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segunda-feira, 01 fevereiro 2021 04:34

“Terroristas não têm agenda própria” – conclui estudo

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Rovuma (UniRovuma), publicado semana finda, na cidade de Pemba, capital provincial de Cabo Delgado, e que versa sobre o terrorismo naquele ponto do país, entre 2017 e 2020, conclui que os insurgentes não têm agenda própria e que pretendem instalar um estado islâmico moderno, que não contemple a substituição do governo oficial.

 

A pesquisa, baseada em entrevistas aos deslocados provenientes do distrito de Mocímboa da Praia, aponta, entre outros factores que ditaram o terrorismo, em Moçambique, as razões económicas e sociais, sobretudo o sentimento de exclusão social por parte da população da etnia Kimwani, supostamente a mais marginalizada entre as etnias que compõem a província de Cabo Delgado.

 

Coordenada e orientada por Geraldo Macalane, a pesquisa, desenvolvida entre os meses de Outubro e Novembro de 2020, indica ainda que cidadãos provenientes dos outros pontos do país tinham mais oportunidades que os nativos, facto que provocou muita ira entre os mais jovens.

 

Presente na cerimónia de apresentação dos resultados da pesquisa, o Secretário de Estado da província de Cabo Delgado, Armindo Ngunga, reiterou a falta de informação, por parte do Governo, das reais motivações do grupo, que já causou a deslocação de mais de 500 mil pessoas, para além de provocar a morte de mais de duas mil pessoas, entre membros do grupo terrorista, das Forças de Defesa e Segurança e cidadãos civis. (Carta)

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