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quinta-feira, 04 fevereiro 2021 04:15

Ataques em Cabo Delgado: Nyusi reitera perdão a jovens recrutados pelos terroristas

Vinte e três (23) dias depois de ter prometido, publicamente, perdoar os jovens recrutados pelo grupo terrorista, que actua na província de Cabo Delgado, desde Outubro de 2017, o Chefe de Estado, Filipe Jacinto Nyusi, voltou a garantir segurança aos jovens (dos 14 aos 20 anos de idade) que queiram regressar ao convívio familiar.

 

A garantia foi dada esta quarta-feira, em Maputo, durante as comemorações do Dia dos Heróis Nacionais, data que se comemora a cada dia 03 de Fevereiro, em homenagem aos que lutam pela independência do país.

 

No seu discurso de ocasião, proferido a partir da Praça dos Heróis Moçambicanos, Filipe Nyusi reiterou haver jovens que estão arrependidos de integrar o grupo terrorista e que desejam regressar à casa, porém, não têm coragem suficiente para realizar o seu desejo.

 

“Usamos esta ocasião para, mais uma vez, chamar a consciência dos nossos concidadãos, na sua maioria jovens (dos 14 aos 20 anos), recrutados pelos terroristas, a não hesitar em retornar às suas famílias, como se têm manifestado nos últimos tempos. Sabemos que não têm coragem de o fazer com receio de retaliações. As estruturas locais e as Forças de Defesa e Segurança tudo farão para vos receber em segurança e garantir o vosso enquadramento”, prometeu Filipe Nyusi.

 

Lembre-se que, no passado dia 11 de Janeiro, no seu regresso da Tanzânia – onde efectuara uma visita de trabalho a convite do seu homólogo, John Magufuli, para discutir a situação dos ataques terroristas em Cabo Delgado – o Presidente da República prometeu perdoar os jovens moçambicanos recrutados pelos terroristas, caso mostrem o seu arrependimento pelos crimes cometidos.

 

“Encontrem forma para falar com as Forças de Defesa e Segurança para vocês voltarem ao convívio de nós todos. Nós vamos fazer tudo por tudo para o povo moçambicano compreender que foram manipulados e usados. Vocês não são assassinos por natureza, estão a ser movidos para essa guerra”, disse.

 

Referir que os ataques terroristas já provocaram a morte de mais de duas mil pessoas, entre civis, membros das Forças de Defesa e Segurança e do grupo terrorista, para além de terem causado a deslocação de cerca de 600 mil pessoas. (Carta)

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