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segunda-feira, 07 novembro 2022 07:46

Se a greve dos médicos se efectivar terá um impacto grave – considera Observatório Cidadão para Saúde

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Inicialmente marcada para arrancar hoje (7), por vinte e um dias, a greve nacional dos médicos e dos enfermeiros foi convocada em protesto contra as desconformidades da polémica Tabela Salarial Única (TSU). A data da greve foi remarcada para cinco de Dezembro e o adiamento surge na sequência do diálogo entre o Governo e a Associação Médica de Moçambique.

 

Entretanto, o Observatório Cidadão para Saúde (OCS) disse, este domingo, que se a greve se efectivar terá um impacto muito grave para a sociedade.

“Os médicos são os recursos humanos mais essenciais no sector da saúde. Existem doenças em que só um médico pode atender e dar o prognóstico ao paciente, então, se o médico não estiver a trabalhar significa que várias consultas deverão ser adiadas e isso pode agravar o estado de saúde do doente”, afirmou o Director-executivo do OCS, Jorge Matine.

 

Em conversa com a “Carta”, Jorge Matine assinalou que uma greve nestes moldes poderá fazer com que o pior aconteça, tendo em conta que o país está numa fase de reintrodução de alguns serviços que tinham sido interrompidos por conta da pandemia da Covid-19.

 

“Várias cirurgias já tinham sido adiadas e outras já não aconteciam por conta da Covid-19 e uma greve dos médicos nesta dimensão poderá aumentar o número de pacientes que esperam por uma cirurgia, o que pode também agravar o estado do paciente”, explicou.

 

O nosso país já possui um sistema nacional de saúde que não consegue funcionar na plenitude mesmo que os médicos digam que vão garantir alguns serviços mínimos, isso pode não ser suficiente para a sociedade”.

 

Jorge Matine frisou que o Governo deve continuar a dialogar com os médicos de modo a encontrar uma solução urgente para evitar que situações mais graves aconteçam no sector da saúde. (Marta Afonso)

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