Ainda não é possível estabelecer a comunicação por voz e muito menos por dados com a vila-sede do distrito de Palma, no norte da província de Cabo Delgado, atacada pelos terroristas na passada quarta-feira.
“Carta” tentou, esta segunda-feira, estabelecer contactos com alguns conhecidos baseados em Palma e todos se encontravam incomunicáveis. Diversas pessoas naturais de Palma ou com familiares naquele distrito continuam a “acampar” no Porto de Pemba e na praia de Paquitequete na esperança de se encontrarem com seus familiares ou colher informações em torno destas.
As três operadoras de telefonia móvel (Movitel, Vodacom e Tmcel) continuavam às “escuras” pelo quinto dia consecutivo e ainda não há previsão de quando as comunicações serão restabelecidas. Apenas a comunicação via satélite é que continua sendo possível.
A reposição das comunicações está dependente do controlo total da sede distrital de Palma, algo ainda não conseguido pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS). Até esta segunda-feira, as FDS continuavam a travar um aceso combate com os terroristas do Estado Islâmico do Iraque e Síria (ISIS-Moçambique) que, em comunicado emitido pelo DAESH, na tarde de ontem, afirma estar a ocupar a vila de Palma.
Refira-se que a vila de Palma é a segunda a ficar “isolada” do país, depois da vila de Mocímboa da Praia, tomada pelos terroristas em Agosto de 2020. Aquando da ocupação daquela vila-sede, lembre-se, os terroristas sabotaram também a rede de comunicação e vandalizaram a Subestação de Awasse, deixando a vila também incomunicável. (Carta)