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sexta-feira, 18 dezembro 2020 06:24

Frelimo e o DDR: “É preciso não haver inovadores dentro da Renamo”, Caifadine Manasse

O porta-voz do partido Frelimo, Caifadine Manasse, defendeu, esta quarta-feira, a necessidade da Renamo respeitar os compromissos assumidos pelo então líder do partido, Afonso Dhlakama, e pela actual liderança, que tem à cabeça Ossufo Momade, isto, no que respeita ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) da sua força residual.

 

Pelo andamento que o processo tem estado a conhecer, Cafadine Manasse avançou que, a bem do mesmo, não devem surgir, a esta altura, vozes a apresentarem novas exigências e que, no fundo, contrariam os compromissos anteriormente assumidos.

 

De acordo com o porta-voz da Frelimo, há pessoas dentro Renamo que estão a tentar manipular as informações, quando as que acompanharam, desde a primeira hora o processo estão em vida e até fazem parte da estrutura do partido.

 

Caifadine Manasse proferiu estas declarações instantes após a apresentação, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, do Informe Anual Sobre a Situação Geral da Nação, no qual Filipe Nyusi concluiu que o “Estado da Nação é de resposta inovadora e de renovada esperança”.

 

“O Presidente fez um chamamento à Renamo, apesar de não ter citado directamente este partido. Explicou com clareza o que aconteceu, desde o início das negociações com o líder da Renamo até hoje. Há pessoas dentro da Renamo que tentam manipular informação e o presidente deixou claro, em plenária, que aquelas que estiveram com Dhlakama em todos os episódios existem e alguns estavam aqui na sala [da Assembleia da República]. Ninguém deve aparecer a dizer coisas que não são verdadeiras ou a exigir algo que não foi acordado. O presidente disse claramente que aquilo que foi acordado é o que está a ser cumprido. É preciso não haver inovadores dentro da Renamo sobre aquilo que é DDR”, disse Caifadine Manasse.

 

Esta quarta-feira, Filipe Nyusi, durante a apresentação do seu informe, avançou que haviam sido encerradas, no âmbito do DDR, as bases Savane, Muxúnguè, Inhaminga, Chemba, Marringué e Mabote.

 

No que respeita aos guerrilheiros, o Presidente da República destacou que foram desmobilizados 1.490, entregues 192 armas e 4.139 munições de diverso calibre. Aguardam pelo processo de DDR, tal como disse, 3 731 guerrilheiros do maior partido da oposição. (I.B.)

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