Tal como nos outros processos, a entrega da candidatura de Alice Mabota foi marcada por um momento de festa, proporcionada pelos seus apoiantes, na sua maioria mulheres, donas de casa que vêem na activista uma fonte de inspiração.
Falando à imprensa, após o acto, Mabota revelou que desde Fevereiro passado que está na mira da Ponta Vermelha, depois de ter sido convidada a concorrer por um conjunto de organizações e personalidades nacionais.
“Aceitei o desafio porque estive 30 anos na defesa dos direitos humanos e a lutar pela justiça e dignidade do povo moçambicano”, explica a fonte.
Alegando que a sua candidatura é de todos e não de alguns, Alice Mabota promete fazer de tudo para “resgatar a paz e colocar o país na rota do desenvolvimento”. Acrescenta que, na qualidade de Mais Alta Magistrada da Nação, irá “despartidarizar” o aparelho do Estado, melhorar o sistema de saúde, educação, agricultura, para além de valorizar os direitos humanos dos moçambicanos.
Para tal, diz contar com a juventude, que é uma das camadas mais excluídas da governação. A candidata defende que a sociedade civil será o motor do desenvolvimento do país, como acontece nos outros países que tem visitado.
No seu primeiro discurso como candidata à Presidência da República, Alice Mabota referiu que, se for eleita Chefe de Estado, irá trabalhar com todos os cidadãos deste país, sem nenhuma distinção, para mudar Moçambique que, na sua óptica, se encontra a caminho do precipício.
Garante que, mesmo perante as ameaças que a sua família vem sofrendo, não irá desistir, pois o seu compromisso é com o país.
Referir que, com a entrega desta candidatura, sobe para cinco o número de candidatos à Presidência da República, depois de Filipe Nyusi (Frelimo), Ossufo Momade (Renamo), Daviz Simango (MDM) e Hélder Mendonça (PODEMOS). Lembre-se as eleições presidenciais, legislativas e das Assembleias Provinciais realizam-se a 15 de Outubro próximo. (Omardine Omar)