Atenta como sempre, “Carta” monitorou o desenrolar da situação, deslocando-se aos mercados do Zimpeto, Xiquelene, Xipamanine, Fajardo, tendo percebido que os produtos acima citados sofreram um agravamento significativo. Neste momento, a caixa de tomate custa entre 900 e 1000 Mts, o saco de batata oscila entre 460 e 480 Mts, a garrafa de 5 litros de óleo custa 400 Mts e o frango subiu para 270 Mts – o que significa um agravamento de quase 40% em alguns produtos.
Entretanto, a porta-voz da INAE, Virginia Muianga, diz que a nível nacional verifica-se uma instabilidade dos preços dos cereais. Em contrapartida, observa-se uma oscilação de preços dos vegetais no mercado do Zimpeto – isto por conta da baixa na oferta destes produtos nas zonas de produção (nacional), nomeadamente Chókwe, Katuane e Moamba. Nesse contexto, os agentes económicos viram-se obrigados a reforçar a importação dos mesmos da África do Sul. Os consumidores por sua vez, afirmam que é desta vez que a quadra festiva será passada na base do “tseke” – como já foi antes aconselhado pelo actual Presidente da República.
‘’Meus filhos gostam muito de batata, sai de casa com apenas 300 meticais para adquirir o saco mas não o posso fazer porque em todas bancas por onde passo dizem que a batata custa 480 meticais, assim os meus filhos terão de se contentar com a situação, ou terei que comprar alguns quilos”, disse dona Aida, uma cidadã por nós contactada quando fazia as suas compras no mercado Xiquelene. Já Cláudia, uma outra cidadã que abordamos no mercado do Zimpeto disse: ‘’tive que ´riscar´ a batata do meu cardápio, pois são quase 500 meticais que tenho de entregar por um saco que não dura sequer uma semana na minha casa. É desta vez que teremos de passar a virada do ano na base de verduras e sem tomate’.(Carta)