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A Amnistia Internacional exortou ontem a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla em inglês) a tomar uma "posição firme" face à violência que alastrou em Moçambique após as eleições de 09 de outubro.

 

"A situação em Moçambique piora a cada dia que passa, à medida que o número de mortos aumenta, mas a SADC mantém um silêncio chocante", lamentou a diretora regional adjunta da Amnistia Internacional para a África Oriental e Austral, Khanyo Farisè.

 

"Independentemente do resultado das eleições, a SADC deve tomar uma posição firme contra o ataque ao direito de protesto e o assassínio de manifestantes", acrescentou.

 

O bloco, de quem Angola é Estado-membro, tem sido "dolorosamente lento a responder à crise de Moçambique", mas "tem de se pronunciar agora com força contra as violações contínuas dos direitos humanos pelas forças de segurança moçambicanas e colocar os direitos humanos e a responsabilização no centro da sua próxima cimeira em Harare, no Zimbabué", que se vai realizar entre 16 e 20 de novembro, acrescentou.

 

"A União Africana tem também de fazer muito mais para responsabilizar as autoridades moçambicanas, nomeadamente solicitando à Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos que realize investigações sobre as violações dos direitos humanos em curso em Moçambique", concluiu.

 

Moçambique, e sobretudo Maputo, vivem paralisações de atividades e manifestações convocadas desde 21 de outubro pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados das eleições gerais, anunciados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e que dão vitória a Daniel Chapo e à Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder).

 

Mondlane pediu um novo período de manifestações nacionais em Moçambique, com inicio esta quarta-feira, em todas as capitais provinciais, incluindo Maputo, e alargado aos portos, às fronteiras do país, e aos corredores de transporte que ligam estas infraestruturas, apelando à adesão dos camionistas contestando o processo eleitoral.

 

O comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, disse na terça-feira que é preciso um "basta" às manifestações e paralisações, referindo que são "terrorismo urbano" com intenção de "alterar a ordem constitucional".

 

Na terça-feira, os empresários moçambicanos estimaram em 24,8 mil milhões de meticais (354 milhões de euros) os prejuízos causados em dez dias de paralisações e manifestações, durante as quais 151 unidades empresariais foram vandalizadas.

 

O Ministério Público moçambicano já instaurou 208 processos-crime para responsabilizar os autores "morais e materiais" da violência nas manifestações pós-eleitorais, anunciou também na terça-feira a Procuradoria-Geral da República (PGR), responsabilizando o candidato presidencial Venâncio Mondlane. (Lusa)

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O assassinato indiscriminado de cidadãos indefesos pela Polícia e demais Forças de Defesa e Segurança (FDS), no âmbito das manifestações populares, continua sendo ignorada pelos órgãos do Estado com responsabilidade na protecção de pessoas e bens.

 

Ontem, o Conselho Nacional de Defesa e Segurança realizou uma reunião extraordinária para analisar a situação das manifestações pós-eleitorais, a evolução das acções de combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado e o Relatório de Inquérito à morte do Director-Geral do Serviço de Informações e Segurança do Estado (SISE), morto no passado dia 02 de Novembro, em acidente de aviação, ocorrido no distrito de Mapai, província de Gaza.

 

Em comunicado emitido ontem, o Conselho Nacional da Defesa e Segurança (CNDS) saudou as FDS “pela postura e sentido de Estado demonstrados durante as manifestações”, facto que “concorreu para o restabelecimento de segurança e tranquilidade públicas”.

 

Numa nota de seis parágrafos, o órgão de assessoria do Presidente da República em matéria de defesa não se pronunciou em torno do assassinato indiscriminado dos cidadãos. Apenas endereçou “sentidas condolências às famílias que perderam os seus entes queridos” e solidarizou-se com os empresários cujos empreendimentos foram vandalizados e/ou saqueados.

 

O CNDS defende que as manifestações populares convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane constituem uma “tentativa velada de subversão da ordem democrática legitimamente instituída e de colocar entraves ao funcionamento das instituições, à livre circulação de pessoas e bens, com consequências desastrosas sobre a economia nacional”.

 

Aliás, esta é a narrativa que é defendida pelo Governo, pela Polícia e pelo partido Frelimo desde Março do ano passado, quando cidadãos indefesos foram impedidos de homenagear o rapper Azagaia, falecido a 09 de Março daquele ano. (Carta)

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Três pessoas foram assassinadas e sete ficaram feridas esta quarta-feira, na cidade de Nampula, província com mesmo nome, no arranque da quarta e última etapa das manifestações populares, convocadas pelo candidato presidencial Venâncio António Bila Mondlane. Para além de óbitos e feridos, a Polícia deteve outras 22 pessoas, de acordo com o balanço da corporação.

