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terça-feira, 12 outubro 2021 05:11

Moçambique cada vez menos dependente de energia importada

Na África Austral, Moçambique é um dos maiores produtores de energia eléctrica através da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), mas até 2016 continuava a importar mais energia de países vizinhos. Todavia, dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados em “Anuário Estatístico de 2020”, indicam que o país tende a depender menos de energia eléctrica importada.

 

A nossa fonte ilustra que, se em 2016 Moçambique importou de outros países um total de 102,7 Gigawatts, cinco anos depois, a energia importada caiu para 63,9 Gigawatts. Desagregando as importações por país, a Autoridade Estatística mostra que, da África do Sul (maior fornecedor do país), a importação caiu de 91.9 Gigawatts, em 2016, para 59.8 Gigawatts em 2020.

 

De Malawi, a importação caiu de 7.3 Gigawatts, em 2016, para 3.9 Gigawatts cinco anos depois. Contrariamente aos outros países, do Zimbabwe, o país tendeu a importar mais, tendo as aquisições crescido em 2016, de 3.3 Gigawatts para 4.1 Gigawatts em 2020. Por fim, Swazilândia (ou e-Swatine) também contrariou a tendência geral, mantendo o fornecimento em 0,2 Gigawatts.

 

Essa tendência decrescente de importação de energia pode estar associada ao aumento da produção interna, através de fontes da empresa pública, Electricidade de Moçambique (EDM). No “Anuário Estatístico de 2020” consta que, em 2016, a EDM produziu um total de 83 Gigawatts, cinco anos depois, a produção aumentou exponencialmente, ao atingir 906 Gigawatts.

 

Da nossa fonte consta ainda que, da soma de energia importada, produzida e adquirida, o país consumiu, em 2016, 4.3 mil Gigawatts. Para 2020, o consumo cresceu para 4.7 mil Gigawatts. O aumento de energia consumida foi acompanhado pelo crescimento dos clientes da EDM. Em 2016, a empresa detinha em todo o país 1.8 milhão de clientes, tendo em 2020, o número crescido para 2.2 milhões de consumidores. (Evaristo Chilingue)

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