Numa (longa) missiva publicada na sua ultima edição online, o ‘CanalMoz’ acusa o ‘Notícias’ de censura. Pelo que se lê na publicação, “a edição de quarta-feira, 26 de Dezembro de 2018, que devia eleger a ‘figura do ano’, não estará na rua, porque a mesma não foi impressa. A impressão devia ter sido feita na gráfica da ‘Sociedade Notícias’, mas os gestores da gráfica receberam alegadas ‘ordens superiores’ para devolverem o cheque do ‘Canal de Moçambique’, que já havia sido entregue ao Departamento Comercial. Numa acção que interpretamos como censura e intolerância política contra o ‘Canal de Moçambique, sem qualquer tipo de explicação, os gestores da gráfica da ‘Sociedade Notícias’, que é sustentada por fundos públicos, rejeitaram o cheque porque receberam ordens para não imprimir o jornal”.
A festa que celebra o nascimento de Jesus Cristo foi marcada, este ano, por sangue nas estradas nacionais, provocado por 10 acidentes de viação que resultaram em nove óbitos e um ferido. Este é o balanço preliminar do período de Natal (entre os dias 24 e 25 de Dezembro), apresentado ontem em Maputo, pelo porta-voz do Comando Geral da Polícia de Moçambique (PRM), Inácio Dina.
Os esforços do governo provincial de Cabo Delgado têm sido reduzidos ao fracasso sempre que este procura dar resposta à situação de vulnerabilidade que algumas famílias dos distritos de Macomia, Palma, Mocímboa da Praia e Nangade enfrentam, desde que tiveram início os ataques protagonizados por homens armados, há quase 14 meses.
Dez pensionistas do Sistema de Segurança Social, da província de Nampula, receberam igual número de cadeiras de rodas, oferta da delegação provincial do INSS, no âmbito do Programa de Acção Sanitária e Social do presente ano.
O Plano de Desenvolvimento da Exxon Mobil no quadro da monetização do gás do Rovuma foi recentemente chumbado pelo Instituto Nacional de Petróleo (INP). O facto foi avançado pela STV, na passada sexta feira, numa entrevista com Carlos Zacarias, o PCA do INP. Uma fonte do INP falou à “Carta” no fim de semana sobre o assunto. Basicamente, o Plano da Exxon, submetido em Julho, foi chumbado porque não respondia a determinados requisitos legais, disse a fonte.
Quem viaja da África do Sul com destino ao nosso país está a enfrentar um verdadeiro “inferno”, antes da sua chegada à cidade de Maputo. Em causa está o tempo de espera na fronteira de Ressano Garcia. O que antes era feito em sensivelmente 10/15 minutos, presentemente leva mais de sete horas. Não se respeitam mulheres gravidas, mães com bebés pequenos, nem idosos: todos têm de cumprir longas filas, sem ao menos terem direito a um lugar para se sentarem enquanto aguardam pelo atendimento. “Não percebemos as razões que estão por detrás disto, estamos a levar tantas horas nas filas. O caos é presente. Do lado sul-africano, o atendimento é muito lento, cheguei à fronteira à 01H00 da madrugada e só consegui atravessar às 07H00 da manhã. O pior é que de Maputo tenho de apanhar um outro carro para a província de Gaza’’, disse Ana Lhavaguane, uma das passageiras interpeladas pela ‘’Carta’’.
Operadores semi-industriais de pesca de Capenta na Albufeira de Cahora Bassa, província de Tete, reclamam o agravamento de taxas de licenciamento das suas embarcações, de 21 mil para 105 mil Meticais. Os operadores sentem-se “sufocados” com as novas tarifas e acham que não estão em condições de continuar a exercer as suas actividades.
Contrair doença em Moçambique não é para qualquer um, mas sim para quem tem os bolsos “recheados”. Quanto aos que não podem pagar, a solução é contentarem-se com as longas listas de espera, sendo que o atendimento pode demorar mais de um ano. Na ultima sexta-feira, “Carta” visitou o serviço de Ortopedia do Hospital Central de Maputo e o cenário encontrado foi o de grandes filas de pessoas que tinham algum trauma e pretendiam receber tratamento. Para surpresa dos pacientes, as consultas estavam a ser marcadas para Janeiro de 2020.
Chicomo é a aldeia onde houve um maior número de casas incendiadas desde o início da insurgência, no distrito de Macomia. Só no ataque perpetrado na última sexta-feira pelos àquela aldeia (situada na localidade Nguida, posto administrativo de Macomia-sede, a quase 45 km da vila sede de Macomia) foram 103 as casas danificadas, o que obrigou a que os respectivos donos abandonassem o local.
Muito recentemente, populares de Nangade, a norte de Cabo delgado, juntaram-se às Forças de Defesa e Segurança e fizeram-se ao mato, para combater os rebeldes que aterrorizam a zona. Foi a única via que os residentes daquela parcela do país encontraram para dar resposta à situação que desgraça cada vez mais famílias.