não se cansa de me consolar. Deixo-o, agora, ligado enquanto contemplo os pássaros, já a vislumbrar o amor, o sentido da vida, mesmo depois de uma incrível pancada melódica. É a terapia de choque.

 

Texto: Reinaldo Luís

 

Jornalista e Editor de Cultura

sexta-feira, 19 abril 2024 09:06

Shaazia Adam Exibe Marca Mina Além Fronteiras

A talentosa estilista moçambicana Shaazia Adam participa, pela segunda vez, no South Africa Fashion Week (SAFW), evento que nos últimos 27 anos, tem reunido especialistas, influenciadores e amantes da moda de todo o mundo e explora as últimas tendências e ideias inovadaras que moldam o futuro da moda africana.

 

A jovem estilista leva consigo a Marca Mina, criada em 2019, durante a pandemia de Covid-19 e que ganhou a admiração dos amantes da moda em Moçambique e em vários cantos do mundo, através de uma proposta de peças mais sustentáveis com roupas feitas de fibras naturais (algodão, linho, malhas de algodão), 70% sustentável e 100% moçambicana.

 

A Mina, caracterizada por colaborar com artistas locais, juntou-se pela primeira vez, à jovem artesã Elicha Fernandes, criadora da marca “MacramebyElicha’, uma parceria cujo resultado chega as passarelas sul africanas.

 

“Freedom of Being Collection” explora a liberdade de ser, buscando inspiração nas profundezas do oceano para atingir os mais profundos sentimentos de quem aprecia cada peça que compõe a colecção.

 

“ É um grande orgulho e ao mesmo tempo uma enorme responsabilidade  para mim, levar mais uma vez a Marca Mina e  Moçambique para este grandioso evento. Encarro o SAFW como uma oportunidade ímpar  de apresentar uma amostra do que se tem em Moçambique a nível de moda sustentável, com uma coleção que enquanto explora a liberdade de ser, navega pelas profundezas dos oceanos que são também, uma das nossas maiores riquezas”, destacou a estilista.

 

O South Africa Fashion Week tem lugar em Joanesburgo, de 18 a 20 de Abril, e, segundo os organizadores,  este ano, 73% de designers promete apresentar colecções sustentáveis.

O Presidente da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), Salim Valá, afirmou, nesta quarta-feira, em Nampula, que embora se registe uma tendência crescente no que concerne ao financiamento às empresas, pela bolsa de valores, há ainda uma resistência por parte da empresas e investidores em aderir ao mercado de capitais. Salim Valá defendeu que as empresas moçambicanas devem recorrer à bolsa e ao mercado de capitais para buscar financiamento, por forma a tornarem-se mais competitivas, dinâmicas, credíveis e internacionalizadas.

 

O PCA da BVM falava no seminário de divulgação das oportunidades de financiamento e investimento através da bolsa de valores. um evento organizado, esta quarta-feira, em Nampula, em parceria com a Federação Moçambicana do Comércio e Serviços (FEMOCOS). O evento, que tinha ainda em vista contribuir para a melhoria do ambiente de negócios e da competitividade da economia nacional, contou com a participação de cerca de 150 convidados, entre os quais o Secretário de Estado da Província de Nampula, Jaime Neto, o Governador da Província da Zambézia, Pio Matos, empresários, investidores e associações empresariais.

 

Durante a sua intervenção, Valá reconheceu que a bolsa tem tido um papel crescente no financiamento à economia, porém ainda há muito por fazer para garantir maior adesão das empresas e investidores ao mercado de capitais.

 

"Muitos empresários e investidores ainda não usam o mercado de capitais e, consequentemente, não estão a beneficiar das vantagens que este oferece. No final de 2016 haviam apenas quatro empresas cotadas na bolsa e hoje temos desasseis empresas, o que revela que muitos empresários e investidores ainda não usam o mercado de capitais”, disse.

 

Valá acrescentou que a BVM tem servido de barómetro para a economia nacional, ofererecendo inúmeras oportunidades ao sector empresarial.

 

"O mercado de capitais oferece oportunidades ao sector empresarial em termos de financiamento e de investimento e, sem dúvidas, é uma alternativa de poupança que deve ser usado pelos empresários para a dinamização da economia", referiu Salim Valá.