 

As vítimas, dois homens e uma mulher, foram assassinadas nas suas residências no populoso e famoso bairro de Namicopo. Vídeos amadores postos a circular ontem nas redes sociais mostram agentes da Unidade de Intervenção Rápida a disparar balas reais e a lançarem gás lacrimogéneo para as residências e contra manifestantes, que se encontravam a fazer uma marcha pacífica.

 

Como resultado da acção policial, um agente da Polícia escapou à morte por apedrejamento após perseguição popular e a sede do Posto Administrativo de Namicopo foi incendiada. O polícia só não morreu devido à intervenção de uma família, onde se havia refugiado.

 

Já em Quelimane, província da Zambézia, a Polícia foi, mais uma vez, protagonista de actos de violência. Quase que incomodada com a falta de tumultos naquela autarquia durante os 11 dias das manifestações populares, a Polícia impediu a realização de uma marcha pacífica de recepção de Manuel de Araújo, Edil de Quelimane, comunicada atempadamente às autoridades.

 

Com recurso ao gás lacrimogénio e balas reais, tal como em outras partes do país, a Polícia impediu a marcha, uma atitude prontamente respondida pela população, colocando barricadas na via pública e queimando pneus. Tal como em Maputo, no dia 21 de Outubro, os jornalistas e o Edil de Quelimane não escaparam ao gás lacrimogénio da Polícia, que tentava impor-se à força.

 

Já em Maputo, diferentemente dos primeiros 11 dias das manifestações, marcados por tumultos e troca de mimos entre a Polícia e os manifestantes em resultado da violência policial, ontem não houve registo de casos de violência e nem a presença de manifestantes na rua. Apenas houve registo de bloqueio da estrada no Município da Matola, província de Maputo, concretamente no quilómetro 18, da Avenida Josina Machel.

 

A circulação de pessoas e bens também esteve tímida, tal como o comércio. Grande parte dos estabelecimentos comerciais estavam encerrados, enquanto os informais “desocuparam” os passeios. Os transportadores também se fizeram à estrada com alguma timidez.

 

Situação contrária verificou-se nas fronteiras e portos moçambicanos, onde houve um fraco movimento de pessoas e viaturas. Os Portos de Maputo, Matola e Nacala estavam quase encerrados, enquanto o da Beira registou um fraco movimento de camiões. Aliás, o cenário se repetia esta manhã, pelo menos no Porto da Matola.

 

Estiveram também quase encerradas as fronteiras de Ressano Garcia e de Machipanda, as duas maiores fronteiras terrestres do país, que se localizam nas províncias de Maputo e Manica, respectivamente. Nas duas fronteiras, não houve registo de entrada e nem saída de viajantes e muito menos de viaturas particulares e de transporte de passageiros.

 

No caso da fronteira de Ressano Garcia, incendiada pelos manifestantes na semana finda, o acesso estava bloqueado pelos manifestantes, que formaram uma barricada humana em plena Estrada Nacional Nº 4. Igualmente, verificou-se uma fila de centenas de camiões sul-africanos de transporte de minérios, estacionados antes do famoso quilómetro quatro, local destinado ao desembaraço aduaneiro.

 

A Polícia de Fronteira e os militares do Ramo do Exército das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, munidos de armas de fogo e BTR, encontravam-se acampados em Ressano Garcia, mas não houve registo de tumultos. Aliás, a atitude diplomática do exército continua a ser elogiada pelos manifestantes que vêem nas FADM um aliado e não um inimigo.

 

Em geral, informações colhidas pela “Carta” apontam para um ambiente “calmo” em quase todas as cidades do país. Anunciadas na última segunda-feira, as manifestações visam a ocupação de fronteiras, capitais provinciais e portos, com vista à paralisação da actividade económica.

 

Refira-se que a quarta e última etapa das manifestações populares convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, em protesto contra os resultados eleitorais do escrutínio de 09 de Outubro último, que dão vitória à Frelimo e seu candidato Daniel Chapo, termina amanhã, na sua primeira fase, sendo que as subsequentes serão anunciadas nos próximos dias. (Carta)

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Estão divididas e extremadas as posições dos moçambicanos quanto à cessação ou não das manifestações amanhã, sexta-feira, para permitir a realização do jogo de futebol entre as selecções de Moçambique e Mali, no quadro da quinta e penúltima jornada das qualificações à Copa Africana das Nações (CAN), a realizar-se no Marrocos, em Janeiro de 2026. O jogo realiza-se às 18h00, no Estádio Nacional do Zimpeto, em Maputo.

