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BCI
terça-feira, 08 novembro 2022 07:38

Hospitais da cidade de Maputo estão a funcionar normalmente, depois da ameaça da greve dos médicos

hospitaisGreve min

Os médicos de todo o país tinham anunciado uma greve nacional, a partir de ontem (07 de Novembro), devido às incongruências da Tabela Salarial Única (TSU), em vigor desde este mês no Aparelho do Estado. No entanto, neste domingo decidiram adiar a greve para 05 de Dezembro, na sequência do diálogo entre o Governo e a classe médica.

 

Entretanto, nesta segunda-feira, “Carta” fez uma ronda em alguns dos principais hospitais da cidade de Maputo, tendo constatado que todos os serviços estão a funcionar normalmente. A nossa reportagem escalou o Hospital Geral José Macamo, tendo constatado alguma enchente, mas com os serviços a funcionar em pleno.

 

Contudo, alguns pacientes queixavam-se do mau atendimento por parte de algum pessoal de serviço e outros mostravam-se agastados pelo facto das suas consultas terem sido remarcadas para o próximo ano, alegadamente porque o médico viajou e não se sabe a data de regresso.

 

Em conversa com a “Carta”, uma médica que falou em anonimato garantiu que todos os serviços estão a funcionar em pleno e não há relatos de ausência de nenhum médico.

 

“Todo o pessoal está aqui a trabalhar, não tivemos relatos de ausências, a greve dos médicos foi adiada, embora para satisfação de alguns e tristeza para outros, porque com esta greve tínhamos a esperança de pressionar o Governo a resolver de uma vez por todas as nossas inquietações. Assim, nos corredores deste hospital, há rumores de que os enfermeiros vão começar com uma greve na sexta-feira”.

 

De seguida, visitamos o Hospital Geral do Chamanculo, na Avenida do Trabalho, onde constatamos também que os serviços estavam em pleno funcionamento.

 

“Nós estamos a trabalhar, acredito que não houve nenhuma ausência, em todos os departamentos estão lá os médicos e enfermeiros a trabalhar, nós decidimos deixar o trabalho fluir normalmente”, garantiu um dos enfermeiros que conversou com a nossa reportagem.

 

Visitamos ainda o Hospital Central de Maputo, a maior unidade sanitária do país, onde os diversos serviços estavam a funcionar normalmente. Entretanto, ficamos a saber que em alguns departamentos não foram realizadas as habituais reuniões de entrega de serviço do turno anterior.

 

“Eu fiquei a saber do cancelamento da greve esta manhã, saí de casa normalmente como quem vai trabalhar e quando cheguei aqui no meu departamento de traumatologia estranhei o facto de não ter sido realizada a reunião habitual de entrega de serviço. Quando procurei perceber porquê, não tive explicação, mas estamos a trabalhar e não houve relatos de ausências por parte dos médicos”, relatou um médico que falou em anonimato.

 

No Banco de Socorros, os doentes queixavam-se da demora no atendimento, isto porque a prioridade vai para os doentes graves e os menos graves vão ficando para depois.

 

Entretanto, em conversa com a “Carta”, o director do Hospital Central de Maputo, Mouzinho Saúde, frisou que tudo está a funcionar normalmente e que todos os médicos compareceram ao serviço. (Marta Afonso)

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