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quinta-feira, 21 outubro 2021 03:04

Caso “Max Love”: Tribunal inicia julgamento oito anos depois

Oito anos depois do assassinato do músico Jaime Paulo Caminho, mais conhecido por “Max Love”, a 3ª Secção do Tribunal Judicial da Província da Zambézia (TJPZ) começa a julgar o caso que marcou as eleições autárquicas de 2013, na cidade de Quelimane, província da Zambézia.

 

Depois de longos dias de espera, a família e amigos de “Max Love” viram, esta quarta-feira, Natércia Gerónimo, juíza do caso, dar início às sessões de discussão e produção de prova em julgamento do processo-crime nº 55/2014, no qual é reu Manuel José, agente da Polícia da República de Moçambique (PRM) afecto à Unidade de Protecção de Altas Individualidades (UPAI), acusado de ter assassinado aquele artista. À data dos factos, Manuel José era guarda no Palácio do Governador da província da Zambézia, Joaquim Veríssimo.

 

Entretanto, o julgamento decorre à revelia, tudo porque o réu se encontra em parte incerta. Assim, ontem, o Tribunal interrogou os declarantes, entre eles, ex-colegas de Manuel José, testemunhas oculares e a mãe do finado, Fátima Vasco. Também ouviu as alegações finais do Ministério que pede a condenação do reu, assim como uma indemnização a favor da família do finado pelos danos causados.

 

Segundo o representante do Ministério Público, Domingos Julai, já foi exarado um mandado de busca e captura contra Manuel José e garante que o foragido será responsabilizado criminal e civilmente.

 

Lembre-se que o cantor Max Love foi assassinado a 21 de Novembro de 2013, em frente ao Palácio do Governador da província da Zambézia, durante a comemoração da vitória eleitoral do candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) à presidência do Conselho Municipal de Quelimane, Manuel de Araújo. A sentença, refira-se, será lida no próximo dia 09 de Novembro. (O.O.)

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