 

Segundo o Presidente da Federação Moçambicana de Futebol, Faizal Sidat, a Confederação Africana das Nações (CAF) enviou uma nota ao órgão reitor do futebol moçambicano a exigir garantias de segurança para a realização da partida, face às manifestações populares em curso no país desde 21 de Outubro e que já causaram a morte de pelo menos 30 pessoas, incluindo crianças, assassinadas pela Polícia.

 

Na nota enviada semana finda, diz Sidat, a CAF avança a possibilidade de atribuir derrota à selecção nacional, caso não se garanta segurança às três equipas, incluindo de arbitragem. O assunto foi apresentado aos Ministérios do Interior e da Defesa Nacional que, ao invés de recomendar uma partida à porta fechada, garantiram total segurança para o jogo que pode garantir a segunda qualificação consecutiva àquele torneio continental.

 

No entanto, a decisão não acolhe consenso a nível da sociedade, havendo quem entende que o futebol devia solidarizar-se com a situação que se vive no país, sobretudo com a chacina de civis pela Polícia. Aliás, a falta de um minuto de silêncio nos jogos da última jornada do Moçambola, em memória às vítimas das balas da Polícia, é também outra questão que divide opiniões e que coloca o jogo de amanhã em alerta máximo.

 

Laurina Nove é uma das cidadãs que entende que as manifestações não só prejudicam o futebol, mas também a educação. “Não temos quem deve ou não fazer alguma coisa, até as crianças tinham avaliações na semana passada, porém, ninguém falou disso”, defende.

 

Opinião idêntica é expressa por João Matsinhe, que entende que a adesão popular ao jogo pode demonstrar a fragilidade dos moçambicanos e transmitir uma imagem de paz no país, facto que não existe.

 

Manuel Taque entende que o jogo de futebol de amanhã deve ser usado como termómetro para a comunidade internacional analisar a situação que se vive em Moçambique, de modo a ser mais incisiva nas suas condenações. “Penso que ninguém devia ir ao jogo. O país está em chamas e isso não pode ser ignorado. Há famílias que estão de luto por causa disto”.

 

Do outro lado da barricada está Eduardo Mahumana, que acredita que os moçambicanos vão lotar e até “transbordar” o maior e mais moderno recinto desportivo do país. “Penso que o jogo vai acontecer, somos adultos o suficiente para separarmos as águas.

 

Narciso Mula também entende que os “Mambas” podem jogar amanhã e a “luta” continuar nos próximos dias. “O futebol pode promover a paz. Seria bom até para desanuviarmos”, defende.

 

Moçambique lidera o Grupo I das qualificações ao CAN-2025 com oito pontos, os mesmos que o Mali soma ao fim de quatro jogos. As duas selecções ainda não perderam e uma vitória garante amanhã a qualificação a cada uma das equipas. A selecção moçambicana encerra a sua caminhada ao Marrocos na terça-feira, jogando com a selecção nacional da Guiné-Bissau, em Bissau, enquanto Mali recebe a sua congénere do eSwatini.

 

Refira-se que esta não será a primeira vez em que o Estádio Nacional de Zimpeto irá acolher um jogo de futebol sob “tensão”. Em Março de 2022, durante as qualificações ao CAN da Costa do Marfim, realizado em Janeiro último, Maputo recebeu o jogo entre as selecções de Moçambique e do Senegal, dois dias depois de a Polícia acusar os fãs e admiradores do rapper Azagaia de orquestrar um “Golpe de Estado”.

 

A Polícia (em suas diversas especialidades), incluindo os seus mancebos; os serviços secretos; e militares inundaram o Estádio com intenção única de repelir o “Golpe de Estado”, terminologia usada pelo Vice-Comandante Geral da Polícia ao então movimento de homenagem do rapper Azagaia, falecido no dia 09 de Março daquele ano, vítima de doença. Lembre-se que dias antes, a Polícia havia impedido uma manifestação pacífica nas cidades de Maputo, Quelimane, Nampula e Nacala-Porto. (Carta)

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Enquanto o governo organiza uma boa logística para os agentes da Polícia envolvidos na repressão brutal das manifestações populares convocadas pelo candidato presidencial apoiado pelo partido Podemos, Venâncio Mondlane, para protestar contra os resultados eleitorais, considerados fraudulentos, os soldados destacados no Teatro Operacional Norte (TON), para o combate ao terrorismo, abandonam a sua posição em Mucojo, distrito de Macomia, província de Cabo Delgado, por alegada falta de alimentação e rendição.