 

Questionado sobre o baixo nível de adesão ao mercado de capitais, Valá respondeu que “este é um trabalho que temos estado a fazer no sentido de mudar a cultura financeira e é também um exercício de longo prazo. É algo que nós, como bolsa,  temos estado a fazer com as instituições do mercado de capitais  e a ideia é atingir nichos específicos de empresários e investidores com ajuda dos nossos parceiros. Nós temos feito seminários e workshops sobre o ciclo de negócios na bolsa para aproximar os vários intervenientes e aprimorar as estratégias para que haja uma resposta positiva”.

 

Na ocasião, o Presidente da FEMOCOS, Prakash Prehlad, revelou que a instituição que dirige tem vindo a desencadear acções que contribuem para um ambiente de negócios mais competitivo e sustentável, tendo encontrado no evento a oportunidade para que o sector empresarial esteja mais próximo às oportunidades oferecidas pela BVM.

 

“A FEMOCOS está, nos últimos anos, a reforçar a sua actuação na defesa e adopção de políticas e medidas que favorecem à expanção competitiva e sustentável dos negócios. O sector empresarial nacional está cada vez mais exposto à competitividade e este seminário permitiu que as empresas, investidores e o sector empresarial no geral possam ter uma aproximação e conheçam as oportunidades que a BVM está a oferecer ao mercado”, frisou Prehlad.

 

Por sua vez, o Secretário de Estado na Província de Nampula, Jaime Neto, reconheceu o papel da BVM no apoio às empresas nacionais e no desenvolvimento económico do país.

 

“A BVM desempenha um papel crucial no desenvolvimento económico, permitindo que as empresas invistam em crescimento e expansão. A bolsa ajuda a canalizar investimentos para sectores produtivos, impulsionando a inovação, a criação de empregos e o desenvolvimento económico em geral”, referiu Jaime Neto.(Carta)

quarta-feira, 17 abril 2024 07:45

Moza afirma-se como o Banco das Mulheres em 2024

Ainda na esteira das celebrações do Dia da Mulher Moçambicana, o Moza lançou, sexta-feira (12 de Abril), em Maputo o projecto Moza Women, através do qual o Banco pretende transmitir, publicamente, o seu reconhecimento em relação à importância da Mulher em todas as esferas sociais e de desenvolvimento do país.

 

Trata-se de um projecto cuja base para a sua elaboração teve em conta o panorama social moçambicano caracterizado por um ambiente em que, apesar de representarem a maioria da população, as mulheres ainda enfrentam dificuldades no que diz respeito ao seu estabelecimento por razões variadas, incluindo questões de ordem sociocultural.

 

Através deste projecto, o Moza pretende congregar todos as soluções bancárias direccionadas à mulher, incluindo linhas de financiamento bonificadas, criadas especificamente para potenciar o empoderamento, num pacote conjunto que passa a denominar-se Moza Women,

 

Embora a promoção das iniciativas ligadas ao Moza Women decorra ao longo do presente ano, de forma permanente, o projecto contempla uma componente social e reputacional, servindo como um “grito público” do Banco para que toda a Mulher saiba que pode contar com o Moza, independentemente da sua posição, categoria ou status social.   

 

Durante a cerimónia de lançamento do projecto, o Presidente da Comissão Executiva do Moza, Manuel Soares, manifestou a sua admiração em relação à resiliência das mulheres, com um louvor particular à capacidade que têm de ultrapassar obstáculos.

 

No dia-a-dia, vemos a mulher moçambicana a levantar-se e a seguir os seus sonhos, sem se intimidar com os obstáculos que surgem ao longo da caminhada. Vemos a manifestação da resiliência e do querer, de um grupo social que movimenta a economia a vários níveis. E nós, justamente porque testemunhamos com admiração e estima a luta das mulheres, sempre buscamos estar entre elas”, disse o PCE para de seguida salientar que “no Moza, as mulheres estão em todas as posições. Elas lideram, tomam decisões, orientam e também são orientadas, numa clara demonstração de versatilidade e talento, contribuindo, assim, para colocar a nossa Marca em posições cada vez mais cimeiras, no panorama financeiro nacional”. 

 

Através do projecto Moza Women, o Banco pretende também potenciar a mulher e a rapariga vulneráveis, garantindo que possam sonhar e realizar, tendo o Moza como um dos principais alicerces para a concretização das suas metas e objectivos de vida.

 

Para o Moza, a maior gratificação que advirá deste projecto será o aumento significativo de mulheres a contribuírem cada vez mais para o alcance das metas globais e estruturais do país, no quadro da luta pelo desenvolvimento económico e social.

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