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terça-feira, 30 março 2021 03:34

Estado Islâmico reivindica ataque a Palma, mas com imagens de Mocímboa da Praia

Cinco dias depois veio, finalmente, a reacção do grupo que se acredita ter sido responsável pelo assalto à Vila de Palma, província de Cabo Delgado. Num comunicado partilhado a meio da tarde de ontem, o Estado Islâmico (EI) reivindica a autoria do ataque mortífero ao chamado “coração” dos projectos de Gás.

 

Ao comunicado, com o carimbo Islamic State, vem apenso uma fotografia (extraída da AMAQ News AGENCY), que ilustra um grupo numeroso envolto a um indivíduo completamente vestido de negro que se acredita ser líder de grupo armado. Na imagem, ao fundo, é possível visualizar, para além de postes de transporte de energia, uma placa (indicando a vila de Mocímboa da Praia).

 

É de realçar que a placa onde os terroristas se deixaram fotografar está mesmo à entrada da Vila de Mocímboa da Praia, circunscrição territorial tomada pelo grupo armado desde Agosto de 2020.

 

No comunicado, com dizeres na língua árabe, o Estado Islâmico reclama ter assassinado 55 elementos das Forças de Defesa e Segurança (FDS) e ainda civis, sublinhando, de seguida, o controlo da Vila de Palma.

 

Ao redor do indivíduo totalmente vestido de negro, estão homens, alguns dos quais empunhando armas de fogo e outros trajados do fardamento das Forças Armadas de Defesa de Moçambique. Salta, igualmente, à vista, os laços (vermelhos e pretos), lenços (de variadas cores e modelos) e ainda um indivíduo de raça branca.

 

Entretanto, no passado domingo, o Ministério da Defesa Nacional veio a público dar o ponto de situação dos ataques. O porta-voz do MDN, Omar Saranga, disse que foram registadas dezenas de mortes e que as FDS continuavam a palmilhar cada centímetro daquela estratégica vila com intuito de repor a ordem e tranquilidade públicas.

 

Na comunicação, que não teve direito a perguntas dos jornalistas, Saranga disse também que, até à altura em que falava à comunicação social, as FDS tinham sob seu controlo todas as suas posições.

 
Enquanto isso, a SABC News avançou, esta segunda-feira, a possibilidade de pelo menos 12 cidadãos sul-africanos fazerem parte do grupo que atacou a vila-sede do distrito de Palma. (Carta)

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