Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

Economia e Negócios

Está interrompida por completo a circulação na estrada EN380, no troço entre Macomia e Awasse, que faz a ligação entre Pemba e os distritos mais a norte de Cabo Delgado, entre eles o distrito de Palma, onde decorrem vários empreendimentos visando a exploração de gás liquefeito na bacia do Rovuma. O troço é também fundamental na ligação por estrada com a Tanzania.

 

O corte da via deu-se no dia 31 de Dezembro, quando um camião da chinesa Mongo LDA galgou a ponte sobre o Rio Mwela, carregado de dois contentores cheios de madeira com mais de 40 tons, quando a ponte suportava um limite recomendado de 28 toneladas. Até ontem à noite, o camião, que ia da zona de Palma para Pemba, não tinha sido removido do local. Esperava-se que a empresa proprietária trouxesse uma grua para ajudar na sua remoção

.

A queda da referida ponte está a causar uma grande dor de cabeça aos utentes, incluindo transtornos a empresas com actividade em Palma, onde decorrem várias obras no quadro da monetização do gás do Rovuma. Agora, quem quiser deslocar-se de Pemba aos distritos de Mueda, Nangade, Mocímboa da Praia e Palma, tem de fazer um desvio a partir de Macomia, através de uma via alternativa de pouco mais de 100 km. São estradas alternativas que partem de Xitaxi a Namacande ou Chitunda a Ntchinga, mas são vias não recomendáveis para viaturas de grande porte. Uma fonte governamental disse à “Carta” que está a ser equacionada a abertura de uma alternativa de circulação mais curta, enquanto se mobilizam fundos para a reconstrução completa da ponte. (Saíde Abibo)

A empresa italiana ENI, e os seus parceiros na exploração de gás natural na área 4 da Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, garante que já existem compradores suficientes para o seu gás. “Os compradores já forneceram uma base que garante o financiamento do projecto”, diz a ENI em comunicado de imprensa, datado do último fim de semana.  De acordo com o comunicado, “o compromisso dos compradores está ainda sujeito à conclusão dos acordos já firmados e à aprovação do Governo de Moçambique”. A ENI não especifica, entretanto, quem são os ditos compradores do gás. Mas garante que a Decisão Final de Investimento será tomada a qualquer momento no presente ano de 2019.

 

Massimo Mantovani, Director-Geral de Marketing e Energia de GNL da ENI, afirma que a assunção de compromissos por parte dos compradores “são por si só um importante passo para o projecto de gás liquefeito no Rovuma”. (Carta)

segunda-feira, 31 dezembro 2018 08:57

Preços de produtos básicos disparam drasticamente

A menos de um dia do final de ano, os preços dos produtos básicos dispararam drasticamente nos principais mercados da cidade de Maputo, o que se certamente se irá repercutir nas festas dos moçambicanos. Numa ronda realizada nos principais mercados da cidade de Maputo, há uma semana, “Carta” constatou que a caixa de tomate era comercializada a 580 Mts, o saco (de 10 kgs) de batata a 380 Mts, a unidade de frango custava 250 Mts, enquanto que a garrafa de 5 litros de óleo era vendida a 350 Mts.

Os estabelecimentos do sector do Turismo e Restauração devem, ao abrigo da legislação, comunicar com antecedência o seu encerramento. De acordo com o decreto-lei 49, de 2016, que regula os Empreendimentos Turísticos, Restauração e Bebidas e Salas de Dança, os estabelecimentos deve indicar, até 31 de Maio de cada ano, o período de funcionamento do ano seguinte. O regulamento, no número 3 do artigo 221, reza que, na falta de comunicação atempada, o estabelecimento deve estar aberto durante todo o ano.

A falta de fiscalização ambiental nas praias é uma das causas para a proliferação de lixo. Se houvesse presença policial nas praias, os cidadãos se sentiriam intimidados e não depositariam seu lixo em lugares impróprios. Noutras paragens do mundo, o que ajuda na conservação adequada do lixo é a presença das autoridades nas praias, nas ruas, e uma permanente consciencialização para que as pessoas percebam que os detritos afectam sua saúde. Neste período da quadra festiva a poluição e consequente degradação ambiental nas referidas zonas atingem os seus momentos de pico.

sexta-feira, 28 dezembro 2018 03:00

CCM apoia na certificação de empresas

A Câmara de Comércio de Moçambique-CCM, em parceria com a AccSysm (empresa do Grupo Meridian 32), está, desde o mês passado, a apoiar na certificação de empresas com o selo internacional ISO 9001, referente à gestão de qualidade. A novidade é que o custo das certificações de pequenas e médias empresas situa-se abaixo de 1 milhão de Meticais, sendo que estas têm a possibilidade de amortizar o valor devido em seis prestações mensais.

 

Falando em conferência de imprensa esta segunda-feira (24 de Dezembro), o presidente da Camara do Comércio de Moçambique, Julião Dimande, disse que a iniciativa visa permitir uma maior competitividade das empresas moçambicanas nos projectos de exploração de gás na bacia do Rovuma. "A nossa maior luta é garantir, muito antes do início da exploração de gás na bacia do Rovuma, a certificação de grande parte das empresas associadas à Câmara (quase 800) e não só, isto para que as mesmas sejam qualificadas com vista a participar nos vários concursos que serão lançados muito em breve", afirmou Dimande.

 

Para a aquisição do Certificado ISO 9001, no âmbito desta iniciativa, as microempresas (com um a quatro colaboradores) pagam 830 mil Mts, as pequenas (com cinco a 49 colaboradores) 900 mil Mts, enquanto as médias (entre 50 e 99 colaboradores), o valor a desembolsar é de 999 mil Mt. Já no que diz respeito às consideradas grandes empresas (acima de 100 colaboradores), a taxa é fixada de acordo com a proposta comercial.

 

Segundo Julião Dimande, as tarifas acima referidas foram determinadas tendo em conta que várias empresas moçambicanas não gozam de condições financeiras para suportar o custo real da respectiva certificação, tendo ainda revelado que o processo poderá durar menos de um ano. Embora sem se deter em detalhes, o presidente da CCM disse que a instituição que dirige continua a angariar fundos junto dos parceiros para prover mais apoio na certificação das empresas. (Evaristo Chilingue)