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sexta-feira, 18 dezembro 2020 03:36

Vuma venceu, tomou posse e promete ser presidente de todos os membros da CTA

De um universo de 115 membros da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), 68 disseram “sim”, esta quinta-feira, a mais um mandato de Agostinho Zacarias Vuma, na liderança da agremiação, que concorria pela “Lista A”, enquanto os restantes (47) confiaram o seu voto à “Lista B”, que era encabeçada por Álvaro Massinga. Em termos percentuais, os votos a Vuma representam 59% e 41% a Massinga.

 

Ainda nesta quinta-feira, por volta das 13 horas, os membros da CTA empossaram Agostinho Vuma, como Presidente da agremiação, para os próximos quatro anos, depois de gerir os destinos da Confederação durante três anos.

 

Após jurar cumprir e fazer cumprir os estatutos da CTA, num discurso breve, Vuma prometeu continuar Presidente de todos os membros da agremiação, mesmo com a divergência de ideias entre os apoiantes das duas listas concorrentes.

 

“A partir de agora, juntámo-nos com as nossas diferenças de ideias, tanto a «Lista A», quanto a «Lista B» e teremos um só para realizar o desiderato da nossa confederação”, afirmou Vuma.

 

Para além de prometer cumprir os planos plasmados no seu manifesto eleitoral, em plano estratégico a ser recentemente divulgado, o reconduzido Presidente da CTA garante continuar a lutar incansavelmente contra as barreiras que minam o investimento, em Moçambique.

 

Pretende ainda ser “um presidente que lutará para estabilidade e segurança dos investimentos e investidores, combatendo todas as formas de medo ou crime que ameaçam o desenvolvimento da nossa economia; um presidente que terá nos membros da CTA a verdadeira fonte de inspiração para a solução dos constrangimentos que o nosso empresariado enfrenta nas suas actividades económicas”, disse Vuma.

 

Durante o quadriénio, o reeleito Presidente da CTA pretende ainda ser promotor do projecto de desenvolvimento e de participação do empresariado nacional em todos os investimentos que visem a redução da desigualdade de oportunidades e melhor partilha de recursos nacionais, bem como ser defensor de uma CTA engajada na busca contínua e permanente da melhoria do ambiente de negócios, no país.

 

Entretanto...

 

O candidato derrotado não participou da tomada de posse de Vuma. Pouco após o anúncio do vencedor, por volta das 12 horas, Álvaro Massinga abandonou a sala. Minutos depois, foi notória também a diminuição dos membros da CTA no local, facto que nos faz depreender que saiu com os seus apoiantes.

 

No entanto, antes de sair, Massinga teve direito de discursar. Em menos de um minuto felicitou o candidato vencedor e prometeu continuar junto à CTA em prol dos desideratos da agremiação. “Dar os parabéns à lista vencedora e dizer que vamos continuar a trabalhar em prol do sector privado”, disse Massinga.

 

Avaliação do escrutínio e perspectivas do mandato

 

Após o anúncio do vencedor, o jornal interpelou alguns empresários. Fizeram uma avaliação positiva, dum evento que foi calmo o ordeiro. Em representação da Associação dos Produtores de Açúcar de Moçambique (APAMO), João Jeque, disse que o evento foi transparente, pelo facto de a CTA funcionar numa base democrática.

 

“Ouvimos as promessas que foram feitas pelos eleitos e vamos ter a confiança e esperança de que essas promessas vão ser cumpridas”, perspectivou Jeque.

 

Para Muzila Nhantsave, da Associação Moçambicana de Armadores de Pesca Industrial de Camarão (AMAPIC), o evento simbolizou a democracia interna na CTA. Doravante, Muzila reforçou que, conforme disse o Presidente reeleito, “todos somos um e vamos caminhar para a frente. Temos mais coisas que nos unem do que coisas que nos dividem. Então, o mais sensato é que sejamos mais unidos”. (Evaristo Chilingue)

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