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domingo, 16 fevereiro 2020 06:44

Garimpo ilegal em Montepuez: OAM indignada pela falta de medidas preventivas adequadas por parte das autoridades

Foi através de um comunicado de imprensa, que a Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) reagiu à morte de 11 pessoas, entre os dias 04 e 05 de Fevereiro último, numa área de mineração concessionada à empresa mineradora Montepuez Ruby Mining (MRM), em Namanhumbir, distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado.

 

Segundo a OAM, “estas ocorrências recorrentes causam indignação, pois, é de domínio público e das autoridades que o garimpo ilegal é ali praticado, mas não são tomadas preventivas adequadas”, recordando que, em 2019, 14 garimpeiros ilegais morreram soterrados, devido ao desabamento da mina, na mesma zona.

 

A OAM diz estar à espera que as autoridades governamentais e outras entidades relevantes realizem um trabalho, com vista à investigação dos cabecilhas e intermediários dos referidos sindicatos, para evitar a exploração das camadas vulneráveis e perda de vidas de inocentes.

 

Recorde-se que, no seu comunicado de imprensa, publicado a propósito da tragédia verificada naquela zona, a MRM afirmou que “os mineradores ilegais são normalmente controlados por sindicatos e intermediários que tiram vantagens da pobreza e desemprego, através de financiamento de jovens em transporte, comida e acomodação nas áreas concessionadas à empresa”.

 

A organização liderada por Flávio Menete revela que a Comissão de Direitos Humanos da agremiação criou uma equipa de trabalho que se deslocará ao local dos factos para apurar os contornos da situação.

 

Lembre-se que a tragédia de Namanhumbir ocorreu, primeiro, na manhã do dia 04 de Fevereiro, onde um cidadão perdeu a vida e outro contraiu ferimentos. Na noite do mesmo dia, mais dois cidadãos perderam a vida nas mesmas circunstâncias e, no dia 05, outro desabamento ceifou oito vidas e fez vários feridos. Das vítimas, 10 são da província de Nampula e uma proveniente da Guiné-Bissau. (Carta)

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