 

Os militares governamentais contaram à população local, sem muitos detalhes, que estavam destacados em Quiterajo, há muitos dias, para combater os terroristas, mas que há bastante tempo corriam risco de morrer, não por balas do inimigo, mas por não receberem alimentação suficiente.

 

"Disseram que têm enfrentado dificuldades de alimentação, ao contrário das tropas de Ruanda, por exemplo", disse uma fonte sob condição de anonimato.

 

"Muitos deles chegaram à vila de Macomia, entre segunda e terça-feira, apenas para deixar o armamento no quartel e abandonaram o serviço. Estão a perder a vida e muitos decidiram abandonar a missão. São grupos que terminaram o treinamento em Janeiro deste ano e logo foram destacados directamente para lá", confidenciou a fonte.

 

As nossas fontes revelaram que não é a primeira vez que a falta de logística tem desafiado os membros das Forças Armadas de Defesa de Moçambique no Teatro Operacional Norte (TON), uma vez que episódios desta natureza já se repetem por várias vezes.

 

"Tenho duas informações sobre essa “fuga” de militares. A primeira é que esse grupo estava na zona de Quiterajo e decidiu sair a pé devido à falta de rendição e alimentação. A segunda é que foram atacados pelos terroristas e estão a fugir", comentou outro residente da vila de Macomia.

 

Lembre que dados divulgados pelo governo indicam que as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) haviam gastado até Setembro 82,8% do seu orçamento anual. (Carta)

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Está em curso, desde a manhã desta quarta-feira, a quarta e última etapa das manifestações populares convocadas pelo candidato presidencial Venâncio António Bila Mondlane, em protesto aos resultados eleitorais do escrutínio de 09 de Outubro último, que dão vitória à Frelimo e ao seu candidato Daniel Chapo.

 

Anunciadas na última segunda-feira por Venâncio Mondlane e com duração de três dias, na sua primeira etapa, as manifestações visam a ocupação das fronteiras, capitais provinciais e dos portos, com vista à paralisação da actividade económica.

 

Informações colhidas pela “Carta” na manhã de hoje apontam para um ambiente “calmo” em quase todas cidades do país, excepto na cidade de Nampula, onde quatro jovens foram baleados pela Polícia nas suas residências no bairro de Namicopo, sendo que dois perderam a vida.

 

Vídeos amadores postos a circular nas redes sociais mostram a Polícia a disparar balas reais e a lançar gás lacrimogénio para as residências e contra um grupo de manifestantes, que se encontrava a fazer uma marcha pacífica naquele populoso bairro da capital provincial de Nampula.

 

Diferentemente dos primeiros 11 dias das manifestações, marcadas por tumultos e troca de mimos entre a Polícia e os manifestantes em resultado da violência policial, a Cidade de Maputo ainda não registou casos de violência e nem a presença de manifestantes na rua.

 

Há, porém, registo de bloqueio da estrada no Município da Matola, província de Maputo, concretamente no quilómetro 18, da Avenida Josina Machel. A circulação de pessoas e bens também está tímida, tal como o comércio. Grande parte dos estabelecimentos comerciais estão encerrados, enquanto os informais “desocuparam” os passeios.

 

Situação contrária verifica-se nas fronteiras e portos moçambicanos, onde há registo de um fraco movimento de pessoas e bens. Os portos de Maputo, Matola e de Nacala estão quase encerrados, enquanto o Porto da Beira regista um fraco movimento de camiões.

 

Estão também quase encerradas as fronteiras de Ressano Garcia e de Machipanda, as duas maiores fronteiras terrestres do país, que se localizam nas províncias de Maputo e Manica, respectivamente. Nas duas fronteiras não há registo de entrada e nem saída de viajantes e muito menos de viaturas particulares e de transporte de passageiros.

 

No caso da fronteira de Ressano Garcia, incendiada pelos manifestantes na semana finda, o acesso está bloqueado pelos manifestantes, que formaram uma barricada humana em plena Estrada Nacional Nº 4. Igualmente, verifica-se uma fila de centenas de camiões sul-africanos de transporte de minérios, estacionados antes do famoso quilómetro quatro, local destinado ao desembaraço aduaneiro.

 

A Polícia de Fronteira, a Unidade de Intervenção Rápida e militares do Ramo do Exército das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, munidos de armas de fogo e BTR, encontram-se acampados em quase todos os portos e fronteiras do país. (Carta)

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