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BCI
quarta-feira, 31 março 2021 06:58

DDR: Mirko Manzoni diz que já foram desmobilizados 2.307 ex-gerrilheiros da Renamo

Dois mil e trezentos e sete (2.307) guerrilheiros da Renamo já foram desmobilizados, até ao momento, no âmbito do processo de DDR (Desarmamento e Desmobilização e Reintegração). A actualização foi feita, esta terça-feira, pelo enviado especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para Moçambique e Presidente do Grupo de Contacto, Mirko Manzoni, horas depois da conclusão das actividades na província de Manica, numa cerimónia que ficou marcada pela desmobilização do sobrinho de André Matsangaíssa.

 

Em nota, Mirko Manzoni avança que, com a conclusão das actividades em Manica, o processo de desarmamento e desmobilização atingiu a casa dos 44%, que se traduzem no encerramento de mais da metade das bases do maior partido da oposição.

 

O alcance destes números, disse Manzoni, é resultado dos compromissos assumidos pelas lideranças (Governo e Renamo), das partes, dos grupos técnicos e dos líderes comunitários.

 

“A conclusão das actividades do DDR na província de Manica assinala um marco significativo na implementação do Acordo de Maputo, uma vez que mais da metade das bases militares da Renamo se encontram agora encerradas, com um total de 2.307 ex-combatentes (44% do total) desarmados e desmobilizados. O compromisso sustentado dos superiores, das partes, dos grupos técnicos de trabalho, dos líderes comunitários e do povo de Moçambique constitui a garantia de que o processo continua a avançar rumo a uma paz duradoura, apesar dos desafios apresentados pela Covid-19”, disse Mirko Manzoni.

 

No que respeita à província de Manica, o Presidente do Grupo de Contacto deu a conhecer que foram desarmados e desmobilizados mais 817 antigos guerrilheiros da Renamo. Estes números resultam de actividades em três bases, nomeadamente, Báruè, Tambara e Mussurize.

 

Num outro desenvolvimento, Manzoni anota que um total de 43 membros da Junta Militar da Renamo foram abrangidos pelo processo naquele ponto do país. Adiante, o Enviado Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas disse que o processo de DDR continuava aberto para receber mais membros da Junta Militar da Renamo.

 

“Os esforços permanentes para envolver os membros da Junta Militar da Renamo (JMR) também ganharam um dinamismo significativo durante este ciclo do DDR, com 43 dos seus membros, incluindo André Matsangaíssa Júnior, a participarem no processo conduzido em Manica. Continuamos a encorajar todos os restantes membros da JMR a escolherem o diálogo para resolverem os seus diferendos e a recordar-lhes que o processo de DDR continua aberto para eles, sendo a opção mais viável para assegurar o seu regresso pacífico à vida civil”. (Carta)

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