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Actualizado de Segunda a Sexta

quarta-feira, 11 setembro 2019 05:48

Moçambique precisa de mais de 11 mil milhões de USD para o combate às mudanças climáticas

O governo moçambicano, através do Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento (MITADER), as organizações da sociedade civil e não-governamentais como o Fundo Mundial da Natureza (WWF-Moçambique) estiveram reunidas, desde segunda-feira (09 de Setembro), para discutir sobre a problemática das mudanças climáticas e desenhar um plano, conforme o recomendado pela Conferência das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas de 2015 (COP21), realizada em Paris entre 30 de Novembro a 12 de Dezembro de 2015.

 

Na reunião, que teve lugar em Maputo, entre segunda e terça-feira (09 e 10 de Agosto), Telma Manjate, técnica do departamento de mudanças climáticas a nível do MITADER, afirmou que para a implementação do plano sobre as Contribuições Nacionalmente Determinada (NDC), que já foi aprovado em Dezembro de 2018 e encontra-se a ser melhorado, o país vai precisar de mais de 11 mil milhões de USD.

 

Telma Manjate disse que o plano de acção abrange todas as áreas, porque o impacto negativo das mudanças climáticas abrange a todas as instituições públicas e privadas existentes em Moçambique. Manjate avançou que a implementação do mesmo vai precisar de mais apoios financeiros, porque existem instituições que ainda não definiram quanto vai se precisar.

 

Entretanto, o plano, ora em organização, engloba três áreas, sendo elas mitigação, adopção e aspectos transversais ligadas às mudanças climáticas que, nos últimos anos, têm afectado Moçambique drasticamente, como foi com os ciclones Idai, Kenneth e as secas no sul do país.

 

Relativamente a este aspecto, Rosália Pedro, focal point de género a nível do COP 21, disse estarem a trabalhar para que no plano de acção se observe os aspectos de género, visto que as mulheres e idosos têm sido excluídos no desenho de políticas, no entanto, elas é que sofrem mais com as mudanças climáticas, uma vez que as mesmas praticam agricultura.

 

De salientar que, no plano de acção, estão abrangidas questões ligadas à energia, processos industriais, saúde e florestas porque entendem que o problema das mudanças climáticas deve ser uma missão de todos.

 

Refira-se que Moçambique faz parte de um leque de 10 países africanos signatários da Convenção de Nairobi que ainda não incluíram a questão do carbono azul nas suas contribuições determinadas, e a nível global apenas 28 incluíram o carbono azul nos NDC através de medidas de mitigação e 59 através de medidas de adaptação. (Omardine Omar)

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