Milhões de homens e mulheres das tribos americanas votam hoje para eleger um presidente e legisladores. Dois anciãos tribais brancos estão disputando para governar a ex-colônia britânica exportadora de trigo, devastada pelo Covid 19, nos próximos quatro anos. São eles o titular Donald J. Trump, do Partido Republicano, e Joseph R. Biden, do Partido Democrata, da oposição, ambos na casa dos setenta anos.
Devido aos níveis de analfabetismo, os candidatos são representados nas urnas por animais, o elefante para os republicanos e um burro para os democratas. Mais de 230.000 pessoas morreram de Covid 19, mais do que em qualquer país do mundo, levando a uma pobreza generalizada e desemprego nunca visto no vasto país num um século.
Milhões de pessoas dependem de rações alimentares, a falta de moradia é abundante e a defecação a céu aberto é comum em algumas capitais das províncias. À medida que as temperaturas caem, os sem-teto dormem em papelão e são aquecidos pelo vapor que sobe dos esgotos subterrâneos à noite. Durante o dia, eles vivem de moedas atirada no seu caminho por turistas europeus e africanos.
Alguns eleitores receberam pacotes de alimentos variados do partido no poder, suspeito pela oposição de ser em troca de votos. Em partes da província de Dakota do Sul, as crianças viajam dezenas de quilômetros todos os dias para frequentar a escola mais próxima. Muitas delas mal percebem mundo, além da sua casa e do pátio da escola.
O Sr. Trump, que não acredita em Deus nem na ciência, no início deste ano promoveu o consumo de detergentes de limpeza para os 330 milhões de cidadãos do país como um meio de combater a Covid. Alguns membros de tribos de aldeias montanhosas seguiram seu conselho e necessitaram de cuidados médicos de emergência.
Não está claro que marca de detergente o Sr. Trump, sua esposa, filho e assessores beberam, quando foram infectados pela doença mortal em outubro. Alguns especialistas estão certos de que o Sr. Trump acredita que a Terra é plana. Ele também acredita que o líder da oposição Biden pertence a uma seita cujos membros dormem com crianças durante o “juju”.
Trump é um amigo próximo do líder norte-coreano Kim Jong-Un, com quem trocou insultos grosseiros publicamente no início do seu mandato. Alguns observadores acreditam que o líder americano inveja o “status” divino de Kim entre seu povo e aspira a ter um controle semelhante sobre os americanos.
O país tem um curioso sistema de democracia adoptado em 1788, no qual os candidatos às vezes são eleitos com muito menos votos. Em 2016, a Sra. Hillary Clinton, uma anciã do antigo Partido Democrata no poder, teve três milhões de votos a mais do que Trump, mas foi declarada a perdedora, para espanto dos observadores da democracia doutras partes do mundo. Ela teria sido a primeira mulher a liderar o país em mais de 200 anos.
A tensão aumentou na corrida para as urnas com gangues armadas, como a milícia Proud Boys, ameaçando rejeitar os resultados caso seu candidato perca. Alguns milicianos tribais foram encontrados recentemente planeiando sequestrar o governador do Michigan e encenar um golpe militar. No fim de semana, membros da oposição acusaram partidários do partido do governo, armados de armas e agitando bandeiras, de tentarem empurrar o veículo de seu candidato de um penhasco.
No início deste ano, dezenas de cidades em todo o país testemunharam motins desencadeados pela discriminação contra tribos negras. Seus ancestrais foram enviados da África Ocidental aos milhões ao longo de um período de quatrocentos anos para trabalhar como escravos nas plantações de algodão.
Em Maio, George Floyd, um membro de uma tribo negra da província de Minnesota, foi morto em plena luz do dia por um policial da tribo branca que se ajoelhou no seu pescoço até que seu último suspiro o deixasse enquanto as pessoas assistiam. Ele está solto sob fiança.
Membros da tribo negra minoritária eram contados como apenas três quintos de humanos no século 18 e apenas adquiriram o direito total de voto em 1965. Uma milícia armada negra conhecida como NFAC também surgiu dizendo que estava pronta para lutar contra as tribos brancas.
Milhares de lojas foram fechadas com tábuas de madeira compensada e mercados fechados por medo de agitação pós-eleitoral. Analistas africanos acreditam que a União Africana ou Ecowas deveriam enviar observadores para assistir às urnas para, garantir que sejam livres e justas. Não se sabe se a ONU tomou medidas para lançar os soldados de paz de pára-quedas, caso a guerra civil estoure em territórios cada vez mais isolados. (Carta)