Dos 425 Kg de cocaína apreendidos, a Polícia apenas apresentou publicamente 300 Kg, estando em falta 125 Kg. Tudo aconteceu esta segunda-feira (16), quando a Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula, através do seu porta-voz, Zacarias Nacute, anunciou a apreensão de cerca de 300 Kg de cocaína em Monapo e que a mesma se encontrava a ser analisada pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC).
No entanto, esta informação contradiz a primeira que avançava terem sido apreendidos 425 Kg de cocaína, criando aqui dúvidas sobre o paradeiro dos restantes 125 Kg. Recorde-se que, no passado dia 11 de Maio, uma brigada de agentes da PRM, na província de Nampula, posicionada no entroncamento entre a EN12 e a EN105, perseguiu uma viatura que violou o trânsito, tendo horas depois encontrado a mesma abandonada na Localidade de Carapira, no distrito de Monapo, que fica a menos de 100 Km da cidade de Nampula, trancada e sem o respectivo motorista.
Na ocasião, uma brigada composta por elementos da PRM, SERNIC e SISE (Serviço de Informação e Segurança do Estado) de Monapo arrastou o veículo até ao Comando Distrital, onde fez o trabalho de peritagem e produziu uma nota de informação operativa, explicando tudo que teria acontecido.
Do trabalho feito, foram apreendidos 14 volumes de sacos correspondentes a 425 quilogramas de drogas do tipo cocaína proveniente da região de Jempesse, em Lumbo, no Distrito da Ilha de Moçambique, para além da detenção de dois indivíduos, sendo um de 35 anos de idade, que responde pelo nome de Assumane Issa Nhororo e o outro Atibo Sumail Assumane, com um auto lavrado com o número 23/2022 por tentativa de suborno aos agentes com um valor monetário de 200.500,00 Meticais, para a recuperação da mercadoria apreendida.
Refira-se que foi em Nampula, concretamente no Distrito de Murrupula, onde, em princípios do presente ano, foram encontradas quantidades elevadas de drogas dissimuladas no meio de mercadorias numa viatura de transporte semi-colectivo que saía de Pemba, Cabo Delgado, com mais de 60 passageiros.
Depois de negociações entre o transportador e os agentes daquele Distrito, o mesmo acabou passando, tendo sido alegadamente interpelado em Mocuba, na Zambézia, mas infelizmente, os contornos finais do caso acabaram omissos ou tratados a sete chaves. (O.O.)